O potássio é um mineral muito importante na vida humana e na vida das plantas, o que o torna um elemento fundamental na agricultura.
Neste post, trouxemos detalhes sobre a origem e a função do potássio nas plantas, além de algumas fontes alternativas.
Também pontuamos algumas deficiências que podem ser identificadas na plantação pela falta dele.
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Qual é a origem desse elemento?
O potássio é um elemento químico classificado como metal alcalino, com coloração branca prateada, que pode ser encontrado generosamente na natureza.
Seu maior volume está localizado em águas salgadas e em outros minerais.
Com o oxigênio do ar, o potássio se oxida velozmente, produzindo energia, que reage principalmente com água e se parece com o sódio.
É um mineral essencial para a vida humana, necessário para o crescimento das plantas e muito presente em hortaliças.
Qual é a função do potássio para as plantas?
O potássio é um macronutriente primário, necessário para as plantas.
Ele está relacionado a muitas funções para o desenvolvimento da planta, por exemplo:
- Ativar ou catabolizar enzimas: essas enzimas são proteínas que trabalham diretamente nas reações químicas essenciais para o processo metabólico das plantas. Se uma enzima para de funcionar, todo esse processo pode ser prejudicado, e o potássio é o mais importante ativador de enzimas.
- Utilizar corretamente a água: o elemento atuando no processo de abertura e fechamento estomático, regulando o potencial osmótico da planta.
Isso regula a entrada e saída da água nas plantas, e, em condição de estresse hídrico, o potássio evita que a planta sofra problemas graves ocasionados pela seca. - Auxilia na fotossíntese: promovendo o crescimento das plantas.
- O potássio não faz parte de nenhuma molécula orgânica, então ele tem alta mobilidade dentro da planta, e essa alta mobilidade permite transporte de água, nutrientes e outras substâncias dentro da planta, levando esses compostos de um lado para o outro.
Fontes alternativas para a agricultura
O potássio é um mineral muito importante para o desenvolvimento das plantas, com fontes alternativas muito utilizadas na agricultura, por meio dos fertilizantes.
Citaremos a seguir as fontes fundamentais e suas principais características:
- Siltito glauconítico
É uma rocha sedimentar de coloração esverdeada, usada como matéria-prima de fertilizantes.
Pode ser encontrado na região de São Gotardo, em Minas Gerais. Trata-se de uma fonte de potássio nacional.
Os fertilizantes com essa matéria-prima não contêm sódio nem acidificam ou compactam o solo.
Da mesma forma, não há risco de salinizar o solo, pois o siltito tem um índice salino muito baixo, de menos de 1%.
Apresenta liberação progressiva de nutrientes, o que permite um efeito residual prolongado e evita perdas por lixiviação.
Além disso, o siltito é rico em glauconita, um mineral que compõe o greensand, uma das primeiras fontes de potássio, utilizada na agricultura mundial.
Nos Estados Unidos, o greensand é utilizado como fertilizante desde 1760 e possui esse nome pela sua cor esverdeada.
O siltito glauconítico é uma fonte multinutriente, com concentração de 7% a 14% de potássio e ainda fornece silício, manganês e magnésio.
Ademais, há outros benefícios, como aumentar a capacidade de troca de cátions (CTC) do solo, que auxilia na retenção de água e de amônio, fazendo a absorção de metais pesados e favorecendo o desenvolvimento de microrganismos do solo.
- Cloreto de sódio
A principal fonte de potássio utilizada atualmente na agricultura brasileira, o KCl, é um fertilizante de liberação imediata, que pode ocasionar uma grande perda por lixiviação.
Apesar de apresentar um elevado teor de potássio, ele também possui um alto teor de cloro, em média 40%; assim, deve ser utilizado com cautela, uma vez que as plantas precisam de pouco cloro para se desenvolver.
O cloro em excesso pode prejudicar o crescimento da planta e ocasionar efeito biocida nos microrganismos do solo.
Além disso, o KCl apresenta um índice salino alto de 116%, próximo ao sal de cozinha, o que pode trazer problemas de salinidade ao solo.
A produção de KCl é controlada por Rússia, Bielorússia e Canadá, fazendo com que grande parte dos agricultores dependam de potássio estrangeiro.
- Nitrato de potássio
Utilizado para suprir as demandas de nitrogênio e de potássio das plantas, é obtido por meio da purificação do nitrato de sódio e é altamente solúvel, o que permite que seja utilizado na fertirrigação.
Sua composição é de 13% de nitrogênio e 44% de potássio, apresentando também um alto índice salino (100%), podendo ocasionar problemas para as raízes das plantas e os microrganismos do solo.
Atualmente, o Chile controla grande parte da produção mundial do nitrato de potássio, o que leva também o agricultor brasileiro a depender do mercado externo.
- Sulfato de potássio
É obtido pela combinação do cloreto de potássio com ácido sulfúrico ou com kieserita. Tem composição de 17% de enxofre e 50% de potássio, com índice salino de 46%.
Pode ser utilizado para fertirrigação, por ser solúvel em água e, em razão disso, também pode apresentar grandes perdas de nutrientes por lixiviação.
- Sulfato de potássio e magnésio
É solúvel em água, podendo causar problemas de lixiviação de nutrientes. Não tem cloro, não altera o pH do solo e pode ser utilizado na agricultura orgânica.
Tem 22% de potássio em sua composição, 11% de magnésio e 22% de enxofre.
Na hora de escolher a melhor fonte de potássio para a lavoura, o agricultor precisa levar em consideração vários fatores; assim, descobrirá a opção mais adequada à sua realidade.
Potássio no solo
Existem três formas diferentes de se encontrar o potássio:
- de forma iônica, na solução do solo;
- exercendo parte da disposição de alguns minerais;
- adsorvido em grupos funcionais com variado grau de energia.
A reposição dele no solo é feita por adubação, já que o adubo auxilia na nutrição do solo, diferentemente do fertilizante, que age diretamente na planta.
Sintomas de deficiência nas plantas
A falta de potássio na planta pode ser identificada na deficiência no desenvolvimento dela.
Os sintomas são encontrados com facilidade nas folhas mais velhas, devido à redistribuição desse nutriente nas partes novas, deficiência chamada de clorose.
As deficiências nas pontas e margens das folhas são necrose; se o sintoma aumentar, pode haver queda prematura das folhas. Sintomas mais graves podem reduzir o crescimento da lavoura.
Em relação à parte química, algumas mudanças são observadas, como:
- acúmulo de carboidratos solúveis;
- decréscimo no nível de amido;
- acúmulo de compostos nitrogenados solúveis.
Potássio na agricultura brasileira
A nutrição é fundamental no planejamento do desempenho das culturas.
Em outras palavras, é bastante importante para o Brasil, pois, segundo a Embrapa, tomando por base os pontos envolvidos no mapeamento da disponibilidade de potássio dos solos brasileiros, a maioria destes tem baixa disponibilidade do nutriente.
Como o cloreto de potássio tem um teor bastante alto de potássio em sua estrutura, ele se torna um grande aliado da disponibilidade instantânea de potássio para plantas, o que faz dele uma das fontes mais utilizadas de potássio na agricultura.
No Brasil, o cloreto de potássio é amplamente usado no manejo agrícola.
Dados do Ministério da Agricultura mostram que quase a totalidade do KCl usado no Brasil – 96,5% – é importado de países que compõem o oligopólio da produção de fertilizantes no mundo.
A importância na agricultura
Esse elemento é referenciado tanto na construção de fertilizantes vegetais quanto na fertilização do solo, pois tem um impacto direto na produtividade e qualidade das plantas, sendo o segundo nutriente vegetal mais relevante.
A restauração K traz um enorme benefício para a cultura, proporcionando plantas de qualidade e aumentando a produção, o que, consequentemente, traz benefícios de preço aos produtores.
Novos depósitos devem beneficiar o agro brasileiro imediatamente
O Serviço Geológico do Brasil (SGB) identificou novos depósitos de potássio com possibilidade de extração na bacia amazônica.
A descoberta ampliou em 70% a potencialidade sobre depósitos de sais de potássio, ou silvinita, como é chamado o mineral cloreto de potássio, do qual se extrai o potássio.
Se esses depósitos iniciarem a produção, o impacto no setor agrícola e para a produção de fertilizantes no Brasil pode ser imediato.
Com isso, seria possível reduzir a importação de fertilizantes e o insumo custaria mais barato para o agricultor.
Atualmente, somos o maior importador de potássio e cloreto de potássio do mundo.
Com a extração realizada em nosso país, obviamente os produtores de fertilizantes e agricultores são beneficiados, mas o benefício ao país também é socioeconômico, trazendo promoção de bem-estar à sociedade.
Agricultura do futuro: uso do adubo orgânico em larga escala
Agora, você sabe tudo sobre os fundamentos e princípios e o grande poder do potássio na agricultura.
E não é à toa, não é mesmo? Encontrar formas de cultivo que possam melhorar a produtividade, qualidade e performance é o grande desafio.
O potássio pode ser a peça essencial nesse quebra-cabeça, pois ele faz diferença nas plantas.
A demanda por alimentos no mundo, a cada dia que passa, vai crescendo de forma exponencial.
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