O sistema radicular da soja é formado por um eixo principal e um número enorme de raízes secundárias, podendo ser chamado de sistema difuso. Agora, o comprimento das raízes pode até chegar a 1,80 m, com sua parte mais abundante estando a 15 cm de profundidade.
Soja tipo de raiz? Se você é produtor rural ou agricultor, certamente já parou e pensou sobre o assunto, não é mesmo?Contudo, ter dúvidas é mais comum do que se imagina, mesmo para aqueles que trabalham há anos com plantios de soja.
A princípio, a sojicultura brasileira é considerada a principal cultura agrícola do país. Como resultado, boa parte do que é produzido é destinado à exportação, o que coloca o Brasil em uma posição de destaque mundialmente.
Atualmente, o país é o segundo maior produtor mundial dessa commodity. Assim, a importância dessa cultura se firmou ao nível nacional, potencializando a busca e o interesse por novas informações e tecnologias.
Tudo isso com o objetivo aprimorar a capacidade produtiva das áreas de cultivo por hectare, otimizar o uso dos recursos naturais presentes e promover a redução de riscos ou prejuízos à lavoura.
A soja cultivada no Brasil é da família Fabacecae, uma planta herbácea muito utilizada para produzir grãos.
Entre as principais variedades encontradas comercialmente, algumas características costumam se repetir: caule híspido e pouco ramificado e raiz com eixo principal e algumas ramificações.
Em síntese, o sistema difuso da soja tipo de raiz é composto de eixo principal e raízes secundárias. O comprimento pode chegar a até 1,80 m e 15 cm de profundidade.
Nesse sentido, uma das formas de melhorar o sistema de formação de raízes da soja é adotar a rotação de culturas, pois, dessa maneira, aumenta-se a qualidade de nutrientes e vitaminas presentes no solo.
Dessa forma, o sistema radicular é capaz de desenvolver a sua capacidade de resistência e de penetração em camadas mais profundas.
Em outras palavras, a soja tipo de raiz é influenciada pelos níveis de concentração de matéria orgânica na propriedade, principalmente por agir como uma fonte de reserva de nutrientes que auxiliam na redução dos efeitos tóxicos de metais, como o alumínio (Al) e o manganês (Mn) da planta.
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ToggleSoja tipo de raiz: como funciona o sistema radicular?
O processo de germinação da soja tipo de raiz se inicia sob condições de umidade e temperatura adequadas.
Sendo assim, ao final de um ou dois dias, começa o alongamento radicular da planta, atravessando a camada do óvulo (semente), também chamado de micrópila.
Rapidamente, a raiz cresce para baixo até alcançar de 2 a 3 cm de comprimento.
Logo depois, surgem as primeiras ramificações secundárias que compõem o sistema radicular.
Por sua vez, o caule (hipocótilo) aumenta o seu tamanho de forma rápida até romper a camada de solo.
Em primeiro lugar, ele traz à superfície o par de folhas embrionárias (cotilédones) e a região acima dos caules – o epicótilo.
Também surgem as primeiras hastes do vegetal, a plúmula da muda.
Em geral, a estrutura da semente (tegumento) fica entre o interior e a superfície do solo.
Em seguida, o caule perde o seu formato de anzol para se tornar reto.
A partir desse estágio, as primeiras folhas começam a ganhar forma e o tom verde, para receberem e absorverem os benefícios da luz solar.
Nesse sentido, o processo fotossintético da planta começa a funcionar, a fim de suprir as necessidades por minerais do embrião vegetal.
Em poucos dias, já acima de 3 cm do solo, o epicótilo e a plúmula aparecem entre caules.
O embrião da planta, por sua vez, continua crescendo, mas de forma isolada.
Quais são as principais características da soja tipo de raiz?
Como já foi dito ao longo do texto, o sistema radicular da soja é formado por uma raiz principal. Entretanto, não para por aí.
Há ainda raízes de segundo grau distribuídas em quatro fileiras ao longo da raiz central e separadas uma da outra por cerca de 900 outras ramificações.
Analogamente, das raízes secundárias, surgem as ramificações de terceiro nível, ou raízes terciárias.
Logo, destas novas radiculares, aparecem outras – as quaternárias –, e assim por diante.
Por outro lado, em solos planos ou mal-drenados, é comum o surgimento de raízes adventícias a partir do hipocótilo.
Eventualmente, há ataques de fungos ou outros agentes nas raízes.
A extensão do sistema dos tipos de raízes da soja varia de acordo com as condições ecológicas a que a planta está sujeita.
Desse modo, com as condições adequadas de clima e solo, a raiz principal pode alcançar até 2 metros de profundidade.
Já as raízes secundárias ou laterais chegam a até 2,5 metros de distância, se a planta for cultivada de forma isolada.
Conforme as condições da lavoura, as raízes se concentram no perímetro de 30 cm do solo.
A maioria fica entre 10 a 15 cm do solo, profundidade essa que também concentra o maior nível de crescimento das raízes.
No entanto, em solos bem arejados ou com aeração normal, a soja tipo de raiz se apresenta com características típicas da espécie, ou seja, com ramificações longas e em grande número de subníveis.
Do contrário, quando há falta de arejamento, as raízes ficam curtas e grossas.
Em síntese, nesse caso, nas raízes da planta são encontrados nódulos, devido à infecção ocasionada por um fungo.
Existe uma espécie de simbiose entre a soja e a bactéria do gênero Bradirhizobium.
Nessa relação, a bactéria promove a fixação do nitrogênio do ar e o disponibiliza para a planta.
Dessa forma, a soja absorve o nitrato em níveis adequados, enquanto o microrganismo intruso absorve o hidrato de carbono presente.
Por que monitorar o ciclo de desenvolvimento da soja tipo de raiz
Atualmente, o sistema de desenvolvimento das plantas se divide em duas grandes fases.
A primeira fase, a vegetativa (V) e, por último, a fase reprodutiva (R).
Entretanto, é comum ocorrer a subdivisão da fase vegetativa, que pode variar conforme o uso numérico. Por exemplo: V1, V2 e V3.
No entanto, tal regra não se aplica aos estágios VE (ultrapassa a superfície do solo) e VC (quando surgem as primeiras folhas) – fases iniciais de desenvolvimento da planta.
Por fim, mas não menos importante, há o estádio vegetativo marcado pela sigla Vn.
O uso do “n” se refere à quantidade de nós que o vegetal possui.
Porém, esse valor pode sofrer alterações para mais ou menos, de acordo com as condições ambientais da lavoura.
Em síntese, a reprodutiva se apresenta em oito subdivisões ou estádios, conforme mostra a imagem abaixo:
Eventualmente, o estádio R5 é considerado o período em que a planta está mais sujeita a estresses ambientais, em razão do surgimento e enchimento dos primeiros grãos de soja.
Em outras palavras, déficit hídrico, ocorrência de alagamentos, falta de nutrientes no solo, pouca incidência de luz solar, geada e desfolhagem se tornam mais comuns.
Contudo, ataques à planta durante esse estádio podem comprometer mais a produtividade da plantação do que em outros níveis do desenvolvimento da soja.
Do contrário, sob condições favoráveis à sua germinação e ao seu crescimento, a soja tipo de raiz pode alcançar rapidamente de 0,8 a 1,0 m em profundidade durante o estádio V6.
Posteriormente, para contornar a deficiência nutricional do solo, pode ocorrer a necessidade da aplicação de outros nutrientes como S, Fe, B, Mn ou Zn.
Normalmente, os nutrientes com maior déficit são:
- Nitrogênio: disponível a partir da presença de bactérias no interior dos nódulos radiculares.
A prática da calagem é benéfica para áreas nunca cultivadas.
Porém, em solos favoráveis à fixação do nutriente, é aconselhável reduzir ou eliminar a sua aplicação.
- Fósforo e potássio: a depender do nível de pH no solo, o agricultor terá de fazer a calagem também.
Isso porque, para aumentar os rendimentos de algumas culturas agrícolas, a presença desses nutrientes, em grandes níveis, não é indicada.
Assim, a aplicação da calagem deve servir para equilibrar a fertilidade da propriedade.
Nesse sentido, a fim de conseguir altos rendimentos na cadeia produtiva da soja tipo de raiz, é necessário conhecer bem boas práticas de manejo.
Entre elas, as que mais se destacam são:
- fazer calagem e adubação somente após realizada análise do solo;
- evitar cultivar as sementes de soja em solos muito úmidos;
- respeitar os períodos de colheita para cada região;
- escolher apenas plantas adaptadas ao clima e solo da sua região;
- manter o espaçamento de 20 a 40 cm entre as mudas;
- não semear muito profundo; geralmente, o ideal fica entre 2 a 4 cm de profundidade;
- fazer o controle e monitoramento, sempre que possível, de plantas daninhas, pragas e doenças.
Conclusão
Algumas práticas podem ser adotadas na soja tipo de raiz com o intuito de elevar a capacidade produtiva das plantações de soja, o que pode variar a depender principalmente das condições do solo.
Entre elas, fazer a rotação de culturas na propriedade, sempre com o uso de vegetais adaptados à região, e ter atenção em quais são os melhores períodos para fazer o plantio da soja.
Isso proporciona condições favoráveis ao desenvolvimento e à nutrição da planta e, consequentemente, auxilia na redução de perdas da colheita por meio de ataques de pragas, doenças ou plantas daninhas.
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