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Brotos verdes na chuva representando o Zoneamento Agrocola de Risco Climatico

Zoneamento Agrícola de Risco Climático: saiba tudo sobre o ZARC

Também conhecido como ZARC, o Zoneamento Agrícola de Risco Climático é uma ferramenta que proporciona a redução de riscos para pequenos, médios e grandes agricultores em todo país.

Desenvolvida pelo Ministério da Agricultura, seu objetivo principal é ajudar agricultores no planejamento de suas culturas, melhorando os resultados agrícolas desses trabalhadores.

O ZARC ganha cada vez mais espaço no cenário nacional e nos bons resultados da produção agrícola do país, já que minimiza os riscos e proporciona uma gestão melhor das atividades produtivas.

Afinal, esse é um recurso disponibilizado em todo o território nacional, para os mais diferentes tipos de cultura e tamanhos de plantação.

Neste artigo, separamos as principais informações que você precisa saber sobre ele. Boa leitura!

Leia também: Agrometereologia: o que é como aplicá-la em sua atividade rural

O que é o Zoneamento Agrícola de Risco Climático?

O Zoneamento Agrícola de Risco Climático, ou ZARC, é uma ferramenta digital que permite aos agricultores realizar um planejamento capaz de reduzir os impactos climáticos em suas plantações.

Em outras palavras, é um recurso digital que busca minimizar os riscos que possam ocorrer nas plantações devido a imprevistos climáticos, como chuva, ventos, temperatura e umidade.

O planejamento efetivo é possível porque o ZARC é feito a partir da combinação de dados dos fenômenos climáticos e do mapeamento das diferentes cidades do Brasil, que, por sua vez, apresentam diferentes tipos de solo e ciclos das culturas agrícolas.

Por ser digital, muitos acreditam ser algo complexo e difícil de ser utilizado. Muito pelo contrário; é fácil de ser entendido e usado pelos agricultores e os demais interessados nesse instrumento.

O Zoneamento Agrícola de Risco Climático foi criado em 2019 pelo Governo Federal por meio do Decreto nº 9.841/2019, mas o projeto teve início décadas antes.

Ainda em 1980, a estrutura do que hoje é a ferramenta começou a ser projetada pelo CNPAF (Centro Nacional de Pesquisa de Arroz e Feijão), atual Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária).

Na época, a ferramenta conquistou os agricultores apenas oferecendo informações sobre risco climático, balanço hídrico e regime pluvial. Isso resultou nos melhores períodos para o plantio, em especial do arroz.

O sucesso despertou o interesse do Governo Federal, que, nos anos 1990, começou a criar novas estratégias que permitissem ampliar as zonas mapeadas.

Durante esse tempo, a ferramenta foi sendo aperfeiçoada com informações e novas tecnologias disponíveis, permitindo que ela chegasse ao que é conhecido e usado atualmente.

Veja também: Estações agrometeorológicas: transforme a sua lavoura

Qual é o principal objetivo do zoneamento agrícola?

A ferramenta foi criada para ajudar no planejamento agrícola, reduzindo riscos para as diferentes culturas de acordo com os fenômenos climáticos e outras características de cada município brasileiro.

Mas o recurso vai muito além disso. O ZARC permite que os dados acerca de riscos agroclimáticos do Brasil sejam atualizados frequentemente, com qualidade e rapidez.

Além disso, o programa em que a ferramenta foi instituída busca melhorar e fomentar a forma como as políticas públicas referentes à gestão agrícola são aplicadas no país.

Portanto, o Zoneamento Agrícola de Risco Climático é um instrumento de política agrícola.

Afinal, a produtividade de um agricultor tem impacto direto na economia do país, seja pela geração de empregos, de produtos para abastecer o mercado interno ou no que é arrecadado com a exportação.

Todas as análises e dados armazenados são oferecidos aos produtores agrícolas por intermédio do ZARC, ferramenta digital intuitiva e fácil de ser usada até por aqueles que não dominam a tecnologia.

Com o seu uso, agricultores que plantam diferentes culturas conseguem identificar a melhor época do ano para plantio, cultivo e colheita de seus produtos.

Os dados apresentados consideram os diversos ciclos de cultivos, tipos de solos e fatores climáticos de acordo com a época e localização do país, independentemente da região.

Entretanto, esses pontos só podem ser alcançados graças aos avanços tecnológicos e ao uso de ferramentas que captam as informações necessárias para gerar os dados que ajudam no cultivo em terras brasileiras.

Como consultar o ZARC?

A imagem mostra uma captura de tela feita no site do MAPA, na página do ZARC - Zoneamento Agrícola de Risco Climático.
Fonte: MAPA

Página do ZARC. Fonte: Captura de tela da página do MAPA, 2022.

O zoneamento agrícola pode ser acessado pelo site MAPA Zoneamento Agrícola ou então pelo aplicativo do ZARC, o “Plantio Certo”. Ambos são gratuitos e fáceis de serem usados.

Caso seja pelo site, basta acessá-lo e selecionar as opções de acordo com seu interesse de busca, como por município, cultura e tipo de solo.

Já pelo aplicativo é necessário fazer o download gratuito para dispositivos Android ou iOS e acessar de forma detalhada todas as informações disponibilizadas.

Como é feito o zoneamento agroclimático?

O processo para captação de dados do ZARC é dividido em etapas, cada qual com sua importância para a compilação de todas as ferramentas.

Vale destacar que existem dois tipos de zoneamento: o de aptidão climática e o agrícola. O ZARC é a junção de ambos e, por isso, considera alguns pontos fundamentais, como os que descreveremos a seguir.

Ciclo fenológico

O primeiro passo para a análise e compilação dos dados é entender sobre o ciclo fenológico, a parte referente ao crescimento e desenvolvimento das plantas.

Nessa etapa as culturas são classificadas em diferentes grupos, de acordo com a duração do ciclo e das fases de desenvolvimento das plantas.

Por exemplo, no ZARC do milho, feijão, soja e outros grãos, o agrupamento em um mesmo conjunto, com o ciclo dividido em:

  • Fase 1: marcada pela germinação ou emergência do grão.
  • Fase 2: aqui ocorre o crescimento e desenvolvimento da planta.
  • Fase 3: nesta etapa, é possível perceber o florescimento e o enchimento de grãos.
  • Fase 4: a última etapa, que consiste na maturação fisiológica do grão.

Textura do solo

Imagem focada na única muda de uma planta crescendo e o solo, representando um dos critérios considerados para o zoneamento agrícola de risco climático.
Fonte: Freepik

A outra etapa do zoneamento agrícola consiste em analisar a textura do solo e fazer o agrupamento em 3 conjuntos.

  • Grupo 01: solos com textura arenosa, teor de argila superior a 10% e inferior ou igual a 15%.
  • Grupo 02: solos com textura média, teor de argila entre 15% e 35%, e menor de 70% de areia.
  • Grupo 03: solos de textura argilosa com teor de argila maior que 35%.

Período de semeadura

Outro ponto considerado no zoneamento agrícola é o período de semeadura das culturas, dividindo-as em grupos de acordo com a semelhança de tempo.

Os intervalos apresentados são divididos em 10 dias e ocorrem durante todo o ano.

Dessa forma, o primeiro período ocorre nos 10 primeiros dias do ano, enquanto o segundo é de 11 a 20 do primeiro mês do ano e o terceiro entre 21 e 30 de janeiro.

A cada 10 dias se inicia um novo ciclo de semeadura, que persiste até o final do ano, em dezembro.

Fatores climatológicos

Outros fatores considerados no zoneamento agroclimático se referem ao clima do país, entendendo o período de chuvas e secas, além de umidade do ar e temperatura média.

Todos esses fatores têm impacto direto na produtividade da cultura, que pode ser prejudicada ou auxiliada quando o plantio e a colheita são feitos de acordo com o clima favorável.

Quem regula a liberação do Zoneamento Agrícola de Risco Climático?

O ZARC foi regulamentado e implementado pelo Governo Federal; dessa forma, sua regulação é feita por órgãos federais, como o MAPA (Ministério de Agricultura, Pecuária e Abastecimento).

No entanto, a instituição conta com a ajuda da Embrapa e de outras instituições que realizam a coleta das informações e sua compilação.

Vale destacar que a regulamentação é feita a partir de decreto federal, tendo o ZARC base legal para existir e parâmetros definidos para seguir enquanto for ferramenta pública para o meio agrícola.

Quais as vantagens do zoneamento agrícola de risco climático?

A redução de perdas na produção que antes eram causadas por eventos meteorológicos é uma das principais vantagens do ZARC.

De acordo com dados da Embrapa, estima-se que o uso dessa ferramenta já evitou que cerca de R$ 3,6 bilhões fossem perdidos em produtividade em um ano.

Isso porque o uso da ferramenta tem se tornado um pré-requisito ao ser concedido crédito de seguro e custeio para produtores rurais, aumentando a margem de lucro deles.

Com isso, a ferramenta garante não apenas um menor prejuízo para o produtor, como também aumento de seus lucros, possibilitando que mais produtos circulem no mercado.

Ou seja, o uso do ZARC garante que toda a cadeia produtiva se beneficie a curto, médio e longo prazo no país.

Conclusão Zoneamento Agrícola de Risco Climático

Chegamos ao fim do artigo e esperamos que você tenha compreendido melhor o que é ZARC, como ele funciona e suas vantagens.

Como você viu, o Zoneamento Agrícola de Risco Climático permite plantios mais eficientes de acordo com cada região do país, evitando a perda financeira.

Além disso, impacta positivamente a economia do país e o setor do agronegócio.

Quando utilizado com o calendário agrícola, os resultados podem ser ainda melhores. Basta acessar a ferramenta conforme ensinamos ao longo deste artigo, conferir o calendário da sua região e elaborar um planejamento assertivo.

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