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azevem mostrando praga verde no solo

Azevém: o que é, para que serve e como realizar o controle

Todo produtor rural já deve ter ouvido falar do azevém. 

Tratada como erva daninha na maioria das lavouras, essa gramínea está amplamente distribuída pelas regiões temperadas brasileiras (aquelas que possuem as quatro estações do ano bem definidas), inclusive com a capacidade de crescer e se desenvolver durante as estações mais frias do ano.

A região Sul do Brasil é a que possui as melhores características climáticas para o crescimento e desenvolvimento do azevém, que costuma infestar, principalmente, lavouras de trigo, aveia, canola e cevada.

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Pecuaristas gaúchos a utilizam também como auxílio na alimentação do gado de corte, além de ser uma opção como planta forrageira para plantio direto. Vale salientar que a planta tem alto valor nutricional, sendo uma boa opção para ganho de peso rápido no gado.

Afinal, como ela deve ser tratada? É um sinal de alerta nas lavouras? Ela tem poder de causar muitos danos expressivos em uma lavoura? Como realizar o seu manejo?

Tudo isso e muito mais você encontra neste artigo que a TerraMagna preparou para você! Fique conosco!

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Tudo sobre o azevém

Como comentamos no início do nosso artigo, o azevém é uma gramínea  com nome científico Lolium multiflorum, que possui alto poder nutricional, além de servir como forrageira de qualidade, podendo ser cultivada facilmente devido à sua fácil dispersão.

Azevém: origem

Trata-se de uma espécie originária do sul da Europa, norte da África e Ásia Menor (bacia do Mediterrâneo). Pertence à família Poaceae e foi introduzida no Brasil pela região Sul como planta forrageira.

Azevém: características

Por  ser agradável ao paladar, é muito utilizada na alimentação do gado, com alto rendimento. Animais alimentados com a gramínea costumam ganhar peso acima da média, de forma muito rápida.

Dependendo da região, ela pode ainda ser cultivada em paralelo com outras culturas, sem que haja prejuízo algum ao produtor (azevém pastagem). A planta apresenta resistência altíssima a níveis de umidade, o que é fundamental em estações como o inverno.

Sua fácil dispersão não é por acaso: uma só planta de azevém pode produzir até 3 mil sementes. Além disso, elas não precisam necessariamente da luz solar para germinar, podendo apresentar dormência e se manifestar em condições propícias ao seu desenvolvimento.

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De forma geral, a planta apresenta sistema radicular bastante denso e ramificado, com raízes bastante fibrosas. Seus colmos são cilíndricos e eretos, podendo atingir cerca de 120 cm, além de lâminas foliares bastante brilhantes.

Devido a essas características, fica fácil a sua diferenciação em meio a outras culturas, como aveia e trigo (e outros cereais cultivados no inverno). Isso facilita o produtor na hora do manejo da espécie, com ações eficazes na contenção da planta.

Variedades de azevém

Existem, atualmente, alguns tipos de azevém que são comercializados no mercado.

Cada espécie apresenta um ciclo de vida diferente (anual, perene, etc.), além de a produção de sementes também ser distinta. Entre elas estão:

  • Azevém do tipo westerwoldico;
  • Azevém itálico;
  • Azevém híbrido;
  • Azevém perene.

Essas variedades também podem ser diferenciadas de acordo com o tipo de crescimento, que pode ser de maneira prostrada (mais rente ao solo) e ereta, além da capacidade de resistir a doenças e herbicidas.

Azevém ponteio

O azevém ponteio é o primeiro cultivar desenvolvido pela EMBRAPA. Ele forma uma pastagem de maior qualidade que rende até 30 dias a mais de pasto em condições normais de clima.

Cultivares comuns costumam cobrir a alimentação dos animais até outubro; o azevém ponteio chega até o mês de novembro.

Isso tudo graças à alta proporção de folhas, que garante todo o resultado. Apresenta também uma produção de sementes 7% maior que as espécies comuns. Trata-se, assim, de uma excelente opção para a pecuária brasileira.

Quais são os reais problemas relacionados ao azevém?

Como dissemos no decorrer do nosso artigo, o azevém é de fácil dispersão, o que o leva a infestar plantações. Assim, por apresentar crescimento lento, ele pode reduzir a produtividade de uma lavoura em até 50%.

Em espécies cultivadas de porte alto, seu dano chega a 22%.

Mas por que isso ocorre?

O azevém compete friamente com a cultura, desencadeando nela alterações morfológicas (principalmente na cultura do trigo). Para você ter uma ideia, no cultivo do trigo, em grandes infestações, a diminuição da produtividade pode chegar aos 56%.

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Nesse contexto, o azevém se torna prejuízo (azevém planta daninha). Todos esses dados reforçam a necessidade de adoção de práticas de manejo da gramínea.

Outro fator problemático vinculado à gramínea é o surgimento de populações resistentes aos herbicidas. Um dado interessante é que, no ano de 2002, houve registro da primeira população resistente ao glifosato no Brasil.

O glifosato é um dos herbicidas mais vendidos e eficientes da indústria química. Ele é aplicado na folha das ervas daninhas, aquelas que nascem espontaneamente no meio das lavouras e prejudicam a produtividade, como é o caso do azevém.

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Como é feito o manejo do azevém?

O glifosato, mencionado anteriormente, foi utilizado, durante muitos anos, para o controle do azevém em culturas como a da soja. Como consequência, desenvolveu-se uma população resistente a esse defensivo.

Atualmente, cerca de 80% das populações conhecidas das gramíneas têm resistência a esse composto. Assim, deve-se buscar outras formas de controle da planta. É importante que você analise os seguintes passos:

  • Conhecer bem o histórico de resistência da região em que você quer fazer o plantio;
  • Utilizar sempre mecanismo de rotação para uma melhor ação dos herbicidas;
  • Realização correta das aplicações sequenciais do defensivo;
  • Priorizar sempre o controle na entressafra;
  • Realizar sempre a rotação de culturas e a adubação verde;
  • Realizar a limpeza do maquinário utilizado no controle, como forma de evitar o avanço da gramínea por outras áreas.

Utilização de herbicidas pré-emergentes no controle do azevém

Os herbicidas pré-emergentes são produtos químicos utilizados para o controle de ervas daninhas, antes mesmo que estas comecem a emergir no solo. Contudo, antes de qualquer aplicação, é preciso prestar atenção em alguns pontos:

  • Teor de argila do solo;
  • Teor de matéria orgânica do solo;
  • Cobertura atual do solo;
  • Culturas a serem implantadas após a aplicação do herbicida. 

Entre os principais herbicidas pré-emergentes presentes no mercado estão:

Por fim, outras ações para conter o avanço da azevém incluem o uso de sementes certificadas e de qualidade.

Qual a melhor forma de cultivar o azevém?

A época correta para realizar o plantio de azevém é durante o período de outono. A semeadura pode acontecer do modo convencional (em linha) ou a lanço. As sementes devem estar a uma profundidade máxima de 1 cm, com 20 a 30 kg por hectare.

O azevém costuma ter melhor desempenho em solos com textura média; contudo, adapta-se a todos de forma muito fácil. Em solos ligeiramente úmidos, seu desempenho é máximo.

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A fase de crescimento das folhas é a etapa em que o cultivar tem seu maior valor nutricional, servido com uma boa dose de pastagem. Suas raízes são superficiais, tornando-o bastante sensível à seca (entre 5 cm a 15 cm).

Por ser bastante tolerante ao pisoteio do gado, ele possibilita o pastejo de animais por até 5 meses.

Vale salientar que, para o produtor que deseja uma forragem de alta qualidade por um longo período de tempo, o mais indicado é utilizar o azevém tetraploide tipo itálico

Trata-se de um cultivar que conta com células maiores, além de ter um teor de açúcar elevado e demandar horas de frio para florescer.

Conclusão: o azevém pode ser considerado algo negativo ou positivo?

Como vimos, o azevém pode ter ação tanto positiva quanto negativa. Tudo vai depender da ótica sob a qual ele é observado. Assim, para as lavouras de trigo, cevada e aveia, por exemplo, ele pode ser muito danoso, diminuindo sua produtividade e crescimento, inclusive dos grãos.

Em contrapartida, para o setor pecuário, ele produz uma forrageira rica nutricionalmente, além de ter alta palatabilidade ao gado, ajudando diretamente na sua alimentação. Contribui, inclusive, para seu crescimento mais rápido e engorda mais efetiva.

Ou seja, tudo depende da utilização do azevém.

Conheça mais sobre a TerraMagna

A TerraMagna sabe da importância do azevém para a pecuária brasileira e conhece também os danos que ele pode causar, caso não seja realizado um manejo efetivo da gramínea.

Trazemos, em nosso blog, conteúdos que ajudam o homem do campo a entender melhor a complexidade do agronegócio.

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