Milho verde jovem crescendo no campo com sol ao fundo representando a gestao de custos na distribuicao de insumos

Gestão de custos na distribuição de insumos

A gestão de custos na distribuição de insumos é uma tarefa essencial para todo produtor rural. Afinal, ela está diretamente relacionada à lucratividade e à saúde financeira de um negócio.

Contudo, devido a questões operacionais, além de outros fatores, esse trabalho de análise e administração de gastos nem sempre é feito corretamente — o que pode ser um problema.

Isso porque, para que um negócio seja competitivo, produtivo e rentável, a gestão de custos é uma medida primordial.

Portanto, se você tem interesse em saber mais sobre esse assunto e descobrir como fazer uma gestão de custos na distribuição de insumos de forma eficiente, confira as informações a seguir!

O que é a gestão de custos na distribuição de insumos?

No agronegócio, existem diversos tipos de despesas para que as atividades possam ser realizadas. Por causa disso, existe a gestão de custos.

A gestão de custos na distribuição de insumos refere-se à coleta, mensuração, análise e classificação dos gastos, despesas e investimentos presentes nesse tipo de atividade.

Assim, a partir desses dados, os produtores conseguem formar preços, planejar vendas e projetar o crescimento do negócio.

Além disso, por meio dessa gestão, pode-se chegar à apuração apropriada do Custo de Mercadoria Vendida, conhecido também pela sigla CMV.

O mais indicado é realizar o planejamento e a apuração dos dados e informações logo no início da safra. Dessa forma, pode-se reduzir danos e prejuízos ao longo do processo.

É importante ter em mente que acompanhar os recursos que saem do caixa da empresa é essencial para a sustentabilidade do negócio em curto, médio e longo prazos.

Quais são os custos de distribuição?

Conforme dito, existem diversas despesas relacionadas à distribuição de insumos, mas quais seriam elas exatamente?

Os principais custos de distribuição são:

  • armazenagem e estoque;
  • embalagem;
  • impostos e tributos;
  • mão de obra;
  • tecnologia;
  • transporte e fretes.

Todos eles estão ligados a fatores de produção diretos, como matérias-primas (fertilizantes, sementes, defensivos etc.), e fatores indiretos, como o trabalho realizado por funcionários.

Qual o principal objetivo da gestão de custos na distribuição de insumos?

Agora que você já sabe o que é a gestão de custos na distribuição de insumos e quais são as principais despesas envolvidas nessa atividade, vale a pena entender o objetivo e a importância desse tipo de gerenciamento.

Ao fazer uma gestão de custos de forma eficiente, você, como produtor, consegue:

  • estruturar um planejamento de maneira mais eficiente;
  • traçar ações e estratégias mais adequadas;
  • diminuir gastos e despesas;
  • reduzir as chances de erros, desperdícios e prejuízos;
  • desenvolver uma vantagem competitiva;
  • tomar melhores decisões para o negócio.

Assim, a partir desses pontos, você pode potencializar os resultados do seu negócio, garantir o equilíbrio financeiro das contas da sua empresa e torná-la mais lucrativa.

Quando esse equilíbrio é encontrado, a empresa passa a entregar produtos e mercadorias com qualidade a um preço competitivo.

Por outro lado, quando a gestão de custos não é feita de maneira adequada, acaba sendo mais complicado saber se a atividade realmente está gerando lucros e retornos positivos.

Assim, em resumo, o principal objetivo da gestão de custos é: minimizar os gastos e maximizar os lucros.

O lucro real de uma atividade agrícola só é conhecido após saber o custo real da produção.

Quais os erros mais comuns na gestão de custos na distribuição de insumos?

Com base nas informações que você conferiu até aqui, já deu para entender por que a gestão de custos é tão relevante, não é verdade? 

Agora, veja a seguir quais são os erros mais comuns nessa tarefa para que você possa evitá-los:

  • não conhecer todos os custos da empresa;
  • não controlar o estoque; 
  • não fazer o controle do fluxo de caixa corretamente;
  • não calcular o preço de venda;
  • não considerar períodos de imprevisibilidade financeira;
  • não analisar riscos;
  • não investir em tecnologia;
  • reduzir custos sem critério;
  • tomar decisão sem se basear em dados.

Quais são os dois tipos de gestão de custos na distribuição de insumos?

Como você acompanhou até o momento, a gestão de custos na distribuição de insumos é uma tarefa fundamental para a manutenção e, principalmente, para a expansão de um negócio.

Nesse contexto, para se aprofundar no assunto, vale a pena conhecer as principais formas de apuração dos custos de distribuição. São duas, no total. Veja! 

1. Custo contábil

A primeira maneira de apurar os custos de distribuição refere-se ao levantamento das despesas contábeis da empresa. Para isso, são utilizados três métodos principais:

  1. Custo Médio Ponderado;
  2. PEPS;
  3. UEPS.

O Custo Médio Ponderado diz respeito ao valor de cada item do estoque quando o total financeiro é dividido pelo número de mercadorias armazenadas. A sua fórmula é: 

CMP = Valor total do estoque/Número de insumos comprados e armazenados

Já o PEPS, sigla para Primeiro que Entra, Primeiro que Sai, refere-se ao custo do lote mais antigo no momento da venda até que se esgotem as quantidades desse estoque, partindo para o segundo lote mais antigo, e assim sucessivamente.

Por fim, há o UEPS, sigla para Último Que Entra, Primeiro Que Sai. Ele consiste no custo do lote mais recente no momento da venda até que as quantidades desse estoque acabem. Depois, parte-se para o segundo lote mais novo, e assim sucessivamente.

2. Custo gerencial

Agora que você já sabe o que são os custos contábeis, é interessante conhecer os gastos e as despesas gerenciais.

Os custos gerenciais referem-se ao preço de aquisição de uma mercadoria mais as despesas ligadas a ela – no caso, descontos, juros etc.

Nesse tipo de custo, também há três métodos de apuração, porém eles são diferentes dos que foram apresentados no tópico acima sobre gastos e despesas contábeis. Eles são divididos em:

  • financeiro;
  • projetado;
  • reposição.

Os custos financeiros correspondem a uma combinação do Custo Médio Ponderado com o PEPS, além do custo de oportunidade. Já em relação aos custos projetados, primeiro a venda acontece, para então depois ser realizada a compra.

Por último, há o custo de reposição, em que última aquisição é utilizada como base de análise de custo de insumo e resultado das operações de venda.

Vale ressaltar que todos esses métodos e dados ajudam na gestão de custos na distribuição de insumos. Você pode utilizar tanto um ou outro quanto todos.

O importante é não se limitar a uma única opção. Ademais, é válido destacar que cada alternativa faz mais sentido para um tipo de análise e apuração. Por isso, é importante que você as conheça bem para utilizá-las corretamente em seu negócio.

Você deve encontrar o método que funcione melhor de acordo conforme a realidade de sua empresa e de acordo com as suas necessidades.

 

Como fazer gestão de custos na distribuição de insumos?

Conhecendo os principais pontos e conceitos sobre a gestão de custos na distribuição de insumos, agora você está apto para fazê-la corretamente em seu negócio.

Para isso, você deve, inicialmente, anotar todas as despesas que tem e
classificá-las em fixas (aluguel, telefone, internet, salários etc.) e variáveis (manutenções não programadas, combustível, entre outras).

Para esse propósito, é interessante contar com um bom software de gestão que facilite, automatize e otimize esse trabalho. 

Por meio dessa ferramenta tecnológica, é possível reunir e organizar inúmeros dados e informações e, a partir disso, fazer diferentes tipos de análises e gerar relatórios personalizados.

Há quem utilize papel e caneta ou uma planilha para fazer esse tipo de gestão. Não são alternativas incorretas, vale ressaltar. Porém, são menos práticas e mais suscetíveis a erros humanos.

Ademais, para fazer a gestão de custos, é importante que você:

  • tenha um controle do estoque da revenda (faça anotações sobre todos os itens e quantidades que tem, além de seus respectivos valores);
  • mantenha o estoque em locais adequados (mantenha os insumos afastados de umidade, pragas etc.);
  • peça para os operadores anotarem o quanto de insumo foi utilizado em cada operação (assim, é possível verificar a rotatividade do estoque);
  • atente à precificação das suas mercadorias (utilize a fórmula do Custo Médio Ponderado para defini-la);
  • converse e negocie com seus fornecedores de insumos (busque melhores condições em termos de prazos, entregas e condições de pagamento);
  • procure reduzir custos (veja se não há itens ou áreas que podem gerar menos saídas do seu caixa);
  • estabeleça metas de crescimento (definir onde a empresa quer chegar);
  • analise os resultados regularmente e de maneira cuidadosa (observe o que está indo bem e o que pode ser mudado ou otimizado).

Lembrando que você deve utilizar um ou mais métodos que foram apresentados ao longo deste artigo para fazer a gestão de custos de maneira eficiente, ok?

Gestão de custos na distribuição de insumos – Conclusão

Conforme você acompanhou até aqui, a gestão de custos está relacionada à administração dos gastos, despesas e investimentos que você tem com o seu negócio. Ou seja, trata-se das saídas de dinheiro.

Agora, além de dar atenção a esse aspecto, é de suma importância que você considere também as estradas de capital, isto é, as receitas.

Afinal, para que um negócio consiga se manter, prosperar e realizar investimentos para expandir, é necessário que as receitas sejam maiores que as despesas. 

Nesse sentido, convidamos você a conhecer a solução de crédito rural para distribuidores de insumos

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