Portal do Distribuidor

Artigos exclusivos para você aprimorar sua produção e faturar mais.

maos em um teclado digital e um notebook representando o CRA

CRA: investindo no agronegócio por meio de títulos

Sabe o que é CRA? Vamos descobrir! Que o agronegócio é um excelente setor para se investir não há como negar. 

Existe uma alternativa em renda fixa que pode trazer maior rentabilidade, sem que você tenha necessariamente de atuar diretamente na área: é o CRA. 

O Certificado de Recebíveis do Agronegócio ajuda no aumento de ganhos da carteira de investimentos, além de ser uma opção interessante para quem deseja diversificar o portfólio.

Mas, antes de começar a investir, é importante entender as especificidades desse título, suas vantagens e desvantagens, a melhor maneira de fazer o aporte de recursos e outros pontos. 

Continue a leitura e conheça o Certificado de Recebíveis do Agronegócio!

O que é CRA?

O Certificado de Recebíveis do Agronegócio (CRA) é um título de renda fixa lastreado em recebíveis originados de negócios entre produtores rurais, ou suas cooperativas, e terceiros. 

Eles contemplam financiamentos ou empréstimos relacionados à produção, à comercialização, ao beneficiamento ou à industrialização de produtos, insumos agrícolas ou máquinas e implementos utilizados na produção agropecuária.

Nessas operações, as empresas fornecem seus recebíveis para uma securitizadora, que vai emitir os CRAs. 

Com isso, eles são disponibilizados para a negociação no mercado de capitais e, geralmente, contam com o auxílio de uma instituição financeira. 

Por último, a securitizadora vai pagar a empresa pelos recebíveis cedidos. Assim, a empresa consegue antecipar os seus recebíveis.

Para ficar mais claro como funciona o CRA, vamos a um exemplo prático.

Suponha que um produtor rural decida renovar o seu maquinário, como colheitadeiras e tratores

É comum que ele vá em busca de um financiamento para poder fazer esse investimento, que pode durar, por exemplo, 60 meses. 

Para não ter de esperar até o final do prazo para o recebimento do dinheiro, a seguradora emite um CRA e vende para os investidores os seus créditos. Com isso, esses investidores recebem os juros do período.

O investimento inicial em CRA costuma ser a partir de R$ 1 mil. Sua aquisição pode ser feita por meio de Ofertas Públicas.

Assim, a instituição publica a oferta com todas as informações, como prazo de vencimento, emissor e forma de pagamento dos rendimentos.

Outra forma de adquirir o título é por meio do mercado secundário. Nesse caso, ele é resgatado de um outro investidor.

Qual a diferença entre CRA e CRI?

É muito importante saber a diferença entre CRA e CRI, porque é bem comum a confusão. 

O Certificado de Recebíveis Imobiliários (CRI) é um título de renda fixa assim como o CRA, mas, nesse caso, o objetivo é o financiamento no mercado imobiliário, como o próprio nome diz.

Ambos os títulos podem ser negociados em diferentes modalidades e serem pré ou
pós-fixados.

Vale ressaltar que nem o CRI nem o CRA são intermediados por bancos; isso faz com que esses investimentos sejam bastante atrativos em termos de rentabilidade.

Tais investimentos são de médio e longo prazos, além de serem isentos de Imposto de Renda, fazendo, assim, com que o investidor tenha a possibilidade de escolher entre as taxas pré ou pós-fixadas. 

Comparação: CRA ou LCA?

A Letra de Crédito Agrícola (LCA) também é um título de renda fixa, cujo principal objetivo é captar recursos para promover o setor agropecuário.

Apesar de ambos serem focados no agronegócio, há algumas diferenças entre eles.

A principal delas é que o LCA é coberto pelo Fundo Garantidor de Crédito (FGC), o que faz com que o CRA seja mais rentável, para compensar o risco. 

Além do mais, os emissores da Letra de Crédito Agrícola são os bancos. 

Como funciona o CRA?

Como explicado anteriormente, o CRA só pode ser emitido por securitizadoras de direitos creditórios do agronegócio, que têm por finalidade adquirir e securitizar os direitos, sendo responsáveis pela emissão e colocação dos títulos no mercado. 

O lastro do CRA, que é uma espécie de garantia, precisa ter um tamanho e prazo mínimos de emissão ao qual está atrelado; assim, os investidores não ficam descobertos.

Quais os tipos de CRA? 

Existem três tipos de CRA: prefixado, pós-fixado e híbrido. Conheça cada um deles a seguir!

Prefixado

No CRA prefixado, o investidor consegue ter uma previsão de quanto vai receber ao comprar o título. 

Desse modo, é possível fazer o cálculo exato da rentabilidade em reais a partir da taxa de juros a ser recebida ao longo do tempo até o vencimento.

Pós-fixado

Na opção pós-fixada, o investidor sabe exatamente qual indicador vai servir de referência para a remuneração desde o início.

Por exemplo, a referência pode ser o CDI (principal índice de rentabilidade da renda fixa) ou mesmo a Selic (taxa básica de juros).

No entanto, a rentabilidade não pode ser prevista, pois vai depender das mudanças do indicador.

Híbrido

Na opção híbrida, o CRA também está atrelado a um indexador econômico com a adição de uma taxa. 

Lembrando que o indexador pode ser o CDI, mas também o IGP-M ou ainda o IPCA (inflação).

Como o CRA é tributado e de que maneira declarar o Imposto de Renda?

O CRA é uma aplicação isenta da cobrança do Imposto de Renda (IR) e Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) sobre os rendimentos para pessoas físicas.

Mas quando se trata de pessoa jurídica, o título segue uma tabela regressiva, baseadas nas taxas:

  • 22,5% até 180 dias corridos;
  • 20,0% entre 181 e 360 dias corridos
  • 17,5% entre 361 e 720 dias corridos;
  • 15,0% após 720 dias corridos.

Apesar de ser isento do IR para pessoas físicas, é preciso declarar à Receita Federal os rendimentos e saldos. 

Como resgatar o CRA?

Por ser um investimento de longo prazo, geralmente, o CRA tem prazo de resgate que vai de 4 a 10 anos, podendo atingir 15 anos.

O resgate antecipado não é permitido; logo, a liquidez acontece apenas no vencimento. Caso o investidor queira os recursos antes, ele vai precisar que haja uma contraparte interessada em comprar o ativo.

Nesse caso, ele vai ficar sujeito ao cenário de mercado atual, o que pode ser diferente daquilo que foi contratado. Além disso, a venda precisa ser feita através de um intermediário, como um assessor de investimentos. 

Quais as vantagens e desvantagens de investir no CRA?

Investir em CRA tem as suas vantagens e desvantagens. É preciso avaliar cuidadosamente esses pontos antes de apostar nesse título, até mesmo porque você precisa saber se vale a pena! 

Vantagens

Uma das grandes vantagens do CRA é que ele está ligado ao agronegócio, que é um dos segmentos mais robustos da economia. 

Estar expostos a esse mercado é um ponto positivo não só pela diversificação, mas também pela rentabilidade da carteira.

Um outro atrativo é que, dependendo da pessoa que investir, o CRA é uma aplicação isenta do IR e IOF. Tal característica aumenta a possibilidade de ganhos líquidos nesses títulos.

Vale ressaltar que as isenções no CRA não ficam restritas apenas a questões tributárias. Eles também não têm incidência de taxas de administração e performance como acontece na compra de outros títulos.

Outra vantagem é o fato de o CRA ser uma alternativa mais atrativa que outras opções de renda fixa. 

Isso acontece porque eles não apresentam a mesma segurança de outros títulos, como as LCAs. Logo, as securitizadoras costumam oferecer taxas mais altas para os investidores.

Desvantagens

O CRA não recebe a proteção do Fundo Garantidor de Crédito, o que aumenta os riscos de mercado e de crédito aos investidores.

Outra desvantagem é a liquidez. Geralmente, o investidor só consegue resgatar o dinheiro no dia do vencimento, sendo uma opção melhor para quem tem objetivos de longo prazo. 

Isso acontece especialmente porque o mercado secundário não é bem estruturado para a compra ou venda dos ativos.

Passo a passo do investimento do CRA

Para quem deseja apostar no CRA como alternativa de investimento, é preciso seguir um passo a passo: 

  1. Se for investir por meio de corretora, você terá de abrir uma conta na instituição. Para isso, vale a pena considerar aspectos como custo operacional, opções de investimento e suporte de dúvidas.
  2. Verifique o prospecto, um documento que contém todos os dados importantes sobre a oferta. 
  3. Depois, é preciso solicitar a reserva, informando à corretora quantos papéis a pessoa tem a intenção de comprar. 
  4. Em seguida, é preciso avaliar o valor mínimo; dependendo do risco do título, será necessário investir determinada quantia. 
  5. Depois, é hora de analisar os riscos, até mesmo para saber se eles estão alinhados com o seu objetivo. 
  6. Por fim, é só começar a investir. 

CRA: uma alternativa para investir no agronegócio

O CRA é um dos ativos de renda fixa mais vantajosos da atualidade; somente de janeiro a julho a emissão desses títulos alcançou R$ 20,9 bilhões, segundo o jornal Valor.

Mas para poder aproveitar todas essas vantagens, é necessário seguir as regras de investimento mínimo e ter objetivos de longo prazo. 

Depois de conhecer mais sobre o CRA, que tal a sua distribuidora começar a apostar nesses títulos? 

Para isso, conte com o apoio da TerraMagna! Nós temos soluções de crédito rural para você investir em seu negócio. 

Quer entender como funciona a liberação de crédito?

Falar com nossos especialistas!

Procurando um tema específico?

Pesquisar

Receba nossos conteúdos exclusivos feitos pelos nossos especialistas

A TerraMagna traz crédito inteligente para distribuidores de insumos de maneira simples e rápida.

Contato

Acesse o Fides