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Infestacao de acaro em uma cultura de tomate

Ácaro: como controlar seus danos

O ácaro fitófago tem destruído muitas lavouras, e algumas espécies se destacam no mundo todo.

Ele causa feridas na planta, expondo-a aos fungos e a mais doenças. Também é muito pequeno, sendo possível visualizá-lo apenas através de uma lupa.

Se não for controlado o equilíbrio populacional dessa praga, a disseminação do ácaro pode colocar uma produção inteira em risco, causando perda e prejuízo ao produtor, o que não queremos.

Neste post, trouxemos pontos específicos do ácaro sobre seus danos, como deve ser feito o manejo para controle, os métodos de controle existentes e as novidades que o mercado traz sobre eles. 

Quer saber mais desse aracnídeo? Continue lendo!

Afinal, o que é um ácaro?

Morfologicamente, um ácaro não possui divisão no seu corpo. 

Então, a sua estrutura maior é chamada de idiossoma e anteriormente a ela, na área menor, há o gnatossoma; nas laterais ficam as pernas.

No gnatossoma, localiza-se a quelícera, característico de ácaros predadores. É através dela que os ácaros capturam as suas presas.

Já nos ácaros fitófagos, que se alimentam de plantas, essa quelícera é modificada em estilete. São os estiletes que auxiliam no momento da sua alimentação, perfurando a epiderme da folha até chegar à célula da planta.

Sintomas do ataque de um ácaro nas plantas

Os ácaros fitófagos são muito conhecidos no campo por causarem grandes danos à plantação. Separamos abaixo as principais características de uma planta que sofre ataque por ácaros.

  • se alimenta de conteúdo celular;
  • ocasiona clorose na planta, ou seja, o amarelamento;
  • promove queda prematura das folhas;
  • deforma frutos;
  • auxilia na formação de galhas e dobramento das folhas;
  • causa necrose e morte da planta.

Principais famílias de ácaros presentes na agricultura

As principais famílias de ácaros com destaque significativo no campo são Tetranychidae – que constitui 60% das espécies fitófagas, consideradas pragas agrícolas –, Tenuipalpidae, Tarsonemidae e Eriophyidae.

Há ainda a família Phytoseiidae, de ácaros predadores, com destaque no controle biológico de outras espécies. Esse ácaro é considerado o principal predador dos ácaros fitófagos.

Cada família agrupa inúmeras espécies. Listamos as 5 principais espécies que prejudicam a vida do agricultor no campo:

  1. Tetranychus urticae: conhecido como ácaro-rajado. Tem coloração esverdeada com manchas escuras na lateral.

É o ácaro mais representativo por ser cosmopolita, podendo ser encontrado em todos os cantos do mundo. Além disso, é muito resistente a inúmeros ativos, o que dificulta o seu controle.

  1. Tetranychus mexicanus: muito comum em seringueira, bananeira, etc. Geralmente, ataca folhas mais novas; em grande volume populacional, ocasiona a queda das folhas.
  1. Oligonychus ilicis e Oligonychus yothersi: comuns em eucaliptos, café e
    erva-mate, conhecido como ácaro-vermelho. Ataca a face superior das folhas desenvolvidas, gerando pontos necróticos, que evoluem para manchas escuras.
  1. Panonychus ulmi: famoso acaro-vermelho-europeu. Prejudica culturas de maçã, uva, pera e pêssego. As folhas ficam com a coloração bronzeada e amarelada.
  1. Mononychellus tanajoa: mais conhecido como ácaro-verde-da-mandioca. Tem coloração esverdeada e é específico da plantação da mandioca.

Como é feito o controle biológico do ácaro Tetranychus?

Como citamos acima, existem ácaros predadores da ordem Phytoseiidae. Em nosso país, encontramos 86 espécies das 1500 que compõem essa família.

O ácaro Phytoseiulus persimilis, é formado laboralmente para controlar ácaros fitófagos da ordem Tetranychidae, principalmente a espécie Tetranychus, por ser considerado seu maior predador natural.

São utilizados mundialmente, por estarem presentes em todos os cantos do mundo. Geralmente, eles são soltos no cultivo com manifestação de ácaros fitófagos, garantindo, assim, o controle biológico e o desenvolvimento das plantas e evitando prejuízos aos produtores.

A técnica é muito utilizada nas famosas estufas, sendo elas de cultivos como pepino, tomate, melão, morango, rosa e outros.

Ácaro: sua importância na agricultura

Além de manter o controle de pragas nas plantações, os ácaros predadores também podem ser usados para controlar as espécies do solo. Nesta situação, os fitoseídeos dão lugar a outras famílias de ácaros, adaptados para viver e mover-se nas partículas do solo, tentando encontrar suas presas ali.

Entretanto, ainda mais importante que todo o investimento em pesquisa e desenvolvimento é desmistificar a ideia de que ácaros só destroem.

O caso é melhor do que nos primeiros tempos do uso de ácaros predadores, quando os agricultores eram tímidos com a simples menção de soltar ácaros na cultura. 

Mas ainda precisamos de mais informações: precisamos falar muito mais sobre ácaros úteis e mostrar que esses animais microscópicos podem beneficiar a cultura, fazendo um trabalho muito eficiente de forma natural, enquanto planejamos o futuro.

Os ácaros também trazem benefícios

Apesar de serem quase universais na Terra, talvez por causa de seu tamanho invisível a olho nu, os ácaros são pouco conhecidos da população em geral e, em situações em que são lembrados, eles desempenham quase continuamente o papel de vilão. 

O exemplo mais bem-sucedido são os temidos “ácaros-do-pó”, que se multiplicam em nossas próprias camas e travesseiros e são o pesadelo dos que sofrem de alergia.

Também são como os carrapatos. É isso mesmo que você leu (os carrapatos também fazem parte do grupo de ácaros!), e as espécies responsáveis pela sarna humana e animal, que por sua instalação, ingestão de alimentos e transmissão viável de infecções, prejudicam a saúde do hospedeiro. 

Como eliminar o ácaro da planta?

Existe hoje o controle fitossanitário, que serve para controlar organismos que causam danos e doenças nas plantas, as famosas pragas. 

São considerados organismos animais, vegetais, fungos, bactérias, nematoides e insetos; o ácaro está incluso nos animais.

As pragas invadem e prejudicam a plantação, isso se estiverem concentradas como uma superpopulação. A densidade populacional das pragas é dividida em 3 fases.

  1. NE – Nível de equilíbrio (não tem risco à lavoura).
  2. NC – Nível de controle (momento de iniciar o controle para que não aumente a densidade populacional do organismo, alcançando a marca NDE).
  3. NDE – Nível de dano econômico (neste ponto, a lavoura está perdida; o custo de controle é maior que o do cultivo, tornando-se inviável).

Para isso, é preciso fazer o monitoramento da lavoura para identificar seu nível de equilíbrio.

Abaixo explicaremos detalhadamente os métodos de controle desses organismos.

Métodos de controle para uma lavoura

A rotatividade de todos esses métodos garantem um maior resultado e custo-benefício ao produtor.

  • Método legislativo: realizado geralmente em serviços de quarentena de máquinas e produtos que vêm de outros países, em containers para impedir disseminação de novas pragas. 

Inicia-se o tratamento com a fumigação, que é a nebulização de defensivos para evitar o aparecimento de novas pragas.

  • Método mecânico: executado através de esmagamento, catação e derrubada de lagartas do cultivo.
  • Método cultural: utiliza eliminador de soqueiras, no caso da cana, rotação de culturas, mudas sadias; ademais, há mudanças na época de plantio para fugir da época de pragas.
  • Método de resistência: é feito com o uso de mudas que sofrem menos danos por pragas. Hoje há as plantas transgênicas, que também se incluem nesse método.
  • Método de controle por comportamento: são usados processamentos como (hormônios, feromônios, atraentes, repelentes e macho estéril) que modificam o comportamento da planta, atraindo a praga para que seja feito o controle delas.
  • Método de controle físico: se utiliza de fogo, drenagem, inundação, temperatura e radiação eletromagnética para o controle.
  • Método biológico: são utilizados inimigos naturais da praga, podendo ser de parasitas que a utilizam como um hospedeiro para completar seu ciclo biológico ou de predadores que matam a presa e se alimentam dela
  • Métodos químicos e defensivos agrícolas: utilização de produtos acaricidas. Existem relatos de que a ação do acaricida regularmente não é satisfatória. 

É muito importante o produtor estará atento ao momento da aplicação desses produtos

Para isso, é preciso analisar outros fatores, como: volume de ácaros, clima, espécies dependentes, condição da planta, localização do ácaro e resistência dele.

Por isso, listamos algumas dicas para o uso de acaricidas, a fim de que o produtor alcance o controle efetivo do ácaro.

  1. Fazer o controle em populações pequenas de ácaros;
  2. Verificar a fase do ácaro;
  3. Fazer aplicação da calda conforme a cultura;
  4. Obedecer o pH do produto;
  5. Realizar a aplicação diretamente no alvo, ou seja, nos ácaros;
  6. Efetuar a rotação de acaricidas;
  7. Seguir o tempo de segurança da aplicação para a colheita.


Como você descobriu, existem diversos métodos, e vale ressaltar que é importante sim controlar os ácaros, mas nunca acabar com eles. É necessário um equilíbrio.

Mantenha o controle da sua lavoura em equilíbrio

Como vimos, os ácaros são as famosas pragas, inimigas do produtor, que podem causar danos sérios e irreversíveis a toda a plantação.

E também pudemos compreender que nosso ecossistema precisa desses animais para manter o seu ciclo de vida natural. 

De maneira biológica, eles podem também se tornar grandes aliados da agricultura se utilizados estrategicamente. Hoje já temos opções em comercialização.

Os estudos estão cada vez mais aprofundados, e, com a junção de todas essas estratégias, o produtor garante a saúde da cultura.

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