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trator pulverizando defensivos usando tecnologia de aplicacao

Tecnologia de aplicação: redução de custos e desperdício

A tecnologia de aplicação nada mais é do que um conjunto de conhecimentos que agrupam informações relevantes sobre os produtos fitossanitários de modo geral.  

Portanto, suas formulações, adjuvantes, o processo de pulverização, os alvos e o ambiente. Tudo para garantir uma aplicação correta, segura e responsável, respeitando, claro, as Boas Práticas Agrícolas

A título de curiosidade, de acordo com dados divulgados pela Revista Cultivar (2020), há trabalhos que geram perdas de 20% a 50% em cada aplicação incorreta

Ao final, essas perdas interferem no bolso do agricultor, que, querendo ou não, investe bastante dinheiro para ter uma lavoura mais produtiva. Mas não é sempre que se alcança os resultados esperados. 

Levando em consideração o percentual de 20% de perdas, o prejuízo direto em produtos seria atualmente em torno de US$ 2 bilhões anuais no Brasil

Além disso, ainda entram para conta perdas indiretas relacionadas aos prejuízos em cultivos adjacentes, eventuais indenizações e contaminações ambientais. 

De modo geral, portanto, há um consenso de que todo agricultor deseja obter o máximo de eficiência no tratamento pelo menor custo possível. É sobre isso que vamos tratar neste artigo. Boa leitura! 

O que é tecnologia de aplicação?

Tecnologia de aplicação é a integração entre todas as informações, produtos ou técnicas que permitem que o agricultor aplique defensivos agrícolas com qualidade, menor custo e menos risco de contaminação ambiental. 

O termo surgiu na Inglaterra, em 1986, a partir dos primeiros estudos do professor Graham Matthews. 

No Brasil, não por acaso, a primeira proposta também veio de um professor, Tomomassa Matuo, pesquisador da Unesp de Jaboticabal (SP), quatro anos depois.

Se não fosse ele, talvez, hoje, nosso país não seria considerado como um dos maiores exportadores de soja, por exemplo. Por sinal, para 2023, a estimativa de exportação do grão gira em torno 95,87 milhões de toneladas, o que representa um aumento de 22,5% em relação ao projetado para este ano, de acordo com a Conab. 

Desde então, o uso da tecnologia de aplicação acabou sendo expandido também para outras culturas. 

Cultivar, estádio da planta, praga, doença, produto, clima, temperatura, umidade do ar, condição de vento, volatilidade de produto, compatibilidade de calda, manutenção e regulagem dos pulverizadores foram fatores que evoluíram para servir como métrica de eficiência. 

Tudo para garantir que o agroquímico (herbicida, inseticida, fungicida ou adubo foliar) deixe o tanque do pulverizador e atinja o alvo com maior precisão. 

Quais elementos integram a tecnologia de aplicação?

Os principais elementos que integram a tecnologia da aplicação são:

  • Responsáveis técnicos
  • Operadores 
  • Tecnologia de informação 
  • Produtos fitossanitários, suas formulações e adjuvantes
  • Processo de pulverização
  • Alvos 
  • Ambiente

Quais são os principais fatores que interferem nessa Tecnologia de aplicação? 

Quando falamos sobre tecnologia de aplicação, é importante levar em consideração algumas variáveis que podem interferir na performance. Confira a seguir! 

Local de ocorrência da praga

O local de aplicação nunca é a cultura em si. Na verdade, é onde a praga está instalada na cultura. Afinal, às vezes, ela não toma conta de toda a área, apenas um pedaço. 

Algumas pragas ficam mais expostas, outras ficam no interior da cultura ou até mesmo em espaços difíceis de serem alcançados. 

Alvo

O alvo é a superfície onde o produto será aplicado. Pode ser biológico, ou seja, a praga que o agricultor pretende eliminar (fungo, inseto, plantas daninhas), ou folhas, caule, frutos, solo, entre outros. 

O alvo de aplicação será determinado somente depois que a praga for devidamente identificada, bem como o local de infestação.  

Momento da aplicação

O momento de aplicação também pode interferir no uso da tecnologia de aplicação. 

Nesse momento, é indispensável que o agricultor analise a praga e o produto que usará para exterminá-la.  

Em relação à praga, observe a sua ocorrência, quando atinge o nível de controle de acordo com o manejo integrado de pragas. Com relação ao produto, confira se ele é de ação curativa ou preventiva.

Equipamento

O equipamento é usado para gerar e depositar gotas no alvo. 

Por isso, a escolha do tipo de equipamento que será usado (sua regulagem influencia na tecnologia de aplicação dos defensivos) deve ser feita com cautela e visando solucionar o problema.

Produto a ser aplicado

A escolha do produto deve ser feita a partir do momento em que há pleno conhecimento sobre a praga que se pretende controlar. 

Poderá ser necessária a aplicação de defensivo químico ou biológico, lembrando sempre que existem diversos modos de ação sobre o organismo-alvo. 

É necessário conhecer de que forma o produto se distribui na planta para que ele atinja o alvo desejado.

Ambiente

O ambiente interfere na aplicação também. Isso porque o veículo usado para pulverização é a água. Por isso, fatores como o vento, a temperatura, a umidade relativa do ar e a radiação solar não podem deixar de ser avaliados. 

Praga

Por fim, temos a praga! Para realizar um combate efetivo, é preciso conhecê-la muito bem.  Podem ser ácaros, insetos, fungos, nematoides ou plantas daninhas. O importante é conhecer seu comportamento, estágio de desenvolvimento e espécie.

Orientações para manusear a tecnologia de aplicação 

Algumas recomendações são indispensáveis na hora de manusear as tecnologias de aplicação. Veja a seguir quais são elas! 

  • É recomendado aplicar o defensivo agrícola nas horas menos quentes do dia, de preferência em temperaturas menores do que 30°C.
  • A umidade relativa do ar deve estar acima de 50%.
  • Se possível, a aplicação deve ser feita com menor exposição à radiação ultravioleta.
  • A velocidade do vento deve estar entre 3 km/h e 10 km/h para não desperdiçar o produto. 
  • O equipamento de aplicação deve estar bem ajustado, afinal, é ele que vai fazer o produto atingir o alvo.

Produtos biológicos

No caso de produtos biológicos, os cuidados são redobrados; atenção! 

Caso não tenha produtos que protejam o microrganismo ou suas estruturas de reprodução da radiação ultravioleta na fórmula, o ideal é que a aplicação seja feita das 4h às 5h da tarde. 

Desse modo, é mais fácil reduzir os efeitos negativos da radiação sobre as estruturas que estão sendo depositadas sobre a planta e o solo.

Mesmo no caso de defensivos químicos, jamais acredite que vão suportar qualquer condição de clima para a aplicação. Por isso, o agricultor deve seguir à risca as orientações acima. 

O que é deriva e quais suas consequências? 

Quando a tecnologia de aplicação não é devidamente aplicada, consequentemente, há deriva

Basicamente, trata-se da parte da calda aplicada que não atinge o alvo durante ou após uma aplicação. Os motivos podem ser:

  • evaporação;
  • escorrimento e/ou deslocamento para outras áreas por causa do vento.

Nosso conselho é: tente ao máximo evitar esse acontecimento! A deriva, em alguns casos, ainda provoca danos econômicos e socioambientais. 

  • Custos de produção mais altos, afinal, o efeito de controle pode não ser o desejado. 
  • Aplicação de defensivos agrícolas em lugares que não são necessários. 

Por fim, a deriva está relacionada a fatores como:

  • Pressão excessiva na pulverização
  • Excesso de velocidade do pulverizador
  • Uso de gotas finas ou muito finas em condições climáticas limites
  • Aplicações fora das condições climáticas adequadas

Como usar as pontas de pulverização? 

Para ter os efeitos desejados durante o uso da tecnologia de aplicação, as pontas de pulverização precisam cumprir algumas funções essenciais: 

  • Determinar a vazão da calda
  • Determinar o tamanho das gotas
  • Definir a forma do jato emitido

Outra questão importante: cada ponta de pulverização vai gerar um tipo de gota:

  • Muito fina
  • Fina
  • Média
  • Grossa
  • Muito grossa
  • Extremamente grossa.

Agora, o tipo de gota que deverá ser utilizado vai depender do objetivo da aplicação. 

Quando se pretende melhorar a cobertura dos alvos, por exemplo, o ideal é optar por gotas menores (muito finas, finas ou médias) ou maior volume de caldas.

  • Para aplicar um menor volume e manter a cobertura: gotas mais finas.
  • Para aplicação de maior volume e manter a cobertura: gotas maiores.
  • Para pragas ou doenças de baixeiro: gotas menores e maior volume de calda.

Quais os principais tipos de pontas de pulverização?

Para auxiliar os agricultores a entenderem melhor sobre as pontas de pulverização para o uso da tecnologia de aplicação, trouxemos aqui os principais modelos. 

Pontas de jato plano

As pontas de jato plano também são conhecidas no mercado como “leque” ou “de impacto”. 

Produzem gotas finas e médias e são mais recomendadas quando as condições climáticas são mais amenas. 

São indicadas para atingir alvos planos como solo ou até mesmo algumas culturas, a exemplo da soja (entre outras). 

Pontas de jato plano duplo

Pontas de jato plano duplo (duplo leque ou de jato cônico) geram gotas finas e muito finas. Devem ser utilizadas em condições climáticas ideais.

Pontas de injeção de ar

Produzem gotas grossas e muito grossas, que devem ser usadas em aplicações próximas aos limites climáticos.

Pontas de pré-orifícios

Pontas de pré-orifícios geram gotas médias a grossas, ideal para serem utilizadas em condições climáticas intermediárias.

Pontas de jato cônico

Por fim, temos as pontas de jato cônico. Normalmente, são compostas de dois componentes denominados ponta (ou disco) e núcleo (difusor, caracol ou espiral). 

A partir de diversas combinações desse tipo de ponta, podem surgir diversas taxas de fluxo, de ângulos de deposição e de tamanhos de gotas.

Como regular e calibrar os equipamentos na tecnologia de aplicação?

Antes de qualquer coisa, calibrar é determinar o volume de aplicação e a quantidade de produto a ser colocada no tanque por meio da vazão das pontas.

Dito isso, quando se trata de tecnologia de aplicação de defensivos, regular não é o mesmo que calibrar. 

Regular é ajustar os componentes do equipamento à cultura e aos produtos a serem utilizados; são eles:

  • Velocidade
  • Tipos de pontas
  • Espaçamento entre bicos
  • Altura da barra para a aplicação

Bom, já deu para entender a importância da tecnologia de aplicação no campo. Essa técnica veio para facilitar a distribuição de produtos fitossanitários de forma eficiente e, claro, reduzir custos e garantir menos desperdício.

Mas não adianta investir sem cumprir as técnicas adequadas, conforme explicamos neste artigo. 

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