Homem realizando a analise de risco de credito

Análise de risco de crédito: qual a melhor forma de fazer?

É muito comum que as empresas confiem na intuição na hora de conceder crédito para os seus clientes, mas essa não é a melhor prática, ainda mais considerando a análise de risco de crédito de determinadas operações.

A inadimplência traz sérios riscos para as distribuidoras de insumos agrícolas, por exemplo. 

Quando não é controlada, o negócio pode ter altas vendas, mas não deixará de enfrentar a instabilidade no seu fluxo de caixa. 

Afinal, vender e não receber pode ser tão prejudicial quanto não conseguir fechar boas vendas.

Neste artigo, vamos explicar detalhadamente como funciona a análise de risco de crédito, quais são exemplos de risco de crédito e outros detalhes sobre o assunto. Boa leitura!

O que é a análise de risco de crédito?

A análise de risco de crédito consiste em avaliar a capacidade de pagamento de um crédito obtido, não importando se é uma pessoa que faz o pedido ou uma empresa. 

O objetivo dessa avaliação é entender o índice de possíveis inadimplências que possam ocorrer por parte de potenciais clientes. Geralmente, a análise é feita com base em dados que vêm de fontes variadas. 

Por esse motivo, a análise também é usada para a definição do percentual de juros que vai ser cobrado na operação. 

Isso acontece porque, a partir do momento que o tomador de empréstimo não cumpre as suas obrigações, o fluxo de caixa do credor é interrompido e isso deve ser compensado. 

Assim, quanto maior é o risco de crédito, maiores costumam ser as taxas de juros cobradas. Em contrapartida, quando o risco é baixo, os juros costumam ser reduzidos. 

Cabe lembrar que correr riscos pode ser perigoso para o controle financeiro; por isso, a análise é tão importante. 

Risco de crédito

O risco de crédito pode ser dividido em dois fatores ou categorias: os riscos de primeira classe e os riscos de segunda classe. 

Os riscos de primeira classe são aqueles com um maior nível de risco, ou seja, alta possibilidade de o devedor não honrar seus compromissos.

Por sua vez, os riscos de segunda classe têm um nível de risco menor, e esses títulos não costumam apresentar garantias reais.

Existe também a classificação das operações de crédito do sistema financeiro, que é definida por letras como risco de crédito A ou risco de crédito C, e assim por diante. 

As metodologias de classificação são responsabilidade das instituições financeiras que liberam crédito, mas alguns fatores são comuns: 

  • grau de endividamento; 
  • contingências; 
  • pontualidade ou atraso nos pagamentos; 
  • limite de crédito; 
  • entre outros.

Como fazer uma análise de risco de crédito?

Homem em frente ao computador e um celular realizando a analise de risco de credito.

Esse tipo de análise de risco é realizado por empresas que têm acesso a banco de dados. 

Quer um exemplo disso? O Serasa Score, que disponibiliza para as empresas a pontuação de consumidores de acordo com o sistema de crédito do país. 

Mas não é a única instituição; além dela, você precisa saber que existem boas práticas para realizar essa tarefa; conheça-as a seguir!

Análise

O processo de análise é o primeiro e consiste na avaliação de clientes tanto pessoa física quanto pessoa jurídica. 

Nessa etapa, são coletadas informações sobre o histórico, bem como a capacidade técnica e financeira de pagamento do solicitante ao crédito.

É importante também que sejam feitas a análise de fraudes e a prevenção à lavagem de dinheiro, entre outros cuidados. 

Operação

O segundo passo é a operação, que vem após a validação positiva do perfil do tomador de crédito

Aqui, serão averiguados aspectos mais específicos, como características do financiamento e adequação às necessidades do solicitante.

Acompanhamento

O acompanhamento é outra etapa fundamental e foca o monitoramento contínuo dos clientes e operações, até que a quitação do crédito seja feita. 

Para que o processo aconteça de forma fluida, é importante que a instituição que oferece o crédito acompanhe de maneira periódica o status do solicitante do crédito e considere aspectos como: 

  • movimentação financeira fora do padrão; 
  • inclusão de processos judiciais; 
  • situação do cliente.

Recuperação

A etapa de recuperação de crédito só acontece em caso de inadimplência por parte do tomador de crédito. 

É necessário se planejar para que isso não se torne o que a gente conhece como litígio judicial. 

A partir da análise, é feita uma atualização do perfil do devedor, dos meios que ele tem de pagar a dívida e de dados como contato e endereço. 

Aqui, também é preciso definir fluxos e processos de cobrança, como a busca de ativos tangíveis e intangíveis, definição do Valor Estimado de Recuperação (VER), etc. 

Quais são os critérios utilizados na análise de risco de crédito?

A análise de risco de crédito nas instituições financeiras considera uma série de dados do solicitante do crédito antes de fazer a concessão. 

Entre as informações estão CNPJ ou CPF, dados financeiros, situação socioeconômica, entre outras. 

Tudo isso é importante, pois vai ajudar a medir a probabilidade e a capacidade de pagamento da dívida em questão.

Existem várias técnicas de análise financeira que vão contribuir para quantificar o risco de crédito. Entretanto, as principais se baseiam no que chamamos de “5 Cs do crédito”.

Caráter

O caráter tem vínculo direto com o histórico financeiro do cliente e sua reputação no mercado. 

Nesse caso, são analisadas todas as transações feitas no passado, histórico de pagamentos, tempo no mercado, idade, referências, etc. 

Isso faz com que o credor possa formar uma primeira impressão sobre o solicitante do crédito. 

Capacidade

É a capacidade de um mutuário de pagar por um crédito obtido. Para isso, a análise de crédito tem foco quantitativo; são usados dados do fluxo de caixa de um tomador de crédito, a fim de checar se o que sobra no orçamento pode ser usado para pagar o empréstimo. 

Aqui, o histórico de pagamentos e outros fatores são considerados como aspectos determinantes da capacidade de a instituição financeira reembolsar o empréstimo feito. 

Capital

Esse aspecto está relacionado ao capital do tomador do crédito. Ou seja, mede a capacidade de pagamento de volta do empréstimo, mesmo se não houver um fluxo de caixa de entrada suficiente, no caso da empresa.

De modo geral, é feita uma análise do patrimônio líquido do tomador e possíveis rendas que possam ajudar a completar o fluxo de caixa e auxiliar na quitação da dívida. 

Colateral

O colateral é uma forma de garantia que o tomador de crédito fornece ao credor para que este conceda o empréstimo. 

Caso não seja pago, a garantia pode ser usada para abater os danos financeiros. 

As garantias dadas em troca de crédito podem ser imóveis, ativos, veículos, entre outros. 

Condições

As condições consideram fatores presentes para determinar o futuro de um mutuário e a sua capacidade de reembolso em longo prazo. 

Logo, é necessário avaliar os motivos pelos quais os empréstimos são realizados, seja na geração de capital de giro, compra de novas máquinas agrícolas, pagamento de dívidas ou expansão da lavoura, no caso do produtor rural. 

Como o distribuidor de insumos pode se resguardar com a análise de risco de crédito?

Da venda ao faturamento de um pedido, uma distribuidora de insumos agrícolas passa por uma fase essencial, que é analisar o risco do potencial cliente para a concessão de crédito rural. 

Essa análise serve para o distribuidor de insumos ter uma garantia de que receberá os produtos comercializados. 

Dependendo do histórico financeiro do comprador, é possível optar pela Cédula de Produto Rural (CPR) ou penhor agrícola como garantia.

Um dos principais fatores de risco ao distribuidor é o produtor rural que leva problemas de uma safra para outra. 

A falta de recursos pode atrasar o pagamentos de duplicatas, por exemplo. Logo, é essencial analisar o histórico financeiro do produtor.

Por isso, na hora de fazer a análise e o cadastro, é necessário solicitar dados e documentações para se resguardar. 

Tamanho da área de cultivo, tipos de cultivares, faturamento da última safra e outras informações precisam ser cadastradas, até mesmo para um entendimento sobre o perfil do cliente.

Questões climáticas, mercado, armazenamento e exportação também são cruciais no agronegócio e devem ser considerados na hora de analisar os potenciais clientes. 

A análise de risco de crédito não é um trabalho simples; por isso, invista em capacitar os colaboradores da distribuidora; isso vai aumentar a sua eficácia operacional, contribuindo para um dia a dia mais produtivo. 

O uso de tecnologias, como softwares de gestão, ajuda a tornar a análise mais rápida e ainda permite reunir os dados em um único lugar, evitando, assim, retrabalhos. 

Conclusão

Neste artigo, você pôde aprender como é feita a análise de risco e o que deve ser checado nessa avaliação.

Por meio dela, é possível saber rapidamente se o potencial cliente terá como pagar pelo empréstimo ou mesmo um financiamento.

No caso das distribuidoras de insumos, a análise serve para mitigar os riscos na concessão de crédito rural.

Agora que você já sabe o que é risco de crédito e muito mais, que tal investir em produtos e serviços para a sua distribuidora de insumos agrícolas? 

Para isso, conte com o apoio da TerraMagna! Nós temos soluções de crédito rural para você investir em equipamentos como esse na sua distribuidora.

Quer saber como funciona a liberação de crédito?

Fale com nossos especialistas!