Você saberia responder rapidamente por que a soja é considerada uma commodity? Essa é uma das perguntas que mais recebemos, e, por isso, estamos aqui para esclarecer essa dúvida.
Apenas para trazer um breve panorama sobre essa cultura, de acordo com dados disponibilizados pela Conab, a produtividade média no estado de São Paulo este ano teve um aumento de 5,7% em relação ao último levantamento.
No ano passado, o percentual foi de apenas 26%, representado pelas lavouras de ciclo precoce.
Para quem está por dentro dos noticiários, em razão de inúmeros fatores climáticos, durante os primeiros meses de 2022, houve impactos negativos.
Por outro lado, houve avanço da colheita para lavouras de ciclo médio e tardio, o que gerou 3.841,7 kg/ha, 4% a mais do que na safra anterior.
Portanto, considera-se que a produção pode reaquecer, principalmente, no final do mês de agosto e começo de setembro, quando as chuvas devem se intensificar.
Neste artigo, você entenderá tudo sobre a cultura da soja e, claro, por que é considerada uma commodity. Boa leitura!
Por que a soja é considerada uma commodity?
A soja chega a bater uma produção de quase 250 milhões de toneladas por ano. Para 2022 e 2023, para que se tenha ideia, é esperado alcançar 150,6 milhões de toneladas, um aumento de 23% comparado à safra atual, segundo dados da Cogo.
A cultura da soja, apesar de castigada por fenômenos climáticos, por exemplo, vem conquistando importância no cenário mundial em um momento no qual o mercado mundial de alimentos está no centro das principais discussões atuais.
Isso se intensifica quando levantamos hipóteses sobre os riscos de uma crise de abastecimento global. Por isso, a soja é, hoje, considerada uma das commodities mais relevantes para a economia do mundo.
Mas não é só isso. Essa importância está relacionada, também, à produção de óleo e de farelo, que são os principais subprodutos do processo de moagem do grão.
O óleo, com participação na demanda mundial por soja, é direcionado ao consumo humano, enquanto o farelo é utilizado como um componente proteico em formulações de rações, sendo destinado ao consumo animal.
Apenas a título de curiosidade, neste ano, de janeiro a maio, foram 950.000 toneladas exportadas, um aumento de 58% em comparação com o mesmo período de 2021, quando o Brasil exportou 600.000 toneladas de óleo.
Com relação ao farelo, em apenas cinco meses, o país já embarcou praticamente metade deste volume, com 8,2 milhões de toneladas, um aumento de quase 30% em comparação com o mesmo período do ano passado.
De acordo com os dados fornecidos pelo SNA, portanto, a soja tem forte tendência de crescer nos países em desenvolvimento. Esse fator ainda se soma às boas condições de demanda e preço do produto nos mercados internacionais.
O Brasil ocupa o lugar de segundo maior produtor do mundo, e, como mencionamos, a produção continuará crescendo em larga escala. Pode ser que ocupemos o lugar de principais produtores.
Mas o que é commodity?
Commodities são os produtos considerados de origem primária, transacionados nas bolsas de mercadorias.
Basicamente, trata-se de produtos ainda em estado bruto ou com pequeno grau de industrialização. A qualidade é quase uniforme, sendo produzidos e comercializados em grandes quantidades a partir do ponto de vista global.
Os produtores podem estocá-los sem se preocupar com a perda de qualidade por determinado período; tudo vai depender da cultura. No caso da soja em específico, pode levar de 6 a 8 meses.
Além disso, podem ser agropecuários, minerais ou financeiros. A negociação dessas mercadorias será realizada com a futura entrega.
Ao contrário do que costuma acontecer no porto, não existe movimento físico de produtos nas bolsas. O que entra em pauta na negociação são os contratos futuros. Isso quer dizer garantias de compra e venda dos produtos numa data futura.
Agora, a importância das commodities para a economia se deve ao fato de serem uma forma de investimento, ou seja, uma opção entre várias outras já existentes de aplicação no mercado.
Pode ser poupança ou fundos de investimento.
Por isso, quando há diversas oscilações nas cotações desses produtos no mercado internacional, sem dúvidas haverá perdas para os agentes econômicos que lidam com elas.
As principais commodities negociadas são: café, trigo, soja, milho, algodão, açúcar, álcool, boi, ouro, prata, cobre, aço e petróleo, dólar, euro, ações de grandes empresas, títulos de governos nacionais, entre outras.
Mas atenção! Para que os produtos listados sejam de fato considerados uma commodity, é preciso que exista uma estrutura de mercado. Nela, os vendedores e compradores se encontram e pode surgir uma forma de investimento.
Por falar nisso, com os maiores patamares da série iniciada pelo Cepea em 1997, a saca da soja se aproxima dos R$ 200 no Brasil. O valor é 15% maior, se comparado ao mesmo período do ano passado.
O diretor do Ipea chegou a revelar que os problemas enfrentados no país com o produto, claro, causaram repercussão na agropecuária do mundo inteiro.
No mercado internacional, o valor da commodity superou os ganhos expressivos do Brasil, apresentando alta de quase 19% em 2022.
O preço das commodities podem impactar a população?
Quando surge o questionamento sobre o porquê de a soja ser considerada uma commodity, não podemos deixar de citar também que, sim, o preço das commodities pode ser sentido pela população.
Historicamente, nosso país, como visto no tópico anterior, é um dos maiores exportadores globais.
O crescimento econômico sempre esteve relacionado à produção de
matérias-primas e bens agrícolas de valor internacional.
Atualmente, as commodities agrícolas se destacam em nossa produção e, consequentemente, influenciam a economia do país. Logo, a operação se reflete no bolso dos consumidores também.
Para explicar certinho como funciona o processo:
- Quando a demanda está alta, o preço das commodities aumenta e os produtores ganham mais.
- Se a demanda estiver baixa, o preço se desvaloriza.
Nessa lógica, o produtor infelizmente é o grande prejudicado, afinal, precisa reduzir seus valores internamente para conseguir vender seus produtos.
Outra questão importante: quando a cotação de um produto sobre internacionalmente, o preço dele aumentará internamente.
Isso porque é comum que quem produza determinado produto queira exportar, e não vender no seu país.
É importante ressaltar que as commodities são extremamente voláteis. Por isso, os preços vivem oscilando, o que prejudica a produção na indústria também.
Essas inconstâncias fazem com que os produtos feitos com essas matérias-primas fiquem mais caros, tornando-os inacessíveis para a maior parte da população.
Soja para e a economia mundial
Até aqui, certamente você já deve ter entendido bem o porquê de a soja ser considerada uma commodity. Tudo por causa da sua grande importância, sobretudo para a economia mundial.
Afinal, a partir dela são produzidos o farelo e o óleo; não entraremos em detalhes aqui por terem sido apresentados mais acima.
Mas, de modo geral, a soja é amplamente utilizada nas indústrias de produtos alimentícios, cosméticos e farmacêuticos e na pecuária.
Isso explica o motivo pelo qual a soja é superior aos demais vegetais: sem dúvidas, é sua facilidade de se adaptar em qualquer região.
Para finalizar, a soja é tida como alimento bastante acessível, o que explica o seu consumo por pessoas de baixa renda que vivem em países ainda em desenvolvimento
No entanto, grande parte da produção é destinada ao consumo animal. O que seria destinado ao consumo é reduzido significativamente.
Agora, se essa parcela fosse ampliada, a soja poderia facilmente contribuir para acabar com a fome no mundo.
A expansão da soja ainda geraria novos empregos e renda para diversas famílias em países como o Brasil, por exemplo, em que a maior parte da população está desempregada; em outros, ainda, a renda está baixa ou a desnutrição é elevada.
O fortalecimento da competitividade dos polos de produção existentes e a formação de novos polos, então, funcionam como fortes estratégias para solucionar o abastecimento alimentar e reduzir a fome no mundo.
Outro fator que justifica bem a expansão da produção mundial de soja está atribuído ao consumo per capita mundial de carnes, que ainda é baixo.
Nos últimos anos, tal consumo praticamente despencou no país. Em 2021, foram 27 quilos, em média. Para este ano, a projeção é de queda de 10,6% em relação ao ano passado. O principal motivo é o preço, de acordo com a Conab.
Tal fator, provavelmente, elevará a procura por soja, estimulando a produção anual do grão, ainda mais nos países que têm maior competitividade no setor.
Ao terminar de ler todo conteúdo, ficaram claros os principais motivos que explicam por que a soja é considerada uma commodity.
Usada em diversos setores da indústria, ela move o mercado agropecuário e ainda pode ser uma nova fonte de alimento para a população.
TerraMagna: sua lavoura com os melhores insumos, sabendo o verdadeiro por que a soja é considerada uma commodity
Não importa qual seja a cultura que você cultiva, todas precisam dos melhores insumos para prosperar. Isso quer dizer tecnologia, grãos, mão de obra, fertilizantes, inseticidas, entre outros itens.
Pensando nisso, a TerraMagna oferece crédito rápido, fácil e sem burocracia.
Fale com nossos especialistas!
Caso tenha gostado desse conteúdo, continue acompanhando o nosso blog e compartilhe com quem mais deseja ficar por dentro de todas as novidades sobre o mercado agro.
