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Maos olhando a planta e sementes realizando a classificacao de soja

Classificação de soja: guia sobre essa etapa pós-colheita

Você sabe o que é a classificação de soja? A soja é um dos grãos que devem ser classificados com muito cuidado para que o produto tenha alta qualidade, atendendo aos principais mercados consumidores.

Ainda mais importante do que entender como classificá-la é saber a importância de realizar essa separação e aprender a usar a seu favor.

Por isso, preparamos este conteúdo para que o produtor rural saiba o que é a classificação de soja, como fazer a correta análise e elevar os seus lucros. 

Acompanhe a seguir!

Leia também: Ciclo da soja: entenda a sua importância

O que é classificação de grãos?

Classificação vegetal ou classificação dos grãos é o ato de determinar a qualidade de um produto agrícola vendido para a indústria, cooperativa ou trading, por exemplo. 

Para isso, são realizadas análises minuciosas das amostras coletadas, visando identificar as melhores características exigidas pelos padrões de qualidade do consumidor.

Realizar esse processo é de suma importância, pois é a partir da classificação dos grãos que o valor do produto pode ser maior ou menor. Quanto maior for a qualidade do grão, maior será o seu valor no mercado.

Entre os principais grãos que devem ser classificados, temos o milho e a soja, que estão entre os cinco grãos mais produzidos, em termos mundiais.

A seguir, conheça melhor essa classificação e a importância de realizar essa análise e divisão.

O que é classificação de soja?

A classificação da soja é regulamentada pela Lei nº. 9.972 de 25 de dezembro de 2000 e  existe para determinar a qualidade do grão antes de chegar ao consumidor final. 

Para isso, existe um padrão a ser seguido, conforme as diretrizes do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), para tal classificação.

Em relação à soja, a Instrução Normativa IN-11 de 2007 é utilizada como parâmetro de análise. 

Embora não seja obrigatória, ela serve como base para que a classificação da soja seja realizada. 

Mas por que fazer? Porque o nível de qualidade dos grãos pode afetar o valor final do produto.

A classificação da soja, bem como de outros grãos, pode ser de dois tipos:

  • Oficial: quando deve atender às principais normas de segurança alimentar para que os consumidores finais possam receber o alimento de forma segura.
  • Comercial: quando deve obedecer aos requisitos exigidos pelas empresas compradoras do grão.

Por isso, é tão importante que o produtor rural saiba da importância dessa atividade e como fazer a classificação corretamente.

Quando realizar a classificação de soja?

Após a colheita do grão, o ideal é encaminhar a soja a um local adequado para realizar essa classificação, que pode ser indústria, trading ou uma estrutura própria. 

Porém, toda classificação da soja deve ser realizada conforme está estabelecido na lei. Ou seja, os grãos devem ser analisados quando:

  • O destino for o consumidor final, seguindo todas as normas de segurança alimentar;
  • Na compra e venda do produto para o poder público;
  • Na importação em portos, aeroportos e postos de fronteira.

Todas essas situações devem atender a um padrão estabelecido para os vegetais. A seguir, conheça mais sobre a padronização vegetal e entenda sua importância.

Padronização vegetal: o que é e quais são os seus objetivos?

Para ser classificada e atingir os objetivos do mercado, a soja precisa seguir um padrão. Por isso, existe a padronização vegetal, um modelo a ser seguido pelo grão.

Entre as principais características desse padrão, temos:

  • tipo físico do grão;
  • formato;
  • cor;
  • peso;
  • tamanho;
  • qualidade.

Todos esses itens são essenciais para uma melhor classificação da soja, pois é por meio desse padrão que produtos de qualidade serão comercializados. 

Além disso, as qualidades intrínsecas e extrínsecas são identificadas com mais eficácia por meio da padronização vegetal.

Classificação da soja: passo a passo

1. Comece pela calagem 

A calagem é o processo que retira subamostras de soja do caminhão conforme o peso deste.

Ou seja, depende da quantidade de toneladas de soja disponíveis no caminhão. 

Por exemplo, para cada 15 toneladas, a quantidade de amostra segue o padrão, conforme a IN-11, de número mínimo de 5 pontos a serem retirados para análise.

Conforme a quantidade de grãos aumenta, maior é o número de pontos por amostra.

2. Depois, faça o quarteamento

O quarteamento é realizado em uma máquina chamada quarteador em cascata

Esse processo consiste na mistura e redução da amostra coletada na calagem, para poder obter uma amostra de trabalho homogênea. 

Essa ação é necessária para que a análise seja realizada da melhor maneira. 

3. Use uma peneira para retirar impurezas e matérias estranhas

Com a utilização de uma peneira, é realizado o processo de retirada de impurezas e matérias estranhas.

Geralmente, as peneiras devem ser de 3 mm a 9 mm para que o processo seja eficaz. 

As impurezas e matérias estranhas retiradas devem atingir apenas o percentual de 1%. Valores acima são descontados de forma proporcional, além de indicarem baixa qualidade do produto.

4 – Determine a umidade do grão

A umidade do grão é determinada a partir de uma máquina específica para a realização dessa atividade. 

O nível de umidade da soja deve ser abaixo de 14%. Percentuais acima desse valor são descontados.

5. Classificação de soja avariadas devem ser feitas também

Por meio de uma observação detalhista e de forma minuciosa, é realizada a determinação dos grãos avariados.

O percentual de grãos avariados deve atingir apenas 8%. Valores acima devem ser descontados.

É preciso ficar atento a esse fator, pois tem implicações no teor das proteínas e na qualidade do óleo de soja.

Entre as principais pragas daninhas, temos o percevejo marrom e o percevejo barriga-verde como os maiores causadores dos grãos avariados. 

A chuva durante a colheita também é um fator que prejudica os grãos. Logo, é preciso ter atenção desde o momento da plantação das sementes na lavoura. 

Conheça mais sobre as pragas da soja e aprenda como diferenciá-las.

A imagem apresenta grãos de soja imaturos e chochos, portanto danificados e sendo analisados durante uma das etapas da classificação da soja.
Fonte: CNA Brasil

Exemplo de grãos de soja danificados – neste caso, imaturos e chochos.

Fonte: Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (SENAR).

6. Separe os grãos esverdeados

Grãos esverdeados são os que não atingiram a maturação fisiológica. Alguns motivos para isso acontecer podem ser pragas agrícolas ou secas.

A identificação ocorre a olho nu. Apenas 8% é o percentual aceitável de grãos esverdeados no momento da classificação da soja. Como nos demais casos, valores acima devem ser descontados.

7.  Isole os grãos amassados e partidos

Assim como no caso anterior, a determinação dos grãos amassados e partidos é realizada a olho nu.

Apenas 30% é o percentual aceitável de grãos amassados e partidos presentes na amostra coletada. Percentuais acima devem ser descontados.

Você pode se interessar: Soja: onde é produzida e como isso acontece

Como a classificação da soja aumenta a rentabilidade?

Após analisar a classificação de soja e já tendo seu local destino, o produtor deve armazenar os grãos em silos próprios.

Lembrando que a propriedade deve ser organizada previamente para os grãos irem para o graneleiro ou para o caminhão que fará o descarregamento.

Depois da classificação da soja e da definição do seu destino, o produtor deve alocar os grãos nos silos.

O blend (mistura, em língua portuguesa) é uma técnica conhecida nas indústrias e tradings. Ela consiste na mistura de variáveis diferentes de soja, porém, mantendo o padrão de classificação.

As sojas de variedades semelhantes são alocadas juntas, e, com isso, é possível ganhar no peso, poupar gastos com secagem e/ou descontos no destino.

Para que serve a classificação de soja?

Além de aumentar a rentabilidade e a qualidade do produto, a classificação de soja é importante para definir a classe, o grupo e o tipo de grão que está sendo comercializado para os mercados e consumidores finais. 

Outro fator importante é que a soja classificada permite que o grão seja transportado por todo o território e atinja outros mercados, o que é essencial para aumentar o lucro do produtor rural

O mais essencial é que a classificação da soja e de outros grãos serve para facilitar o comércio internacional e nacional.

Afinal, toda commodity padronizada alcança sempre a alta qualidade dos produtos no mercado. 

Quem faz a classificação de soja?

Mulher com óculos de proteção, avental e luva segurando uma amostra enquanto analisa em um microscópio. Na bancada do laboratório também há tomate, pimentão e hortaliças.
Fonte: Freepik

O engenheiro-agrônomo, o técnico agrícola ou o engenheiro de alimentos são profissionais que podem atuar como classificadores da soja.

Esses profissionais devem ser registrados como pessoa física no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA).

Além deles, é possível contratar profissionais que ainda estão na graduação ou não, desde que trabalhem com grãos e tenham experiência nesse serviço. 

Independentemente da escolha do produtor rural, é importante que o classificador seja qualificado para realizar a análise da forma correta. 

Saiba mais: O que é soja transgênica: características, vantagens e importância

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Neste artigo, você aprendeu o que é a classificação da soja e como ela é importante para elevar os lucros da sua lavoura. 

Não se esqueça de contratar um profissional especializado na área, seguindo todas as dicas que apresentamos no conteúdo para uma melhor classificação do grão. 

Além disso, é importante investir no seu negócio. É por isso que a TerraMagna está aqui. Se precisar de crédito, conte conosco.

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