Portal do Distribuidor

Artigos exclusivos para você aprimorar sua produção e faturar mais.

Imagem de uma cana partida ao meio mostrando a broca do colmo

Broca-do-colmo: veja como combater esse inseto-praga

Você sabia que a broca-do-colmo é responsável por grande parte da perda de produtividade no campo? 

O inseto, que ataca diversas culturas, como milho, arroz e cana-de-açúcar, faz com que seja perdida grande quantidade de uma safra, trazendo até mesmo problemas financeiros. 

Essa é uma das pragas que mais exige atenção e cuidado na agricultura, pois é de difícil identificação e combate, dependendo da fase de desenvolvimento da plantação. 

Entenda tudo sobre a broca-do-colmo e veja como cuidar da sua plantação e evitar prejuízos relacionados a essa praga. 

O que é a broca-do-colmo

A broca-do-colmo é um inseto-praga que atinge muitas plantações e pode diminuir muito a qualidade do produto final. 

Com isso, são causados prejuízos financeiros pela desvalorização do produto e pela diminuição da quantidade apta para venda e utilização.

A broca-do-colmo pode atingir diferentes culturas, mas é popularmente conhecida como a praga da cana-de-açúcar, pois é muito comum nesse tipo de plantação. 

Sua aparição em culturas como arroz, milho, trigo e cana-de-açúcar pode levar a grandes prejuízos, pois são plantações que fomentam ainda mais sua reprodução, aumentando as perdas. 

Entre suas fases de desenvolvimento, o momento em que está como lagarta é um das mais importantes, já que é quando destrói a planta e, geralmente, quando é possível reconhecer a praga. 

Quando se fala em broca na agricultura, o termo refere-se a todo um grupo de pragas de lagartas, muito comuns nas principais culturas brasileiras, incluindo a broca-do-colmo, a lagarta-do-cartucho, entre outras. 

Reconhecendo a broca-do-colmo

Para fazer o reconhecimento da broca-do-colmo na plantação, é preciso ter um acompanhamento bastante próximo e frequente do desenvolvimento da cultura. 

Geralmente, é mais fácil reconhecer a praga quando está na fase de desenvolvimento de lagarta, pois apresenta características mais específicas em comparação com outras. 

A partir de uma análise visual, por exemplo, é possível determinar se a lagarta em questão é uma broca-do-colmo, uma lagarta-do-cartucho, lagarta-elasmo
(broca-do-colo) ou outras. Afinal, existem diversas pragas que podem atingir as plantações. 

No caso da broca-do-colmo, a primeira característica que pode ser analisada é sua coloração, já que ela é mais clara que as outras lagartas, tendo uma coloração amarelada. 

Além disso, é possível perceber a segmentação do corpo em várias partes e pequenas manchas mais escuras em cada uma delas, sendo duas em cada segmento, na parte superior, e outras na lateral. 

Fonte: Agrolink

Apesar de ser mais facilmente reconhecida na fase de lagarta, é importante ter um acompanhamento frequente na plantação para tentar identificar essa ou outras brocas antes de chegarem a essa fase, ainda no início do desenvolvimento das larvas.

Isso porque os prejuízos são maiores na fase de lagarta do que nas anteriores, além de ser mais difícil combatê-las quando entram no colmo e fazem seu casulo para se tornarem mariposas. 

Assim, a indicação é que, a partir da identificação das larvas, já sejam tomadas medidas de controle para evitar o desenvolvimento de insetos-pragas, como veremos ainda neste texto. 

As etapas de desenvolvimento da broca-do-colmo

A broca-do-colmo é o nome dado a duas espécies diferentes de mariposas:
a D. saccharalis e a R. albinella

Conforme vimos, na agricultura, elas são mais facilmente reconhecidas na fase da lagarta; porém, é interessante conhecer todas as fases de desenvolvimento para reconhecê-la antes de entrarem no colmo da planta, onde fazem seus casulos. 

Isso porque é esse processo que causa as maiores perdas da plantação, então é preciso combater esse inseto-praga antes que ele entre na fase adulta (mariposa).

Tanto a espécie D. saccharalis quanto a R. albinella seguem as mesmas fases de desenvolvimento, com pequenas diferenças entre elas, como veremos a seguir. 

Ovos

É a primeira fase de desenvolvimento. Os ovos da D. saccharalis são planos de coloração clara em um primeiro momento, tornando-se avermelhados com o tempo. São postados cerca de 600 ovos na metade superior da planta. 

No caso da R. albinella, os ovos são verde-amarelados, com uma penugem, e são colocados nas folhas. O período de incubação varia entre 3 e 9 dias, para os dois tipos. 

Larvas (lagartas)

Após eclodirem os ovos, surgem as pequenas larvas, que, ao final dessa fase de desenvolvimento, se tornarão as lagartas maiores, prontas para entrar na pupa. 

O indicado é que o reconhecimento da praga seja feito nesse momento, pois é na pupa que os maiores prejuízos são causados. 

As lagartas maiores, como vimos anteriormente, se caracterizam pela cor marrom/amarelo-claro e manchas bem escuras. 

Porém, as larvas também podem ser reconhecidas, tendo uma coloração mais escura, tanto para o tipo D. saccharalis quanto R. albinella.

Toda a fase de larva pode durar cerca de um mês, dependendo das condições de temperatura e umidade. 

Antes de entrar na pupa, a lagarta fura o colmo (causando os maiores prejuízos) e fecha a saída com a seda. Esse processo dura de dois a quatro dias. 

É por esse espaço que a mariposa sairá depois da maturação. Assim, é preciso combatê-las antes disso. 

Pupa

A fase da pupa é o momento de “casulo” da mariposa, ou seja, o processo de maturação que transforma a lagarta em uma mariposa, pronta para se reproduzir. 

A fase de pupa é exatamente um dos momentos que mais exige atenção do agricultor, pois esse casulo é feito dentro do colmo, destruindo a planta e, assim, diminuindo a produtividade. 

Além disso, com a broca-do-colmo no interior da planta, fica mais difícil combatê-la, porque há a proteção da planta e do próprio casulo. 

A fase de pupa é diferente para os dois tipos de broca-do-colmo. A

D. saccharalis não apresenta casulo em sua fase de maturação, e sua transformação é feita aos poucos, dentro do colmo da planta, com duração de cerca de 10 dias, variando de 7 a 14 dias.

A R. albinella, por sua vez, apresenta casulo feito com seda branca, então tem uma coloração mais clara, mas ainda assim acontece no colmo. Também dura de 7 a 13 dias, em média. 

Adulta (mariposa)

Depois da fase de maturação, as mariposas saem pelo caminho feito no colmo na fase pré-pupa e buscam parceiros para reprodução, reiniciando o ciclo de vida da espécie. 

Quando adultas (mariposas), têm cerca de 2 centímetros, sendo os machos um pouco maiores do que as fêmeas. A D. saccharalis tem coloração mais amarronzada, sendo mais escura do que a R. albinella, que tem cor bem clara, em tons de amarelo. 

Os danos causados pela broca-do-colmo

Como vimos, todo o ciclo de desenvolvimento da broca-do-colmo acontece na planta, e isso traz inúmeros danos a elas, causando prejuízo em larga escala ao final da safra.

Além da destruição da planta pela alimentação das larvas e lagartas, também há a destruição do momento pré-pupa, quando o inseto-praga cria uma “saída” no colmo, para quando terminar sua maturação. 

Porém, além da questão da integridade da planta, esses furos e buracos criados no colmo também permitem a entrada de outras bactérias e fungos prejudiciais. Assim, muitas vezes, é perdida toda a planta, mesmo que esteja quase toda íntegra. 

Esses furos criados pelas lagartas levam o nome de “galerias” e podem causar até mesmo o tombamento da planta, quando são feitas em formatos circulares na base e no colmo da planta. 

Isso causa também o chamado “coração morto”, quando a parte interna da planta morre por causa do ressecamento causado pelas galerias abertas.

Além dos problemas que surgem quando a planta já está desenvolvida, a presença desse inseto-praga também pode levar a problemas de germinação e perda de peso, dificultando o desenvolvimento da plantação. 

Com todos esses danos espalhados pela plantação, os prejuízos causados podem ser muito grandes na hora de contabilizar a safra. Por isso, é importante perceber os sinais, como os furos das lagartas e a presença de larvas. 

Medidas de controle da broca-do-colmo

Como vimos, é imprescindível que a broca-do-colmo e outros insetos-pragas sejam combatidos o quanto antes para evitar maiores prejuízos na plantação e a reprodução das mariposas. Existem diferentes maneiras de fazer isso; veja a seguir!

Uso de inseticidas

A maneira mais comum de combater insetos-pragas é com o uso de inseticidas. No caso da broca-do-colmo, os granulados são os mais eficientes, pois, além de controlarem o desenvolvimento das lagartas, não atrapalham outros inimigos naturais. 

No caso de culturas de cereais, como o arroz e o trigo, existe também o tratamento das sementes com inseticidas sistêmicos, que dificultam o desenvolvimento desses insetos na planta. 

Também pode haver a aplicação de inseticida pulverizado na base da plantação, que chega à praga pela alimentação. 

Destruição completa da resteva pós-safra

A resteva que sobra após a colheita é um ótimo espaço para a reprodução de diversos tipos de insetos-pragas, incluindo a broca-do-colmo. 

Por isso, é indicado que seja feita uma limpeza o mais completa possível no local de plantação, para evitar que esses insetos se reproduzam no local em que entrará a nova safra. 

Eliminação das plantas daninhas

Da mesma maneira, as ervas daninhas (que já podem atrapalhar a plantação por si só) podem ser espaços de desenvolvimento e reprodução desses insetos. 

Assim, é indicado o combate também às ervas daninhas; contudo, deve-se fazer a manutenção da grama, para o uso de inimigos naturais. 

Use inimigos naturais

Inimigos naturais nada mais são do que insetos que atacam ou se alimentam, naturalmente, das larvas e lagartas da broca-do-colmo ou outro inseto-praga. Assim, ajudam no combate natural a eles. 

Alguns inimigos naturais de insetos-pragas são aranhas, gafanhotos, libélulas e tesourinhas, que podem se alimentar tanto das mariposas quanto das lagartas, diminuindo a população da praga. 

Investimento em estudo e acompanhamento de safra

Como vimos, é imprescindível ter um bom acompanhamento de safra e observar de maneira atenciosa a plantação. 

Além disso, também é preciso adquirir conhecimento sobre a broca-do-colmo, sempre em dia, para manter o combate cada vez mais eficaz. 

Para tudo isso, muitos agricultores investem em suas equipes e na contratação de serviços especializados, a fim de melhorar a produção e evitar prejuízos trazidos pelos insetos-pragas. 

Está precisando melhorar o combate à broca-do-colmo em sua plantação? Use o crédito agro da TerraMagna para alavancar sua produção e acabar com prejuízos!

Falar com nossos especialistas!

Procurando um tema específico?

Pesquisar

Receba nossos conteúdos exclusivos feitos pelos nossos especialistas

A TerraMagna traz crédito inteligente para distribuidores de insumos de maneira simples e rápida.

Contato

Acesse o Fides