O agronegócio é um setor de extrema importância para o crescimento econômico no Brasil, movimentando trilhões de reais todos os anos.
Mesmo com as mudanças causadas pela pandemia, o setor cresceu 8,36% de 2020 para 2021.
Isso se refletiu também no Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro. Segundo dados da Confederação de Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), o agronegócio teve sua maior participação da história no PIB, com 26,6% do total.
Quer esses dados em números?
Foram mais de 520 bilhões de reais na balança comercial brasileira. Número bastante significativo, não é mesmo?
Uma das explicações para esse crescimento é o maior investimento em tecnologia no campo. Com recursos cada vez mais modernos, o produtor consegue extrair o máximo da sua produção, aumentando, assim, seus ganhos.
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Uma coisa não podemos negar: foi-se o tempo em que o agronegócio mundial dependia de mão de obra barata e máquinas pesadas para realizar o serviço.
Tudo hoje tornou-se automatizado, com aplicativos, por exemplo, que medem em tempo real o que acontece na lavoura. GPS e equipamentos autônomos completam a lista de tecnologias aliadas.
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Contudo, apesar de todo esse “boom”, assim como outros segmentos, o agronegócio enfrenta uma série de desafios, às vezes mais complexos do que o imaginado.
Neste artigo, vamos explicar mais a fundo como o agronegócio funciona, a representatividade dele no Brasil, desafios e outros pontos importantes sobre o assunto.
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Agronegócio: o que faz?
O que vem à cabeça quando você lê a palavra “agronegócio”?
Muitas pessoas se enganam ao associar o termo apenas a lavoura e colheita. Seu conceito é bem mais profundo do que isso.
Combinação das palavras “agricultura” e “negócios”, o agronegócio se refere a um conjunto de atividades econômicas derivadas ou que estão conectadas à produção agrícola e sua comercialização.
Basicamente, ele envolve todas as etapas necessárias para enviar um bem agrícola ao mercado, desde a produção, passando por processamento e distribuição.
Trata-se de um segmento fundamental para a economia de países com terras cultiváveis, uma vez que os produtos agrícolas podem ser exportados. Além disso, a agricultura é um dos setores da economia que mais emprega pessoas e que gera renda para outros setores econômicos (máquinas, insumos, etc.).
De acordo com a CNA, só em 2020, o país registrou cerca de 61 mil vagas de trabalho. Estatisticamente, esse valor é o maior apresentado nos últimos 10 anos. O agronegócio no Brasil em 2022 apresentou números ainda maiores: 85 mil pessoas empregadas!
Ciclos do agronegócio
Os ciclos do agronegócio são representados por quatro elementos fundamentais: insumos, produção, distribuição e consumo.
Os insumos são todas as coisas que auxiliam o agronegócio, incluindo mão de obra, máquinas, adubos, agroquímicos, transporte, entre outros.
Por sua vez, a produção diz respeito ao cultivo do solo por meio de diversas culturas, como soja, milho, café, bem como à criação de animais para a obtenção de produtos e subprodutos.
A distribuição se caracteriza pelo processamento, transporte e distribuição dos produtos do agronegócio, seja para consumidores ou intermediários que os transformarão.
Por fim, temos o consumo, que é a fase final de recebimento de produtos in natura ou processados para o uso.
Agronegócio no Brasil: qual é a importância?
R$ 1,21 trilhão. Esse foi o Valor Bruto da Produção (VBP) alcançado pelo Brasil em 2021, segundo a Confederação Nacional de Agricultura e Pecuária (CNA).
O valor representa o faturamento bruto dos estabelecimentos rurais, considerando as produções agrícolas e pecuárias e também a média de preços recebidos pelos produtores rurais do país.
O milho e a soja continuam sendo os principais representantes da agricultura brasileira, mas a pecuária também tem forte impacto sobre o montante faturado.
O país é ainda um grande exportador, o que mostra a sua potência no agronegócio.
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De acordo com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), o total exportado com o agronegócio em 2021 foi de US$ 120,59 bilhões, o que representa um crescimento de 19,7% em relação ao ano anterior.
Além disso, o setor alcançou participação de 27,4% no PIB brasileiro.
Juntando todos esses dados, é possível ter uma dimensão do quão importante é o agronegócio para a economia brasileira.
Cabe destacar que o agronegócio no país é caracterizado por dois grupos: pequenos e médios produtores e grandes produtores.
No caso do primeiro, há um predomínio da agricultura familiar, cujas plantações e criação de animais são realizadas em propriedades familiares.
Por sua vez, os grandes produtores são representados pelos proprietários e arrendatários de grandes extensões de terra.
Geralmente, essas áreas são usadas como monocultura de commodities, que são representadas por soja, milho e algodão.
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Quais os principais setores ligados ao agronegócio?
A grande variedade de setores ligados ao agronegócio mostra por que ele movimenta grande parte da economia.
Eles podem ser divididos em três grandes grupos, que são nomeados da seguinte maneira:
- Setor primário: formado por agricultores, pecuaristas e demais produtores rurais.
- Setor secundário: fabricantes de insumos e agroindústrias.
- Setor terciário: distribuidores, transportadoras e comerciantes de produtos agrícolas.
Além disso, ainda podemos definir os setores de acordo com a atividade que é desenvolvida, sobre as quais vamos falar a seguir.
Produção de alimentos
A principal atividade a que o agronegócio serve é a produção de alimentos, o que inclui desde cereais, grãos e hortaliças até carne bovina, suína e frutos do mar.
Nesse processo, não estão inclusos apenas os criadouros e as lavouras, mas também as usinas de beneficiamento de ração, leite, óleo e outros.
Sua dinâmica envolve muitos fatores, principalmente os ambientais. Afinal, para que a produção seja eficiente, é preciso que condições de clima, temperatura e precipitação sejam favoráveis ao desenvolvimento da cultura.
O desenvolvimento de tecnologias que auxiliam na eficiência da produção de alimentos é fundamental para reduzir o desperdício. Entre as principais frentes estão o aumento do rendimento das plantações, eficiência na aplicação de insumos e bom uso da irrigação e água da chuva.
O país, como todos sabemos, se destaca na produção de algumas commodities, principalmente relacionada a grãos. Aqui, soja e milho atingem relevância mundial, representando a primeira colocação ao redor do globo, deixando para trás países como EUA e China.
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Produção de biocombustível
O agronegócio também é responsável pelo plantio e cultivo de culturas que poderão ser usadas como fonte de energia renovável.
O biocombustível, como o próprio nome já revela, são combustíveis de caráter renovável e biológico, usados para substituir material não renovável. Eles podem ter diferentes origens.
Entre as mais comuns, destacam-se:
- Resíduos florestais;
- Óleos vegetais;
- Plantas aquáticas e terrestres;
- Resíduos agropecuários.
A cana-de-açúcar se destaca nesse cenário, sendo a matéria-prima para a produção do etanol. O biodiesel é outra opção que tem origem em gordura animal e óleos vegetais.
Produção têxtil
A agricultura também é uma importante fonte de matéria-prima para a indústria têxtil; algumas dessas matérias-primas são algodão, linho, lã, madeira e couro.
Lembrando que essa produção não fica restrita ao vestuário, pois inclui também produtos de cama, mesa, banho, decoração e outros.
Quais são os principais desafios do agro no Brasil?
O Brasil tem um papel crucial para o agronegócio de todo o mundo, mas, para continuar crescendo e ser o primeiro em produtividade, o país ainda precisa enfrentar alguns desafios.
Para isso, é preciso que todos os setores e gestores participantes do setor trabalhem de maneira efetiva e organizada, de modo a aumentar a produção e contribuir ainda mais para a economia nacional.
Na realidade, tais desafios são comuns a várias nações; por isso, a seguir, você conhecerá mais detalhes sobre eles.
Economizar água
A questão do uso dos recursos hídricos é um dos principais desafios do agronegócio no Brasil.
Isso acontece porque as áreas irrigadas tendem a produzir mais, logo essa estratégia será essencial para alimentar uma população cada vez maior.
O problema é que a agricultura terá de dividir esses recursos com o abastecimento humano e também industrial.
Assim, serão necessárias estratégias para fazer uso adequado do que se tem disponível.
Produzir sem poluir
Duas das grandes preocupações da atualidade são a poluição do meio ambiente e as mudanças climáticas que isso tem causado. E o agronegócio tem sofrido duras críticas nesse quesito.
Emissão de metano pelos bois, aplicação de fertilizantes e adubos no solo e queima de resíduos são algumas das práticas que fazem a atividade agrícola contribuir para a poluição.
Portanto, o desafio daqui para a frente será tornar a atividade produtiva cada vez mais sustentável.
Uma das alternativas é a recuperação de áreas degradadas como forma de captar parte do carbono emitido pelo agronegócio.
Diminuir o desperdício
O agronegócio ainda sofre com os desperdícios que acontecem desde o cultivo até a distribuição para o cliente.
Mesmo com toda a tecnologia disponível, ainda não foi possível mudar esse quadro.
Logo, o esforço precisará ser ainda maior, tendo em vista a necessidade de alimentar mais pessoas e produzir mais em menos tempo.
Serão necessárias soluções cada vez mais eficientes para minimizar esse impacto e, juntamente com isso, firmar um maior compromisso dos envolvidos em todas as frentes da cadeia de produção.
Diminuir a quantidade de processos, contratos e burocracias
O mercado agropecuário lida diariamente com trocas ligadas às safras e à produção, o que acarreta alguns fatores como:
- Grande volume de demandas trabalhistas, devido à perda e ao ganho de mão de obra pela sazonalidade;
- Mudanças em contratos com fornecedores, distribuidores e indústrias;
- Carga tributária excessiva, que está ligada a patrimônio rural, compra e venda de mercadorias, importação e exportação.
É muito importante um suporte jurídico cada vez maior, bem como a simplificação de processos, contratos e burocracias.
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Por isso, é necessário o uso de tecnologias cada vez mais avançadas.
Qual é o papel da tecnologia no agronegócio?
A tecnologia tem um papel importante no agronegócio, especialmente por possibilitar maior controle da produção, processamento e distribuição dos insumos, como ressaltamos anteriormente.
Por meio dela, os produtores são capazes, por exemplo, de elevar a produtividade, detectando lacunas na produção e aumentando o número de plantas por hectare.
O uso da tecnologia veio justamente impactar positivamente a quantidade e qualidade de alimentos produzidos, o que é algo fundamental, se pararmos para pensar que a demanda por alimentos no planeta tem crescido com a população.
Tal modernidade também tem ajudado os produtores na redução de custos e na diminuição do impacto ambiental causado pelo agronegócio.
Isso acontece graças às ferramentas modernas que ajudam a determinar com maior precisão quais as necessidades do campo, sem que para isso haja desperdício.
Tudo isso resulta no aumento da eficácia, permitindo ao produtor trabalhar com mais agilidade e gerar uma melhora significativa nos resultados e na lucratividade da propriedade.
Principais tecnologias usadas no campo do agronegócio
Algumas tecnologias se tornaram determinantes para o agronegócio; são instrumentos variados e que auxiliam na melhoria e no cuidado com os processos que acontecem no campo.
Entre os principais exemplos de tecnologias usadas, temos:
Drones para captação de imagens e outros serviços específicos
Para quem desconhece o uso desta tecnologia, os drones são aeronaves não tripuladas, que possuem diversos tamanhos e formas. Seu uso mais conhecido é o militar. Contudo, sua participação atingiu também o agronegócio.
Aqui no Brasil, eles também são conhecidos como VANTs (Veículos Aéreos não Tripulados). Conforme a tecnologia avançou, seu preço diminuiu, o que permitiu seu uso na agricultura.
Eles são fundamentais, por exemplo, no monitoramento de grandes áreas de terra, contribuindo também para o mapeamento de áreas de cultivo.
Quer saber tudo sobre seu uso? Preparamos este artigo aqui para você!
Agronegócio – Biotecnologia e genética
Impossível falar sobre agricultura sem citar biotecnologia e genética. Seja nas sementes ou mesmo nos cultivares já plantados, essa tecnologia representa o maior avanço que o setor já viu.
E ele vai desde o desenvolvimento de pesticidas e herbicidas que agridem menos o meio ambiente a cultivares resistentes aos ataques de pragas.
Softwares e IA
Produtor, acredito que você já tenha ouvido falar sobre os softwares de gestão. São ferramentas de gestão para o setor agro, envolvendo todos os processos associados à administração de uma empresa agrícola.
Isso inclui empregados, impostos, pagamento de fornecedores e também os insumos. Se fôssemos tratar tudo em uma folha de papel, ficaria complicado, você não acha?
Agricultura de precisão
A agricultura de precisão mistura conceitos de máximo rendimento e tecnologia, sem a necessidade de ocupar mais terra para alcançar esse objetivo. Com apoio de métodos de precisão, é possível gerir tudo de uma forma mais ampla.
E isso inclui tudo: solo, pragas, aspectos físicos, aspectos químicos, entre outros.
Conclusão de Agronegócio
Ao longo deste conteúdo, nós explicamos o que é agronegócio, exemplos, características e mostramos os seus ciclos e a representatividade do Brasil no segmento. Basicamente, um resumo detalhado sobre tudo.
Apresentamos também como a tecnologia e os principais setores ligados à agricultura e pecuária têm ajudado a escalar e aumentar a produtividade.
Para continuar a avançar, o agronegócio precisa de investimentos e os produtores rurais precisam de mais crédito para melhorar o plantio e a criação de animais. Para isso, eles podem contar conosco, a TerraMagna.
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