Tem dúvidas sobre venda de soja? A soja é um dos principais produtos de exportação do Brasil, exercendo um forte impacto sobre a economia nacional.
Isso só reafirma a importância de conhecer melhor a venda de soja tanto para o comércio interno quanto para o externo.
Por ser uma commodity, grande parte da sua negociação acontece seguindo regras internacionais. Mas é preciso estar atento, pois o mercado de commodities é bem dinâmico, o que faz com que ele oscile constantemente.
Pensando nisso, trouxemos um panorama sobre a venda de soja, bem como informações ligadas a diferenças entre as modalidades de comercialização do grão!
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ToggleCommodity e a formação do preço da soja
Antes de falarmos sobre a venda de soja em si, é preciso voltar um pouco e entender como é formado o preço do grão, que é uma commodity.
Por commodity entende-se um item que é produzido em escala global com características e qualidades homogêneas.
Dessa maneira, o preço de comercialização da soja é definido pela oferta e demanda do mercado internacional, baseado nas regras das Bolsas de Valores, que avaliam produtividade, áreas semeadas, dados de importação e exportação e muito mais.
Parâmetros considerados para a formação do preço de venda de soja
Os valores são calculados a partir da Bolsa de Valores de Chicago, que leva em consideração os seguintes parâmetros:
- prêmio de exportação: o prêmio correlaciona a cotação da Bolsa de Valores de Chicago com o mercado físico local, sendo influenciado pela oferta e demanda da soja, cotação do dólar etc.;
- cotação do dólar;
- despesas de exportação: gastos com portos, taxas, comissões e outros;
- transporte: considera custos com frete do local onde é produzida a soja até o porto por meio do qual ela é exportada;
- outros custos: por exemplo, armazenagem.
Como funciona a venda de soja?
Se você quer saber como vender soja, deve ter em mente todo o processo de formação de preços que destacamos no tópico anterior.
Uma das coisas que definem o preço é a chamada saca. Mas quanto pesa 1 saca de soja para venda? A resposta é 60 kg.
Diante disso, é hora de conhecer as maneiras de negociar e comercializar a soja. Confira a seguir os principais mercados para essa venda!
Mercado físico
No mercado físico, também chamado de spot, cash ou à vista, os negócios acontecem de maneira imediata, ou seja, a compra e a entrega do produto ocorrem no mesmo momento.
Uma de suas principais características é a relação direta que existe entre os compradores e vendedores, que definem preço, espécie e data de entrega, que poderá ser antes ou depois do fechamento da operação comercial.
Nesse tipo de mercado, o produtor fica encarregado de secar e limpar os grãos.
A sua principal vantagem está em poder aproveitar as oportunidades pontuais do mercado e ter disponibilidade financeira imediata. Em contrapartida, o preço está sujeito às oscilações do mercado.
Mercado a termo
No mercado a termo, também chamado de hedge, as transações acontecem em dois ou mais momentos no tempo.
Com o hedge, todos os acordos são feitos de maneira antecipada; isso inclui quantidade de mercadoria, local, transporte, meio de pagamento, entre outros aspectos.
A ideia dessa operação comercial da soja é criar uma proteção do valor do produto em uma data determinada.
A grande vantagem é a garantia de preços, sem que haja a necessidade de gastos ou mesmo de flexibilização nas transações, o que garante proteção ao produtor em cenários voláteis.
Mercado futuro
O mercado futuro da soja e de outras commodities é negociado por meio da Bolsa de Valores brasileira (B3) ou, ainda, da CBOT (Bolsa de Chicago, que é quem define o preço da soja hoje para venda).
Nesse modelo, o produtor tem a oportunidade de ficar com o preço de venda na Bolsa tendo como garantia o recebimento do valor esperado no futuro.
As vantagens são a possibilidade de se proteger das oscilações negativas do mercado, bem como ter a garantia de que o valor será recebido e ainda a liquidez nas negociações.
Em contrapartida, se houver variação positiva do mercado, o produtor não pode aproveitá-la, sofrendo ainda com as taxas de corretagem e as oscilações cambiais.
Para negociar no mercado futuro, o produtor precisa atuar em conjunto com uma corretora cadastrada na Bolsa, para as negociações.
Mercado de opções
O mercado de opções está ligado ao mercado futuro e também ao mercado a termo.
Nessa modalidade de venda de soja, são realizados contratos que garantem o direito de compra e venda de algum ativo, podendo ele ser físico ou futuro.
No direito de compra chamado de Call, o comprador pode comercializar um contrato futuro tendo como base um preço pré-estabelecido.
Por sua vez, a obrigação de venda, ou Put, o vendedor fica obrigado a vender caso seja desejo do comprador adquiri-lo.
Há uma proteção de baixa dos preços, sem ficar atrelado a preços pré-estabelecidos.
Operação Barter
A operação Barter é considerada simples e foca a negociação dos insumos necessários para a produção da soja, usando como moeda de pagamento a própria soja.
Com isso, o crédito agrícola é otimizado, tendo em vista que o fruto do próprio trabalho serve como garantia dos recursos. Ou seja, não há necessidade de solicitá-los em instituições financeiras, por exemplo.
Impostos sobre venda de soja para pessoa física e jurídica
Os impostos sobre a venda de soja vão variar de acordo com aspectos como:
- regime tributário da empresa rural;
- estado de origem;
- destino da mercadoria.
A opção pelo regime tributário vai ter impacto direto sobre os resultados financeiros de quem produz. Conheça os impostos a seguir!
Funrural
O Fundo de Assistência ao Trabalhador Rural (Funrural) é uma contribuição previdenciária da atividade rural que é paga pelo produtor rural, mas que é recolhida pela pessoa jurídica no momento da aquisição do produto, com base no valor bruto da comercialização.
Nesse fundo, são contemplados o INSS Patronal, o Gilrat (Contribuição do Grau de Incidência de Incapacidade Laborativa decorrente dos Riscos Ambientais do Trabalho) e o Senar (Serviço Nacional de Aprendizagem Rural).
A alíquota do Funrural é de:
- 1,5% para pessoa física;
- 2,05% para pessoa jurídica.
Imposto de Renda
Para produtores pessoa física, a tributação do Imposto de Renda deve ser realizada por meio da escrituração do livro-caixa com todas as receitas, despesas e investimentos.
Caso o resultado seja apurado de forma presumida, a alíquota do IR fica limitada a 20% da receita bruta.
No caso da pessoa jurídica, a tributação vai depender do regime tributário da empresa rural (Simples Nacional, Lucro Real ou Lucro Presumido).
PIS/Pasep e Cofins
A contribuição do PIS/Pasep e Cofins é aplicada para as pessoas jurídicas e se encontra suspensa sobre as receitas decorrentes da venda de soja por produtores, de acordo com a Lei nº 12.865/2013.
As pessoas jurídicas têm direito ao crédito presumido do PIS/Pasep e Cofins. Para isso, é necessário que sejam produzidas mercadorias por processo de industrialização da soja adquirida de pessoa física ou cooperado pessoa física.
ICMS
O ICMS (Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) é um imposto de responsabilidade dos estados. Ele incide sobre as operações de circulação de mercadorias.
Em operações interestaduais é aplicada a alíquota de:
- 12%, se o destinatário estiver localizado nos estados de Minas Gerais, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo;
- 7%, se o destinatário estiver nos outros estados e também no Distrito Federal.
Venda de soja – Quem são os compradores de soja?
Depois de entender melhor o processo de como vender soja, é hora de saber mais sobre quem compra o grão.
A primeira coisa é onde comprar soja em grão: dos produtores. Basicamente, podemos dividir os compradores em quatro grupos:
- Indústrias: representam as empresas que compram soja, mais especificamente as de grande porte, que fazem a aquisição para a produção de alimentos industrializados.
- Tradings: são um grupo formado pelo mercado financeiro, que tem o papel de intermediar negociação entre produtores e compradores dos mercados nacional e internacional. Comumente, o produtor realiza a negociação de vendas ao exterior com as tradings ou corretoras de tradings. Em grande parte dos casos, as tradings são responsáveis pelas compras nos portos.
- Cooperativas: parceiras de produtores de soja, as cooperativas fazem a compra da soja com foco na produção dentro da própria cooperativa ou mesmo na negociação de lotes junto das tradings, indústrias ou compradores internacionais.
- Cerealistas: são bem parecidos com as cooperativas, podendo atuar como intermediários, ou seja, comprar soja direto do produtor.
- Empresas de insumos: nesse tipo de negociação, o foco está basicamente nas trocas, o chamado Barter. O produtor paga os insumos agrícolas com a produção de soja.
Investindo na venda de soja: como a TerraMagna pode te ajudar
Existem diferentes modalidades de venda de soja; é possível observar isso nos mercados distintos por meio dos quais os grãos são comercializados.
A opção de como realizar a venda da soja cabe a cada produtor, que deve se basear, para isso, em planejamento e gestão, sempre atento às mudanças do mercado nacional e internacional.
Para os produtores que desejam investir em suas lavouras a fim de poder comercializar os seus produtos, a TerraMagna oferece o crédito rural como opção ao produtor.
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