percevejo uma das pragas que atacam as raizes das plantas

Pragas que atacam as raízes das plantas: conheça 6 delas

Se existe algo que preocupa os produtores rurais e afeta toda a cadeia do agronegócio são as pragas que atacam as raízes das plantas.  

Estima-se que as perdas anuais com as principais culturas ultrapasse US$ 14,7 bilhões

O problema se agrava quando falamos sobre as pragas que atacam as raízes das plantas. 

Além de ficarem no solo, nem sempre elas são visíveis; apenas quando a planta já está bastante debilitada. 

Vale lembrar que toda planta cultivada está sujeita ao ataque de pragas que tiram seu vigor, e, em casos extremos, podem provocar a morte.

São dezenas de espécies, e neste artigo você vai conhecer as principais e também entender o que ataca a raiz das plantas, visando, assim, à aplicação das melhores formas de manejo!

Quais são as principais pragas que atacam as raízes das plantas?

Dentre as principais pragas que atacam as raízes das plantas, temos
percevejo-castanho-da-raiz (Scaptocoris spp.), corós (Phyllophaga spp.; Liogenys spp.), lagarta-elasmo (Elasmopalpus lignosellus), a vaquinha (Diabrotica speciosa), a
lagarta-rosca (Agrotis ípsilon) e a cochonilha-de-raiz. 

Percevejo-castanho-da-raiz

Como o próprio nome diz, o percevejo-castanho-da-raiz tem hábitos subterrâneos, atacando as raízes das plantas. 

Ele insere o aparelho sugador no tecido da planta, se alimentando da seiva. Durante esse ataque às raízes, ele injeta toxinas que reduzem o crescimento da planta, fazendo com que elas se enfraqueçam, fiquem amarelas e murchem. 

Uma de suas principais características é a presença de pernas anteriores do tipo escavadoras, facilitando a movimentação desses insetos no solo. 

Coró

O coró é a forma larval de besouros pertencentes à família Melolonthidae. 

Grande parte dessas espécies se alimentam de matéria orgânica de origem vegetal ou animal e exercem papel importante nos ecossistemas.

No entanto, uma parte dessas larvas se alimentam de raízes que podem provocar prejuízos gigantescos às culturas.

No país, as espécies de corós que apresentam maior importância econômica são: Aegopsis bolboceridus (Thomson); Diloboderus abderus (Sturm), Liogenys fusca (Blanchard), L. suturalis Blanchard, Phyllophaga capillata (Blanchard), P. cuyabana (Moser)

Lagarta-elasmo – uma das pragas que atacam as raízes das plantas

A lagarta-elasmo, também chamada de broca-do-colo, é uma praga polífaga, ou seja, ataca dezenas de espécies de plantas. 

A broca na raiz da planta causa danos que ocorrem nos primeiros estágios de desenvolvimento, até por volta de 30 dias após a emergência.

A lagarta raspa o tecido vegetal próximo ao colo da planta, logo abaixo do nível do solo, abrindo uma galeria por onde ela se movimenta no interior da haste, formando galerias ascendentes.

É comum as lagartas formarem casulos de seda no orifício de entrada junto a excrementos e partículas de solo (areia), o que lhe dá proteção contra o meio externo.

Vaquinha

A vaquinha também está na lista de pragas que atacam as raízes das plantas. Além de ser polífaga, é uma praga subterrânea.

Na sua fase larval, ela é capaz de causar uma série de prejuízos à lavoura, principalmente no milho, uma das principais culturas atacadas. 

Sua larva-alfinete se alimenta das raízes das plantas e pode levar à morte de plântulas, acamamento das plantas com ventos fortes e alta precipitação pluviométrica. 

Isso acontece porque ela leva à redução da sustentação das plantas e, ao atacar as raízes, pode deixar as plantas recurvadas (fenômeno conhecido como “pescoço de ganso”), o que causa prejuízos na hora de absorver nutrientes e água.

Lagarta-rosca

A lagarta-rosca vive enterrada no solo, à pequena profundidade, junto das chamadas plântulas. 

Ela é uma das principais pragas de solo no Brasil e tem como hábito sair à noite para cortar as plântulas próximas ao solo. 

Assim como a vaquinha, a lagarta-rosca abre galerias nas hastes e provoca o chamado coração morto em plantas mais desenvolvidas. 

Comumente, a sua ocorrência pode estar associada à presença de plantas hospedeiras, como a língua-de-vaca e o caruru.

Além disso, ela é um bicho que come plantas à noite, atacando especialmente aquelas recém-germinadas ou transplantadas. 

Os danos são o corte do caule ao nível do solo (região do colo) ou um pouco acima. 

Cochonilha-de-raiz

O que é cochonilha-de-raiz? Bem, essa praga, que ataca a raiz da planta, é minúscula, mas causa um enorme estrago nas lavouras. 

Diferentemente da cochonilha-branca, o inseto ataca a raiz das plantas, por meio da sucção de seiva nas raízes. As plantas se tornam amareladas, o que leva à perda de folhas, podendo, em muitos casos, causar a morte da cultura.

Como matar as pragas que atacam as raízes das plantas?

A tomada de decisão para realizar o controle de pragas que atacam as raízes das plantas deve estar baseada no monitoramento na lavoura, levando em consideração o nível de dano econômico para a cultura em questão. 

Dependendo dos tipos de pragas, é possível realizar o monitoramento por meio da inspeção visual de adultos nas plantas ou mesmo contar com o auxílio de redes entomológicas. 

Em grande parte das ocasiões, realizar o controle de pragas na terra nas plantas é mais complexo do que aquelas que atacam a parte aérea da cultura. 

Algumas dessas pragas são capazes de atingir até 2 m de profundidade, o que torna essencial o uso de táticas variadas para ajudar no controle populacional delas. 

De toda maneira, o ideal é a prevenção, que evita danos e prejuízos, seguindo boas práticas no manejo das lavouras. 

A seguir, vamos falar mais sobre as técnicas em algumas dessas pragas que atacam as raízes das plantas!

Percevejo-castanho-da-raiz 

Os percevejos-castanhos-da-raiz impõem uma dificuldade de controle, tendo em vista que é uma praga com aspectos biológicos que tornam mais complexa a utilização tanto de medidas culturais quanto de inseticidas.

Dada essa complexidade, para reduzir a população dessas pragas que atacam as raízes das plantas, uma das opções é fazer o manejo de cobertura do solo. 

A estratégia foca a manutenção do período de entressafra sem a presença de plantas hospedeiras (sem safrinha) por cerca de 6 meses, o que levaria à eliminação da espécie por inanição. 

Coró

No caso do coró, a regulação da população dessa praga pode contar com fatores ambientais bióticos (inimigos naturais) e abióticos (climáticos). 

Por exemplo, a praga costuma atacar a cultura do milho; quando ajustada à época da semeadura, já é possível ver os efeitos da prática, com uma redução significativa da população.

A aplicação de inseticidas na semeadura e a pulverização nos sulcos também são opções que costumam ter bastante eficácia no controle do coró.

Lagarta-elasmo – uma das tantas pragas que atacam as raízes das plantas 

O tratamento de sementes devido à sua praticidade, custo e eficiência é o método mais empregado no combate às pragas que atacam as raízes das plantas.

O uso de sementes tratadas evita que o ambiente seja propício para a proliferação dessas pragas. 

No caso da lagarta-elasmo, temos a opção de controlar a aplicação de inseticida à base de chlorpyrifos, que é pulverizado com jato dirigido para o colo da planta, mas para isso o ataque deve ser identificado logo no início. 

Isso evita que a lagarta faça a migração de plantas atacadas para plantas sadias, aumentando os danos. 

Outra opção de controle químico é a insetigação, na qual é usada uma lâmina de 10 mm de água via irrigação por aspersão

Vaquinha 

Para o controle da vaquinha, é bom começar pelo preparo do solo, eliminando as possíveis plantas hospedeiras.

Aqui a pulverização no sulco de plantio também funciona, bem como o uso de granulados, ambos eficientes no controle da larva.

O controle biológico também tem se mostrado bastante eficiente em relação a pragas que atacam as raízes das plantas.

No caso da vaquinha, fungos como Beauveria bassiana, Metarhizium anisopliae e Paecilomyces lilacinus são comuns e eficazes no controle do problema.

Mas vale a pena cuidado, para evitar dúvidas de como acabar com fungos nas raízes das plantas? Afinal, em excesso, eles podem causar desequilíbrio na lavoura e prejudicar o desenvolvimento da cultura.

Lagarta-rosca

Se você vê essa praga na lavoura, é bem provável que pergunte: como eliminar a larva branca na terra?

Bem, quando se trata da lagarta-rosca, um bom tratamento de sementes é eficiente, mas ainda na fase de plântulas.

Outra opção é a pulverização com inseticidas químicos, que deve ser feita logo no início do ataque. 

Cochonilha-de-raiz 

A cochonilha de raiz é muito comum em plantação de café e soja, sendo uma das principais pragas que atacam as raízes das plantas

Já outras representantes do grupo, como a cochonilha-branca, podem ser tratadas com soluções caseiras ou por meio do controle biológico; a cochonilha-de-raiz exige a aplicação de inseticidas direto no solo.

Conclusão das pragas que atacam as raízes das plantas

Como mostramos ao longo do artigo, as pragas que atacam as raízes das plantas podem trazer tantos prejuízos quanto aquelas que atuam na parte visível ou aérea da cultura. 

O fato de estar presente no solo ainda tem um agravante: nem sempre é possível ver o desenvolvimento de larvas na raiz das plantas, exigindo um monitoramento constante ao menor sinal de presença. 

Depois de conhecer as principais pragas do solo, fica mais fácil direcionar os produtores rurais quanto às melhores práticas. 

Se você atua em distribuidoras de insumos, sabe a importância de desenvolver um trabalho que auxilie os produtores com boas práticas e produtos de qualidade. 

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