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O fertilizante fosforo

Fósforo: importância, propriedades e utilidade no agro

A adubação é um processo essencial na agricultura e interfere diretamente na produtividade; nele, alguns componentes se destacam, a exemplo do fósforo. 

O fósforo é um macronutriente que atua no desenvolvimento e crescimento das plantas; o fornecimento deficiente desse elemento é um dos principais limitadores da produção.

Segundo a Embrapa, os solos brasileiros usados para a agricultura, como o do Cerrado, sofrem com a deficiência do elemento, o que torna a sua aplicação ainda mais importante. 

Só nas últimas décadas, mais de 22,8 milhões de toneladas do elemento foram adicionadas aos solos para ajudar a torná-los mais produtivos. 

Pensando nisso, preparamos este artigo, em que explicamos sobre os tipos de fertilizantes com fósforo em sua composição, seus benefícios, aplicação e muito mais. Boa leitura!

A função do fósforo nas plantas

O fósforo (P) é um elemento químico essencial para os seres vivos, sendo componente de membranas celulares, ácidos nucleicos e outros. 

Ele também é um macronutriente primário, sendo considerado essencial por estar ligado ao desenvolvimento e crescimento de uma planta. 

Além disso, a sua atuação contempla a parte estrutural da planta, de modo que é indispensável para o metabolismo energético, com atuação direta nas reações de transferência de energia e regulação de rotas metabólicas. 

Outra função importante do nutriente é que ele é a base para a construção de genes e cromossomos de uma planta; e o que isso significa? 

Bem, ele transporta o código genético de geração para geração, fornecendo um “modelo” de crescimento e desenvolvimento das novas plantas.

O elemento desempenha um papel importante no transporte de outros nutrientes para a planta, justamente por promover as reações energéticas. 

Inclusive, ele auxilia em um processo crucial para todas as plantas, que é a fotossíntese. 

Por ter essas funções e interações com o ambiente, quando deficiente nas plantas, alguns sintomas podem ser observados, entre eles: 

  • necrose foliar; 
  • senescência precoce das folhas (envelhecimento); 
  • diminuição produtiva dos perfilhos; 
  • baixo crescimento da parte aérea e do sistema radicular.

Mais adiante, explicaremos melhor essas deficiências. Antes, porém, é preciso entender a presença do fósforo no solo. 

O fósforo no solo

O fósforo é considerado um nutriente com baixa mobilidade no solo; isso se deve à sua fixação pelos minerais de argila, que, em áreas tropicais, são bastante relevantes devido aos altos teores de ferro e alumínio. 

Essa interação entre o fósforo e esses elementos faz com que ele fique indisponível para as plantas, deixando de estar presente no solo. 

No Brasil, a baixa presença do fósforo nos solos se deve às variadas condições climáticas, levando à intemperização, que são as mudanças físicas, químicas e biológicas na estrutura e composição dos solos. 

Vale a pena ressaltar que solos com altos teores de matéria orgânica dispõem de quantidade significativa de fósforo. 

Caso não tenha, a adubação com esse elemento deve ser feita com cuidado, a fim de maximizar a eficácia de absorção dele pela planta. 

Um dos principais cuidados é em relação ao local; como se trata de um elemento imóvel no solo, é preciso que a sua aplicação seja feita bem perto das raízes da cultura.

Portanto, o recomendado é que a adubação ocorra em profundidade, e não a lanço, como acontece com outros elementos a exemplo do nitrogênio.

Melhor época para a aplicação de fósforo no solo

As mudas estão crescendo no solo rico e têm um ícone anexado aos nutrientes necessários para o crescimento das plantas.

As plantas precisam de pequenas quantidades de fósforo para obter os seus benefícios. 

No entanto, a aplicação costuma acontecer em grandes quantidades, tendo em vista que o fósforo tem fácil fixação em outros elementos, o que o torna mais insolúvel.

Devido à sua baixa mobilidade, em solos com pH alto acontece a formação de fosfato de cálcio; quando o pH é baixo, é formado o fosfato de alumínio e ferro. 

Portanto, é interessante que o nutriente seja disponibilizado em solos cujo pH varie entre 5,5 e 6,5. 

Assim, para poder suprir a necessidade de fósforo nas plantas, o ideal é que a aplicação dele seja feita na fase de semeadura ou plantio. 

O nutriente deve ser colocado ao lado da semente ou abaixo dela, sendo essa atividade chamada de aplicação de arranque.

O uso do nutriente, quando feito na época certa, traz resultados bastante satisfatórios para a produção, não importando se é em um solo deficiente ou mesmo naquele onde há uma presença relativamente alta do elemento. 

Interação entre o fósforo e a planta

Como já foi dito, para que o fósforo seja absorvido pela planta, é necessário que o mineral esteja em contato com as raízes. 

Isso porque esse encontro da raiz com o elemento promove uma absorção ativa (quando há gasto energético) por meio da difusão, tendo em vista que o teor de fósforo presente nessa parte da planta é maior que no solo. 

Para isso, é necessário que haja um bom teor de água no solo, pois sem ela não acontece a difusão do fósforo na planta.

Para ter mais clareza sobre como isso funciona, é só observar os locais onde há baixa disponibilidade de fósforo ou ausência dele. 

Geralmente, a planta tende a desenvolver raízes mais secundárias para aumentar a sua área de contato e, com isso, absorver mais nutrientes.

É preciso destacar que a resposta de adição do fósforo às plantas varia de uma cultura para a outra. 

Na soja, por exemplo, a fase mais crítica de deficiência do fósforo é a colheita das vagens. 

Por isso, o acompanhamento da lavoura é crucial para identificar as deficiências do elemento, antes que o problema se torne maior. 

Deficiência de fósforo 

Diversos problemas são causados pela deficiência de fósforo nas plantas; um dos principais é a redução no crescimento de plantas, podendo levar à clorose de folhas e à necrose internerval, em que as folhas velhas são as mais afetadas.

Quando o elemento não está presente em quantidade suficiente em culturas como a do milho, podemos observar o desenvolvimento de uma cor púrpura ou vermelha em folhas inferiores e no caule. 

Outro problema da falta do nutriente é o atraso no florescimento e maturação de grãos, o que leva à baixa produtividade da planta, podendo ainda afetar a próxima geração da cultura.

Quando o fósforo tem baixa presença no solo, as plantas podem sofrer consequências como a redução da expansão da superfície foliar, bem como do número de folhas. 

O desenvolvimento e o crescimento da parte aérea da cultura também são bastante impactados. Como o crescimento radicular é reduzido pela deficiência do nutriente, o alcance de água e nutrientes se torna ainda menor.

Apesar de o problema maior ser a deficiência e de os casos de toxicidade serem mais raros, eles podem acontecer, acelerando a maturação e aumentando a estabilidade dos caules. 

Principais fontes fosfatadas 

Depois de entender melhor a importância do fósforo e o impacto que ele gera na vida das plantas, você deve estar se perguntando onde encontrar adubação com o nutriente. 

Bem, hoje o mercado de adubação está bem-desenvolvido e oferece opções distintas a serem aplicadas na agricultura. Conheça as principais a seguir! 

Fosfato natural

O fosfato natural é um tipo de fertilizante de fósforo produzido a partir de rochas sedimentares, como é o caso da fosforita.

Tais rochas são formadas por meio da deposição de restos de animais marinhos e têm alta porosidade.

Apesar disso, o fosfato natural tem uma liberação mais lenta e baixa solubilidade no solo, o que pode ser um fator limitador para o seu uso.

Superfosfato simples

O superfosfato simples é obtido a partir do tratamento de rochas, como apatita e fosfática, com ácido sulfúrico. 

Assim, o uso dessa opção como fertilizante traz o benefício, ao agricultor, de ter em um único insumo três nutrientes: fósforo, cálcio e enxofre.

Superfosfato triplo

O superfosfato triplo é um fertilizante mineral fosfatado obtido pela solubilização das rochas fosfáticas, como fosforitas e apatitas, com ácido fosfórico.

Entre os benefícios do uso dessa opção estão o alto teor de fósforo e uma quantidade de cálcio considerada significativa, além de ser rapidamente disponibilizado para as plantas, suprindo as suas demandas de maneira eficiente. 

Termofosfato

Os termofosfatos são fertilizantes fosfatados obtidos a partir do aquecimento da rocha fosfática. 

A opção é usada para a correção de solos levemente ácidos, pois, além de disponibilizar o fósforo, ainda atua neutralizando a acidez. 

Ademais, o fertilizante consegue ser mais bem absorvido pelas plantas, promovendo maior eficácia ao longo do tempo.

Fosfato monoamônico

É um fertilizante composto de fósforo e amônia, sendo aplicado especialmente em solos neutros e básicos.

Ele desempenha um papel importante de estruturação e síntese de energia química nas plantas.

Conclusão

Para que o produtor possa ter uma boa produção na sua lavoura, muitas vezes ele vai precisar contar com o fornecimento de nutrientes. 

Como visto, o fósforo é um componente fundamental e atua diretamente no desenvolvimento das plantas. 

Para ajudar na produtividade, é preciso saber manejar e usar as opções corretas de fertilizantes. 

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