A silvicultura é tão importante para o agronegócio que, sem dúvidas, merece ser conhecida pelos agricultores. Afinal, é uma prática fundamental para o meio ambiente e a economia.
Alguns de seus principais objetivos são melhorar os povoamentos florestais e promover o uso correto das florestas, sem trazer prejuízos.
Adiantamos, também, que o conceito está relacionado com o cultivo das árvores.
Atualmente, está sendo aplicada como uma importante ferramenta com vistas a obter matéria-prima para a produção de madeiras, abrangendo desde os pequenos agricultores até as grandes indústrias de base florestal (relacionadas à cultura madeireira).
Sua importância contempla, inclusive, práticas de reflorestamento, atendendo demandas ecológicas e ambientais.
Em solo brasileiro, podemos dizer que a silvicultura tem alcançado grandes conquistas de produção.
Afinal, favorece o desenvolvimento de produtos, tributos, gera empregos e renda extra – fortalecendo outros segmentos da sociedade, o que beneficia – e muito – a nossa economia.
Para encerrar esta introdução, é importante deixar claro que a silvicultura tem como ideal preservar a estabilidade do meio ambiente, garantindo a existência dos biomas e colaborando com a recuperação de diversos recursos naturais.
Leia este artigo até o final e entenda tudo sobre o assunto. Boa leitura!
Índice de conteúdo
ToggleO que é silvicultura, afinal?
O conceito de silvicultura não é tão difícil quanto o nome parece sugerir. Simplificadamente, trata-se de uma ciência dedicada ao estudo dos métodos naturais e artificiais para restaurar as florestas.
O objetivo, por um lado, é atender às necessidades do mercado, mas, por outro, garantir o uso racional desses espaços. Hoje, os dois principais tipos de silvicultura são o clássico e o moderno.
Clássico
Esse método considera a força natural de produtividade das florestas e o processo orgânico de regeneração, mantendo o equilíbrio do ecossistema como um todo.
Moderno
O estilo moderno baseia-se na plantação das florestas, principalmente no que se refere ao modelo de silvicultura de eucalipto.
Pode ser estimulado por ações do homem, de forma orientada e artificial.
A silvicultura moderna é dividida em mais dois subtipos: de precisão e urbana. Veja as diferenças seguir.
Silvicultura de precisão
Para o agricultor que está precisando de um manejo mais especializado do solo, a silvicultura de precisão é a mais adequada.
Isso porque ela garante um controle maior sobre a produção, otimiza a mão de obra e ainda melhora o aproveitamento de recursos.
Basicamente, esse modelo de cultivo florestal é fundamentado no levantamento e na análise de dados específicos para uma produção.
Nessa técnica, é recomendado considerar cada microambiente de uma área geográfica.
Desse modo, as intervenções – preventivas ou corretivas – podem ser identificadas, aumentando a eficiência e, claro, diminuindo os gastos.
Então, a silvicultura de precisão é recomendada para áreas onde existe grande variação de fatores que interferem na produção de talhão florestal.
Assim que essas áreas são localizadas, diferentes tipos de manejo devem ser utilizados. Isso abrange mudas, preparo do solo, controle de adubação e plantas daninhas, pragas e doenças, em cada microambiente.
Por isso, um único manejo não é recomendado.
Mas não é só isso! Esse modelo também contribui para a otimização e o uso correto dos recursos disponíveis, auxilia na gestão de pessoas e maximiza o potencial de cada grupo.
Tudo isso porque a seleção e a implantação dos melhores materiais genéticos foram direcionadas aos ambientes adequados.
Além disso, a silvicultura de precisão determina quais são os melhores sítios e ambientes para que a cultura obtenha o máximo potencial do material genético e, claro, seja mais rentável.
Então, essa é, definitivamente, uma ótima estratégia para conquistar os melhores ganhos.
Na prática, isso quer dizer que é possível ter produção de madeira fonte de árvores minimizadas, já que é possível intervir em todas as etapas do manejo.
Silvicultura urbana
A silvicultura urbana, conceitualmente, é mais simples. Esse modelo é aplicado em ambientes urbanos, quando nestes há vegetação arbórea.
Isso pode ser tanto em locais públicos quanto privados. A intenção de cultivo é voltada para fins ecológicos, econômicos ou sociais.
Quem mora nos centros urbanos sabe muito bem a diferença que as matas fazem: ambientes mais frescos e bem-estar para o dia a dia.
Elas são monitoradas por recursos tecnológicos que contam o posicionamento geográfico.
Além disso, a exploração florestal, o reflorestamento e a gestão econômica buscam encontrar a melhor forma de manter a preservação ecológica e o aproveitamento da floresta com intenções sociais.
Apesar de ser essencial à preservação das matas para o aproveitamento industrial, não é o único objetivo dessa atividade.
Qual é a importância da silvicultura para o agronegócio?
Até aqui, você já entendeu o que é silvicultura, certo? Mas sabe qual é a importância dela para o agronegócio?
Ao incluir a cadeia produtiva florestal no contexto do agronegócio brasileiro, sem dúvidas, isso traz inúmeros benefícios.
Entre eles podem ser mencionadas a manutenção e a criação de empregos diretos e indiretos nos meios rural e urbano.
Para que você tenha uma ideia, segundo o Anuário Estatístico (Abraf 2011), em 2010, o setor florestal manteve 4,7 milhões de postos de empregos, incluindo diretos (640,4 mil), indiretos (1,45 milhão) e resultantes do efeito-renda
(2,60 milhões).
À medida que o reflorestamento se descentraliza para pequenas propriedades rurais, ainda contribui para evitar o êxodo e aumentar o emprego.
É isso que faz com que os agricultores garantam uma fonte de renda extra, por exemplo.
Mas, para além disso, ainda possibilita inúmeros benefícios sociais, econômicos e ambientais, como mencionamos nos tópicos anteriores.
Um dado mais atual para justificar a relevância da silvicultura: só na região do Mato Grosso do Sul, o setor florestal cresceu 26,57% só no primeiro trimestre de 2022, gerando um total de 1.075 novas vagas de empregos, de acordo com o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged).
Qual é a importância da silvicultura para a economia?
O Brasil é um dos países que mais se destacam no mercado da silvicultura, fato que ainda é desconhecido.
Segundo pesquisa divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Produção da Extração Vegetal e da Silvicultura (PEVS 2020), a área estimada de florestas plantadas no Brasil totalizou, em 2020, 9,3 milhões de hectares.
Deles, 70,6% estão concentrados nas regiões Sul e Sudeste. As áreas com cobertura de eucalipto corresponderam a 80,2% das florestas plantadas para fins comerciais no país.
Enquanto 44,3% das áreas de eucalipto concentraram-se na região Sudeste, no Sul, observou-se predominância de florestas de pinus, correspondentes a 84,6% do total.
E por falar nessas duas espécies, o eucalipto e o pinus, a título de curiosidade, ganharam relevância na metade do século XX justamente por proporcionarem diversas variedades de usos e bons rendimentos econômicos.
O pinus pode ser facilmente encontrado na região Sul do Brasil, e o eucalipto, em São Paulo e no Mato Grosso do Sul.
Breve história da silvicultura no Brasil
Você já deve ter notado que a silvicultura é realmente uma cultura de bastante importância. Justamente por essa relevância no país, ela completou 100 anos de existência.
Tudo começou com a introdução do eucalipto em escala comercial.
Isso fez com que a produção fosse revitalizada. Hoje, somos reconhecidos como a maior potência mundial na produção de produtos florestais madeireiros (PFM) e não madeireiros (PFNM).
Indústrias e produtos que usam madeira industrial (celulose, papel e painéis), processamento mecânico da madeira (serrados e compensados) e de madeira para energia (lenha, cavaco e carvão vegetal) foram impulsionadas, conquistando espaço e tornando-se rentáveis.
De acordo com o Sistema Nacional de Informações Florestais (SNIF), a produtividade do setor só ganhou força com o auxílio das melhores tecnologias para a produção do eucalipto.
Não à toa, a silvicultura atinge o patamar de 60 m³/ha, com rotação a cada sete anos. Todavia, ainda assim, não é o suficiente para atender às demandas.
Conforme a Sociedade Brasileira de Silvicultura (SBS), somente para o cultivo de celulose e papel seria necessário um aumento de 170 mil hectares. Para a plantação de madeira sólida, 130 mil hectares.
De qualquer forma, podemos finalizar dizendo que fica a certeza de que ainda há bastante espaço para que a silvicultura ganhe força no Brasil.
O que, talvez, justifica os números baixos é o fato de ainda falharmos quando o assunto é sustentabilidade.
A silvicultura, com certeza, seria uma ótima forma de introduzir uma política voltada a uma economia mais verde.
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