operador aplicando calcario calcitico no solo

Calcário calcítico: o que é e como aplicá-lo na lavoura

Quando se fala em calcário calcítico estamos falando de produtividade, sabe como? A fertilidade do solo é uma das principais responsáveis por aumentar o índice de produtividade de uma lavoura. 

Segundo estudos divulgados pela Embrapa, grande parte dos solos do Brasil é ácida e pobre em nutrientes, o que leva à necessidade de aplicação de minerais como o calcário calcítico. 

Na agricultura moderna, a aplicação de insumos, como fertilizantes e corretivos, é útil na eliminação das limitações químicas do solo, a fim de que ele possa atender às demandas nutricionais das culturas.

O calcário tem uma importante atuação como estimulante para o desenvolvimento e crescimento radicular. 

A partir do desenvolvimento radicular, o mineral ajuda a melhorar a eficácia na absorção de água e outros nutrientes essenciais.

Neste artigo, você vai conhecer melhor o calcário calcítico e seu papel na agricultura. Continue a leitura e veja como o mineral tem ajudado a melhorar a produtividade das lavouras!

O que é o calcário calcítico?

O calcário calcítico é um tipo de corretivo agrícola utilizado para a correção do nível de acidez no solo, deixando-o mais favorável às plantas.

Isso porque o plantio de uma horta ou jardim tem início muito antes, com a preparação do solo, que é a base para as plantas crescerem de maneira saudável e darem bons frutos e flores.

Qual é a diferença entre o calcário calcítico e outros minerais? Ele se diferencia dos outros tipos de calcário devido à quantidade de magnésio, que é baixa, e de cálcio, que é alta. 

Ou seja, no calcário calcítico, o teor de cálcio é maior.

Ele é um tipo de rocha sedimentar, composto principalmente de calcita e aragonita. 

O calcário é formado quando esses minerais citados precipitam da água, podendo ocorrer por meio de processos biológicos e não biológicos. Cerca de 25% a 30% das rochas sedimentares são carbonáticas, sendo a maior parte calcário. 

Importância dos corretivos agrícolas

Corretivos agrícolas são substâncias ricas em hidróxidos, carbonatos, óxidos, silicatos de cálcio ou magnésio. O calcário calcítico, por exemplo, é um corretivo rico em carbonato de cálcio.

A correção do solo é uma técnica que foca o aumento da fertilidade do solo por meio da aplicação de corretivos para o desenvolvimento saudável das plantas. 

Além do mais, ela reduz a incidência de pragas e doenças, contribuindo para o aumento da produtividade da lavoura. 

Corrigir o solo é uma fase fundamental da produção, considerando a acidez dos solos brasileiros, que limita o desenvolvimento de boa parte das lavouras.

Além disso, dificilmente o solo tem uma uniformidade em toda a extensão de uma lavoura. Existem variáveis, de modo que cada área apresenta características específicas. 

Devido a essas variações, é possível que cada talhão tenha a necessidade de corretivos e fertilizantes de forma diferenciada, influenciando na produção. 

Qual é a diferença entre o calcário dolomítico e o calcítico?

A principal diferença entre o calcário dolomítico e o calcítico é a maneira como o mineral é obtido. As proporções de íons apresentam níveis diferentes, o que tem impacto direto sobre a aplicação de toneladas por hectare.

Enquanto o calcário calcítico apresenta 5% ou menos de óxido de magnésio, o dolomítico tem níveis de magnésio acima de 12%.

E o calcário magnesiano?

Esse tipo de calcário é denominado intermediário. O teor de magnésio fica entre 10% e 25%, e o de cálcio varia de 40% a 42%.

O calcário magnesiano é obtido a partir de rochas, que têm como mineral predominante a magnesita.

Em solo com teores equilibrados de cálcio e magnésio, o calcário magnesiano é indicado para manter esses elementos nas quantidades adequadas.

Dolomítico ou calcítico: qual escolher para o plantio convencional?

A opção pelo calcário calcítico ou dolomítico vai depender das necessidades da planta cultivada, bem como da relação cálcio-magnésio presente no solo. 

Devido a maior concentração de óxido de cálcio e magnésio, os dolomíticos são considerados mais econômicos. 

No entanto, não é apenas o custo-benefício que deve ser analisado; a granulometria também é importante para a sua aquisição correta, tendo em vista que quanto menor a partícula do calcário, mais eficiente a sua reação no solo. 

Vale a pena ressaltar a importância de observar o PN e o PRNT dos calcários, dados que vêm especificados nas embalagens. 

Quanto menor o PRNT do produto, maior a quantidade de calcário que vai ser necessária para atingir o resultado desejado, o que tem influência direta nos custos. 

O custo do calcário é calculado dividindo-se o seu preço por tonelada pelo seu PRNT. Ou seja, para saber o preço, você precisa ter noção da quantidade em relação à tonelada de calcário calcítico.

Quando usar o calcário calcítico?

O primeiro passo é saber o nível de acidez do solo. 

Para isso, é necessário fazer uma coleta de amostras do solo, devendo ela acontecer em duas etapas: 

  • logo depois da colheita de verão e pouco antes de preparar o solo para as culturas anuais; 
  • depois do fim do período de chuvas para culturas perenes.

Um solo ideal deve apresentar um nível de cálcio cerca de 3 vezes maior que o de magnésio.

Por exemplo, caso a proporção de cálcio seja 2 vezes maior do que a de magnésio, o calcário calcítico deve ser usado.

Hoje, já existem aplicativos que permitem fazer um cálculo com maior exatidão da quantidade de produto necessária para a calagem. 

Como é feita a aplicação do calcário?

A calagem ajuda a melhorar a acidez do solo e estimular o crescimento das raízes por meio da aplicação de cálcio e magnésio. 

A aplicação do calcário calcítico deve ser realizada 3 meses antes do plantio da cultura. 

A substância deve ser distribuída a lanço e incorporada de maneira uniforme ao solo até uma profundidade de cerca de 17 a 20 cm. 

Ela pode ser feita de duas maneiras. A primeira delas é a incorporada, na qual a aplicação é seguida de aração e gradagem. 

Em sistemas convencionais de cultivo, o calcário precisa ser incorporado a 20 cm de profundidade ou mais. 

Na segunda opção, temos a aplicação superficial, que acontece em um solo que não teve revolvimento. 

Geralmente, ela é feita junto do sistema de plantio direto. Nesse caso, é recomendado usar um tipo de calcário mais finamente moído; isso vai facilitar a reação do calcário no solo, garantindo maior efeito da calagem.

Vale a pena destacar que a umidade é fundamental para que aconteça a reação do calcário.

Por esse motivo, é importante realizar um bom planejamento agrícola, fazendo uma análise de solo meses antes do plantio da cultura.

Como o calcário reage no solo?

Calcário calcítico, dolomítico e magnesiano, todos eles têm ação no solo que merece ser conhecida.

Quando ele é aplicado no solo, diferentes ações químicas acontecem, fazendo assim com que haja uma diminuição da acidez, bem como neutralização do alumínio e disponibilização de íons de cálcio e magnésio.

Desse modo, a adubação é mais eficiente, deixando o solo mais fértil para receber o cultivo da cultura desejada. 

Mas não é somente essa a vantagem; é possível destacar também:

  • o solo tem maior propensão ao desenvolvimento radicular; 
  • aumento da presença de magnésio e cálcio na terra; 
  • redução da toxidez ocasionada pelo magnésio e pelo alumínio; 
  • o solo passa a ter maior agregação, o que diminui a sua compactação; 
  • maior disponibilidade de fósforo.

O que acontece quando há excesso de cálcio no solo? 

Bem, quando há excesso de cálcio no solo, ele pode levar ao desaparecimento de alguns minerais na terra, como o zinco, que são importantes para as plantas. 

Por isso, é preciso ter cuidado ao obter amostragem e conhecer o pH de cada cultura para não errar na calagem. Afinal, o exagero de cálcio não tornará o solo mais produtivo, muito pelo contrário. 

E quanto ao preço do calcário calcítico?

O preço do calcário calcítico ou mesmo dos outros tipos representa cerca de 5% de todos os custos na produção de uma cultura.

O custo é considerado pequeno se olharmos para a produtividade e a qualidade da lavoura com a presença dessa substância.  

Como o calcário calcítico atua na alimentação animal?

O calcário calcítico também é usado na ração animal devido ao seu alto teor de cálcio e baixo teor de magnésio, podendo, assim, ser consumido por animais, o que os beneficia, fortalecendo os ossos, as cascas dos ovos e também as penas. 

Na prática, o calcário granulado é um grande aliado na absorção de cálcio calcítico para galinhas, por exemplo. 

Elas ficam com o mineral por mais tempo em seu interior, absorvendo-o lentamente, sem muito desperdício de energia, ajudando na retenção. 

TerraMagna: a sua solução para a compra de insumos

Como vimos ao longo do artigo, o calcário calcítico tem um papel bastante relevante na produtividade agrícola. 

Ao mesmo tempo, sabemos que os custos podem onerar o produtor. 

Assim, o crédito rural é uma das ferramentas que mais contribui para fortalecer o agronegócio. Por meio dele, é possível investir em insumos para a sua lavoura. 

A TerraMagna trabalha com tecnologias exclusivas para a concessão de crédito a distribuidores e também produtores.

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