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Lagarta em folha verde representando pragas da soja

Pragas da soja: aprenda como diferenciá-las

As pragas da soja são consideradas verdadeiro pesadelo para os agricultores. Afinal, estamos falando de uma cultura altamente rentável e importante para o agronegócio.

Apenas a título de curiosidade, para este ano, a previsão é que a produção nacional do grão fique em 122,3 milhões de toneladas, nível 11,4% menor que a safra anterior, quando foram colhidas 138,1 milhões de toneladas

A queda é influenciada pela estiagem que atingiu os estados do Rio Grande do Sul e Mato Grosso do Sul

De qualquer forma, em todas as safras são investidos valores altos em defensivos agrícolas ou outras medidas de combate para otimizar o controle das pragas. Tudo para evitar grandes perdas na lavoura.

É esse assunto que abordaremos neste artigo, bem como quais são os principais tipos e qual forma mais efetiva de controle. Então, acompanhe até o fim. Boa leitura! 

Pragas da soja: o que são?   

Antes de falarmos das pragas da soja em específico, saberia dizer o que são pragas agrícolas? 

Apesar de existirem alguns tipos de insetos que podem acabar com as plantas, para serem considerados pragas, precisam causar grandes prejuízos à área plantada. 

Isso porque as pragas agrícolas reduzem significativamente a produtividade ou a qualidade dos cultivos, a partir da sua alimentação. Além disso, ainda podem transmitir doenças. 

Esses organismos podem ser encontrados em todos os tipos de lavouras; agora, quando contam com uma diversidade biológica, eles se mantêm em equilíbrio. 

É normal que haja poucos organismos em áreas extensas de uma única cultura, como a soja. Por isso, quase não existem inimigos naturais para combatê-los. 

Como consequência, essa população aumenta, e os organismos acabam se tornando pragas, devastando as lavouras.

Para que se tenha ideia, no Brasil, as perdas nas principais culturas podem variar entre 2% e 43%. Os insetos causam, em média, uma redução de 7,7% na produtividade.  

Isso resulta numa perda anual de cerca de US$ 14,7 bilhões para a economia brasileira, mesmo com a adoção de medidas de controle.


Alguns dos principais motivos que podem causar esses ataques são o controle tardio e até mesmo o uso incorreto de produtos. A seguir, você confere alguns exemplares. 

Principais pragas da soja no Brasil


No Brasil, existem diversas espécies de pragas da soja que, inevitavelmente, podem atacar as lavouras e causar prejuízos imensuráveis. 

Por isso, é extremamente importante que o agricultor conheça e, mais do que isso, aprenda quais são as formas mais efetivas de combate e controle. Antes que seja tarde demais, boas medidas podem ser adotadas. 

Aqui, listamos nove pragas. Confira: 

Lagarta-do-cartucho (Spodoptera frugiperda)

A lagarta-do-cartucho é uma espécie canibal, e, por esse motivo, poucas lagartas são encontradas na planta.

Sua coloração pode ser marrom, verde ou preta. Na cabeça, há uma listra que se inicia em Y invertido, o que facilita sua identificação.

Seu ciclo de vida dura, em média, 30 dias; o número de ovos pode variar de 100 a 200 por postura/fêmea (totalizando uma média de 1.500 a 2.000 ovos colocados por uma única fêmea). 

O que causam? 

Essa lagarta penetra no colmo e cria galerias. Seu principal dano é o consumo das folhas. 

Após o segundo ou terceiro ínstar, começam a fazer buracos nas folhas, se alimentam do cartucho e, depois, deixam excrementos na planta.

Como controlar? 

O ideal é começar com a dessecação da cultura de cobertura para a produção de palha no Sistema Plantio Direto (SPD).

No entanto, caso o agricultor note a presença de lagartas, deve-se aplicar defensivos agrícolas para reduzir o stand de plantas. 

Lagarta-elasmo (Elasmopalpus lignosellus)


Ultimamente, tem sido frequente encontrar a lagarta-elasmo principalmente em lavouras de soja (fase inicial), solos arenosos ou longo período de estiagem


O ataque ocorre logo depois da germinação da soja e dura entre 30 e 40 dias. Na grande maioria das vezes, o inseto já está presente na área antes de começar a plantação. 

Por isso, é importante que o agricultor verifique se há infestação nas lavouras vizinhas e, claro, tenha ciência sobre a estiagem.  

O que causam?

As lagartas alimentam-se raspando o parênquima foliar quando ainda são pequenas. Conforme vão crescendo, passam a perfurar um orifício na planta ao nível do solo. 

Ali, constroem uma galeria que vai crescendo com o crescimento da lagarta e o consumo de alimento. 

Como controlar?


Os solos que menos sofrem com as pragas são aqueles sob sistema de semeadura direta, já que retêm mais umidade.

Agora, as áreas sem coberturas ou que sempre apresentam queimada durante a entressafra costumam ser mais suscetíveis ao desenvolvimento das lagartas.

Lagarta-falsa-medideira (Chrysodeixis includens)


Uma das pragas da soja que mais tem se tornado um problema fitossanitário é a lagarta-falsa-medideira. Há relatos de diversos surtos isolados ou juntos
à lagarta-da-soja.


Os ovos são globulares, medem cerca de 0,5 mm de diâmetro e apresentam coloração creme-claro logo após a oviposição e marrom-claro próximo à eclosão. O desenvolvimento embrionário se completa em torno de 2,5 dias.

O que causam? 

As lagartas-falsas-medideiras atacam as folhas. Enquanto pequenas, vão as raspando e, à medida que crescem, tornam-se vorazes e destroem as folhas, podendo deteriorar as hastes finas também. 

Como controlar? 

O controle é feito com o uso de químicos, registrados para a cultura, quando atacam sozinhas ou com a lagarta-da-soja.

Assim que forem identificados, normalmente são 40 lagartas grandes por pano de batida, se a desfolha atingir 30% até o final do florescimento ou 15%. Sempre antes de surgirem as primeiras flores!  

Lagarta-da-soja (Anticarsia gemmatallis)


A lagarta-da-soja tem hábitos noturnos e, por esse motivo, durante o dia, costuma se abrigar na sombra. 

No início, apresenta cor verde-claro, tem quatro pares de pernas no abdômen – duas delas são vestigiais – e três linhas longitudinais claras no dorso.  

Quando há pouco alimento ou altas infestações, sua coloração fica mais escura. O ataque costuma acontecer logo no começo da cultura e floração. 

O que causam? 

Inicialmente, causam raspagens em pequenas áreas das folhas. Já áreas maiores, as lagartas passam a se alimentar delas, deixando buracos ou as comendo inteiras. 

Se não forem controladas a tempo, a desfolha pode atingir a lavoura toda. 

Como controlar? 

O monitoramento constante é uma das melhores formas de controle. Deve ser feito quando houver aproximadamente 40 lagartas grandes por pano de batida. 

Isso quando a desfolha atingir 30%, antes da floração, e 15%, assim que surgirem as primeiras flores.  

Percevejo-castanho (Scaptocoris spp.)


O percevejo-castanho-da-raiz (Scaptocoris castanea) é um inseto; apesar de ser encontrado em diversas regiões, o cerrado tem maior incidência.

Essa é uma das pragas da soja que costuma aparecer durante os períodos de chuva mais intensos. Muitos agricultores não conseguem identificá-lo com tanta facilidade, já que eles costumam abrigar-se no fundo do solo. 


No momento do plantio, por exemplo, atingem até 30 cm de profundidade. É conhecida como uma praga polífaga, ou seja, ataca diversas culturas como sorgo, milho, soja, algodão e pastagens.

O que causam? 

Os danos são causados por ninfas e adultos, que têm hábitos subterrâneos e fazem a sucção da seiva das raízes. Isso atrofiará as raízes e atrapalhará o desenvolvimento das plantas. 

Como controlar?

É recomendado realizar o controle biológico com o fungo Metarhizium anisopliae, que, inclusive, tem surtido bons efeitos.

Esse método pode ser aplicado porque a aração e a gradagem expõem os insetos aos predadores naturais e ainda esmagam as ninfas e os adultos. 

Se possível, deve-se usar o arado de aiveca, que apresenta mais eficiência no controle ao percevejo-castanho.

Bicudo-da-soja (Sternechus subsignatus)


Uma das pragas da soja que também são difíceis de controlar é o bicudo-da-soja. Por ter causado grandes danos às lavouras do Paraná, de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul, vem ganhando mais notoriedade. 

Mas não é de hoje, claro; há registros de 1984, principalmente em locais onde são realizados o cultivo mínimo e a semeadura direta.

O que causam? 


O adulto do bicudo-da-soja raspa o caule e desfia os tecidos no local do ataque. 

Quando a população é volumosa e acontece logo no início da cultura, o dano não tem solução e, por esse motivo, as plantas morrem ou há perda completa da lavoura. 

Agora, se o ataque for tardio e as larvas se desenvolverem na haste principal, formando galhas, a planta está tão frágil que quebra quando há ventos ou chuvas fortes. 

Como controlar?

Um dos métodos que apresentam bons resultados é a rotação de culturas, claro, desde que associado a outras estratégias. 

Pode-se empregar plantas-iscas ou, ainda, usar o controle químico na bordadura da lavoura.

Mosca-branca (Bemisia sp.)

A mosca-branca é um inseto sugador que ataca diversas culturas.


Os adultos chegam a medir 0,8 mm de comprimento e, como o próprio nome sugere, são de coloração branca. No entanto, podem ter só as asas brancas e corpo amarelo.


Quando as condições climáticas estão favoráveis, o ciclo de vida dura de duas a quatro semanas e podem reproduzir até 15 gerações por ano.  

O que causam?


A mosca-branca tem ação toxicogênica, e, por isso, os seus danos são causados por conta da transmissão de viroses.

Para o feijoeiro, é transmissor dos vírus mosaico-dourado e mosaico-anão. Durante o florescimento, se torna ainda mais perigosa. 

Como controlar? 

Tratamento de sementes com inseticidas carbamatos sistêmicos ou
sistêmico-granulado no sulco de plantio ou, ainda, pulverizar com fosforados sistêmicos. Uso de armadilhas de cor amarela ajuda a diminuir número de adultos na área.

Ácaro-verde (Mononychellus planki)


O ácaro-verde é uma das pragas da soja que costumam atacar as culturas do algodão, citros, feijão e hortaliças. 

Na cultura da soja, em específico, apesar de os ataques não serem constantes, quando a população é grande, os danos também são grandes.

O ácaro é disseminado pelo vento. Quando não há alimentação e ambiente adequados, eles se penduram por fios de teia e, desse modo, são levados pelo vento 

a outras plantas hospedeiras.

O que causam? 

São facilmente encontrados na face inferior das folhas retirando o conteúdo citoplasmático das células, com o auxílio de seu estilete. Esse ato atrapalha o bom desenvolvimento da planta.  

Como controlar?

O controle deve ser realizado por meio de amostragens nos talhões quando, na safra anterior, forem identificados ataques da praga e, também, na entressafra. 

A rotação de culturas como milheto, Crotalaria juncea ou mucuna-preta é uma boa forma de combate.  

Pragas da soja Corós (Phyllophaga cuyabana)


Por último, estão os corós, larvas escarabeiformes normalmente de cor branca, cabeça e pernas (três pares) marrons.

As espécies rizófagas, que ocorrem no milho, chegam a atingir entre 4 cm e 5 cm de comprimento (tamanho máximo). 

Para a safrinha, em lavouras instaladas em semeadura direta sobre a resteva da soja, os danos são ainda piores. 

Em áreas onde já foram cultivadas gramíneas, a população do inseto costuma ser maior.  

O que causam? 

Os danos causados pelos corós são a destruição das plântulas, que são puxadas para dentro do solo ou podem secar e morrer por causa da falta de raízes. 

Quando adultas, não são produtivas. O dano causado por esse inseto ocorre a partir de 5 larvas.

Como controlar?

A melhor forma de controle biológico é por meio do uso de Beauveria bassiana e Metarhizium anisopliae e parasitoides da ordem Diptera.

O agricultor pode optar por preparar o solo com implementos de disco, uma alternativa de controle cultural da larva. 

Durante a prática, é normal que ocorra o efeito mecânico do implemento sobre a larva, quando expostas ao sol ou a inimigos naturais. 

O controle químico deve ser aplicado pelo tratamento de sementes ou pela pulverização de defensivos agrícolas que sejam registrados para a cultura, no sulco de semeadura.

Bom, essas são as nove espécies de pragas de soja que podem ser encontradas nas lavouras de diversas regiões do Brasil. 

Na grande maioria dos casos, é possível combater ainda no início, evitando grandes perdas. 

Mas o ideal é que o agricultor esteja sempre realizando o Manejo Integrado de Pragas (MIP). Esse cuidado irá poupá-lo de gastos desnecessários com insumos agrícolas. 

Cada uma das pragas da soja que citamos aqui, apesar de terem suas particularidades, pode ser controlada com o tratamento de sementes correto.  

Agora, caso nenhuma estratégia surta efeitos, o certo é contar com a ajuda de um especialista. 

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