Conhece tudo sobre herbicida para milho? Aqui trazemos as melhores vantagens e desvantagens e muito mais.
As plantas ou ervas daninhas são uma preocupação para o produtor não só na lavoura, mas também fora dela; afinal, dependendo do impacto, podem prejudicar toda a produção de milho e ter um efeito negativo sobre as contas.
Quando falamos sobre manejo de daninhas, uma das principais metodologias utilizadas é o herbicida para milho.
O produto exerce uma influência importante na produtividade, pois ajuda a evitar que as ervas daninhas se proliferem e passem a competir por água, nutrientes e acabem sendo vetores de doenças e hospedeiras para pragas.
Afinal, como funcionam os herbicidas? Como eles são classificados? Quais são suas vantagens e desvantagens? Quais os principais produtos utilizados na cultura do milho? As respostas a esses questionamentos você vai encontrar nos tópicos deste artigo!
Como funcionam os herbicidas?
De acordo com estudos da Embrapa, os herbicidas são agentes biológicos ou substâncias químicas têm como principal função “matar ou suprimir o crescimento de espécies específicas”.
Tal produto é utilizado na agricultura especialmente no combate à chamada erva daninha, sendo um dos principais pesticidas existentes.
A sua rápida ação unida a baixo custo, efeito residual e não necessidade de revolvimento do solo fez com que o seu uso se popularizasse.
Classificação dos herbicidas
A classificação dos herbicidas acontece por grupos químicos e consideram o seu mecanismo de ação.
O mecanismo de ação é muito importante, especialmente quando se trata do manejo de resistência de plantas daninhas aos herbicidas.
Dito isso, a classificação fica assim:
- Inibidores da acetil-coenzima A-carboxilase;
- Inibidores da acetolacto-sintase;
- Inibidores da enolpiruvil-shikimato 3-fosfate-sintase;
- Auxina sintética;
- Inibidores do fotossistema.
Além disso, também são divididos em grupos de atividade – de contato e sistêmicos – e por uso – aplicados no solo, pré-emergentes e pós-emergentes.
Herbicidas para milho: por que é importante o seu uso
O Brasil é um dos maiores produtores mundiais de milho; o grão é a principal base para a alimentação de animais e também dá origem a uma série de produtos para consumo humano.
Praticamente todas as regiões do país cultivam o grão, e a sua produção aumenta ano após ano.
No entanto, ao mesmo tempo que a produção cresce, aumenta também a preocupação dos produtores com a incidência de pragas e ervas daninhas, que têm se tornado cada vez mais resistentes aos produtos utilizados.
A interferência de plantas daninhas na cultura do milho pode gerar perdas elevadas, comprometendo praticamente toda a lavoura.
No geral, a planta do milho não tem boa cobertura do solo, especialmente nos estágios iniciais de desenvolvimento.
O cenário é propício para as ervas daninhas que competem por água, luz e nutrientes, o que afeta de maneira negativa a cultura, além de serem hospedeiras de pragas e doenças que atrapalham a qualidade do produto final.
Logo, o uso de herbicidas se torna importante na produção agrícola, pois permite a redução da competitividade entre a cultura e as ervas daninhas, aumentando assim, os rendimentos da lavoura, mas também ajudando a manter a qualidade da cultura de interesse.
Quando passar herbicida no milho?
Ao falar de herbicida para milho, precisamos ter em mente os momentos certos de utilizá-lo. A época de aplicação faz toda a diferença, e você vai entender a seguir o porquê.
Herbicidas para milho na dessecação pré-plantio
A aplicação de herbicidas para milho na dessecação pré-plantio foca a eliminação de plantas daninhas antes mesmo da semeadura da cultura, utilizando-se produtos de contato e/ou sistêmicos.
Geralmente, a cultura do milho consegue conviver com ervas daninhas até 30 dias sem perdas da produtividade. Mas isso não é sinônimo de que o manejo deva ser tardio.
Cabe destacar que as plantas daninhas prejudicam o desenvolvimento da planta em intensidades variáveis, dependendo da época em que ocorre a invasão.
Falando em populações de plantas daninhas no início do desenvolvimento da cultura, quando há essa presença, isso pode levar a perdas produtivas, o que é frequente quando a dessecação não é bem-sucedida.
Assim, quando a cultura emerge, as daninhas já estão em um estágio avançado de desenvolvimento, o que prejudica ainda mais a cultura.
Logo, a população e as densidades dessas plantas são determinantes para a época em que o controle precisa ser iniciado.
De maneira geral, o glifosato é o produto mais usado para o manejo da pré-semeadura do milho.
Caso haja resistência a ele, é possível fazer a associação com outros herbicidas, que apresentam residuais; a opção por eles vai depender de fatores como as plantas daninhas que estão presentes na área, estágio, época do plantio do milho, entre outros.
Por exemplo, a buva, que pode ser combatida a partir da associação entre 2,4-D e glifosato, tendo em vista que esse é um herbicida para folha larga no milho.
Já as gramíneas podem ser controladas por meio da junção de Haloxyfop com o glifosato.
Herbicidas para milho na pré-emergência
Quando se trata de aplicação em pré-emergência, os herbicidas são pulverizados após a semeadura do milho e antes da emergência da cultura e das ervas daninhas.
Dentre as opções de herbicida pós-emergente para milho, os mais utilizados são a atrazina; isoxaflutole + tiencarbazona-metilica; piroxasulfona + flumioxazina e s-metolacloro.
Os herbicidas pertencentes ao grupo químico das triazinas, como o herbicida atrazina para milho, são usados sobretudo para o controle de plantas daninhas eudicotiledôneas.
Isso porque esses produtos interferem na fotossíntese; por meio deles, a atividade do fotossistema é inibida pelo fato de ocorrer a substituição da ligação da plastoquinona com a quinona b (Q b).
Logo, as ervas daninhas que são sensíveis a esses produtos até conseguem germinar, mas, quando as plântulas emergem do solo e recebem luz, são desencadeadas as reações descritas anteriormente, que levarão à morte da plântula.
Herbicida para milho no pós-emergência
A aplicação pós-emergente é realizada quando as plantas daninhas e a cultura se encontram emergidas.
Existem alguns herbicidas que são aplicados na pré-emergência que também podem ser aplicados no pós; é o caso das triazinas.
Hoje em dia, é comum que, para ampliar o espectro de controle (folhas largas e estreitas), a atrazina e a terbutilazina sejam associadas a outros herbicidas, por exemplo, glifosato e mesotriona.
Um aspecto importante para se ter em mente é sobre o herbicida seletivo para milho; existem alternativas, como é o caso do Callisto, que tem ação sistêmica e é indicado para controle pós-emergente de plantas daninhas, na cultura de milho.
Qual a função da atrazina?
A atrazina apareceu muitas vezes como opção de herbicida para milho, mas qual a sua função?
Tal herbicida é um dos mais antigos, sendo ainda empregado devido ao seu baixo custo, bem como pela sua compatibilidade com outros produtos, aumentando, assim, o seu potencial de atuação.
Ela é uma inibidora da fotossíntese das plantas daninhas, evitando que elas se desenvolvam.
Um dos seus diferenciais é que ela pode ser aplicada não só no milho, mas também na cana-de-açúcar e sorgo.
Qual é o melhor herbicida para milho?
Existem herbicidas variados para a aplicação no milho, como já citamos. Confira os melhores para o plantio da cultura nas diversas fases, de acordo com a Embrapa:
- Cyanazine (Nome comercial: Bladex 500);
- 2,4-D (Nomes comerciais: formulação amina: Aminol 806, Capri, DMA 806 BR, Herbi D-480, Tento 867 CS ou U 46 D – Fluid 2,4-D);
- Isoxaflutole (Nome comercial: Provence 750 WG);
- Mesotrione (Nome comercial: Callisto);
- Nicosulfuron (Nome comercial: Sanson 40 SC);
- Simazine (Nomes comerciais: Herbazin 500 BR ou Sipazina 800 PM);
- Calaris (herbicida para milho Syngenta)
Roundup pode ser usado no milho?
O Roundup é um herbicida de amplo espectro para controle de plantas infestantes, desenvolvido pela Monsanto.
O Roundup Ready® 2 pode ser utilizado no milho, permitindo uma aplicação sequencial no controle de plantas daninhas quando necessário, trazendo riscos menores em situações climáticas adversas e diminuição entre adubação de cobertura e aplicação do produto.
No entanto, é preciso estar atento à bula, pois não é possível combiná-lo com todos os produtos usados no tratamento do milho.
Vantagens e desvantagens do uso de herbicida para milho
Existem vantagens e desvantagens na aplicação de herbicidas na agricultura, e é importante estar atento a elas!
Vantagens
- eficácia e rapidez, o que evita a competição com as ervas daninhas desde aplicação;
- manejo de daninhas em qualquer época do ano;
- redução do tráfego de máquinas, diminuindo problemas com a compactação do solo.
Desvantagens
- necessidade de usar equipamentos adequados, o significa um investimento elevado;
- necessidade de mão de obra capacitada, cuja falta pode levar à aplicação inadequada e causar problemas de saúde;
- o uso contínuo pode causar a resistência das plantas daninhas.
TerraMagna: crédito rural para investir no agronegócio com herbicida para milho
O herbicida para milho tem sido cada vez mais comum devido à sua viabilidade, especialmente no cultivo de grandes áreas.
É necessário conhecer as classificações dos produtos e também saber em qual fase do plantio a cultura se encontra; afinal, só assim será possível definir os herbicidas mais eficientes.
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