Todo produtor rural sabe: antes de iniciar qualquer lavoura, é preciso planejamento, como forma de garantir uma boa produção e rentabilidade. Com a lavoura do milho, não é diferente.
E esse planejamento engloba tudo: desde a escolha da semente até a área reservada para plantio. Além disso, é preciso também estar atento às características de cada região, na adequação do sistema de produção e nas condições de clima e solo.
Algumas características, como a qualidade da semente, têm efeito direto no resultado final e, inclusive, podem afetar a precisão das estimativas de produção da lavoura de milho.
O Brasil produziu, na última safra (2019/2020), cerca de 103 milhões de toneladas de milho, assumindo o posto de segundo maior exportador do grão, ficando atrás apenas dos Estados Unidos.
Vale salientar que, desses 103 milhões, foram exportadas 38 milhões de toneladas, representando 19,8% de todas as exportações do grão ao redor do globo. Transformando isso em valores, a soma chega aos US$ 6 bilhões (Portal Embrapa).
São valores muito expressivos, não é mesmo?
Mas, para que tudo isso seja possível, é preciso investir tempo, dinheiro e ações eficientes na lavoura do milho. Como dissemos anteriormente, organização e planejamento são a chave para o sucesso do cultivo.
Afinal, fica a pergunta: produtor, você sabe realmente quais são as etapas primordiais que a lavoura de milho tem desde o plantio até a colheita?
Fique conosco e saiba tudo sobre o assunto! Apresentamos a seguir tudo o que você precisa saber para ter sucesso em seu plantio.
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ToggleAfinal, qual é o ciclo de cultivo do milho?
Antes de partirmos para as etapas da lavoura do milho, vamos primeiramente entender seu ciclo de cultivo.
O milho, assim como outras plantas, inicia no estágio vegetativo. Aproximadamente uma semana após a semeadura, surgem as primeiras folhas. Depois, ocorre o pendoamento. Neste estágio, o tamanho das espigas começa a ser definido.
Logo após o estágio vegetativo, a planta assume o estágio reprodutivo. Nele, os cabelos da espiga começam a surgir, e ocorre a polinização. Trata-se, na verdade, de um momento crucial: é nele que o número de grãos é definido.
Em seguida, os grãos incham e a planta segue seu desenvolvimento, até atingir a maturidade. A partir daí ele está pronto para ser colhido.
Entendido seu ciclo de cultivo, vamos às etapas primordiais na lavoura do milho.
Seleção de sementes e cultivares do milho
Sementes
Existem diversos tipos e formas de grãos de milho. Dessa forma, para se obter uma alta produção, é preciso escolher bem as sementes.
Antes de qualquer coisa, lembre que o interesse principal nas sementes é a germinação.
Assim, a melhor semente é aquela que apresenta possibilidade de germinação rápida e alto vigor. Além disso, existem outros atributos que também devem ser levados em conta na hora de escolher sua semente. São eles:
- Saúde dos grãos: basicamente, são sementes sadias aquelas que não possuem fungos, vírus ou bactérias.
- Vigor da semente: sementes com alto vigor são mais produtivas, gerando plantas com alto grau de tolerância a estresses, principalmente climáticos.
- Germinação: relativo à quantidade de grãos que germinam sob condições ambientais adequadas.
- Grau de pureza: expressa em porcentagem, são sementes que apresentam alta qualidade genética e física, e não devem apresentar impurezas como sementes de ervas daninhas, sementes de outras culturas e sementes de milho de variedade diferente da pretendida.
Observados esses detalhes, vamos às principais classes de sementes para sua lavoura de milho. Existem, atualmente, cinco classes:
- Dentado: é o mais comum. O endosperma é duro dos lados e macio no centro.
- Duro: camada externa dura, com o centro macio. Bons para armazenamento.
- Farináceo: endosperma mole, com os grãos de coloração branca e amarela. Possui um leve sabor adocicado.
- Doce: possui gene açucarado que impede que o açúcar se converta em amido durante seu desenvolvimento.
- Pipoca: é o tipo mais antigo. Condições de crescimento semelhantes às do milho dentado.
Relacionado: Conheça mais sobre cada tipo de milho
Cultivares
A escolha dos cultivares de milho (variedades específicas, com características diferentes), para a lavoura de milho, depende inteiramente de questões como condições ambientais, tempo para plantio e potencial produtivo.
Atualmente, o mercado dispõe de:
- Híbridos simples: necessitam ser readquiridos todos os anos. Não é possível replantá-los. São um pouco mais caros que o normal.
- Híbridos duplos: têm um custo menor, apresentando variação em relação às espigas.
- Híbridos triplos: estão entre os híbridos simples e os duplos quando o assunto é potencial produtivo e preço também.
- Variedades: possuem custo bem menor, recomendado para produtores que usam baixa tecnologia em sua lavoura de milho.
Época do cultivo do milho (safra e safrinha)
Como sabemos, o cultivo do milho ocorre durante a safra (período que vai dos meses de outubro a dezembro) ou durante a safrinha (período de janeiro a abril).
Você já parou para se perguntar o porquê do nome safrinha?
Simples: a safrinha costuma ter menor produtividade que a safra, principalmente em razão das condições climáticas, não tão favoráveis à lavoura do milho. Porém, como vimos no início de nosso artigo, o produtor brasileiro vem se superando.
Nos últimos anos, as duas produções praticamente se igualaram.
Veja mais: Evolução do milho safrinha nos últimos anos (Fonte: CONAB)
Preparação do solo e adubação da lavoura de milho
A lavoura do milho deve ser preparada para que a produtividade seja alta. Dessa forma, o milho costuma ser plantado em linhas distanciadas (1 metro de distância), em covas também separadas (com sementes de 20 em 20 cm).
A semente deve ser coberta com uma camada de 5 cm de terra.
É preciso que o produtor atente também ao pH do solo, para que ele fique entre 5,5 e 6,8. A cultura do milho necessita de muita matéria orgânica e nitrogênio. Dessa forma, pode ser que a terra necessite de adubação nitrogenada.
Contar com algum especialista nesta hora pode facilitar todo o processo.
Manejo de pragas e ervas daninhas na lavoura do milho
O manejo de pragas e ervas daninhas na lavoura do milho é fundamental para o sucesso da colheita.
Ervas daninhas
O milho não pode competir com outras plantas no início do seu crescimento. Qualquer competição até o surgimento da 8ª/9ª folha compromete todo seu rendimento. É importante o acompanhamento de um engenheiro-agrônomo nesse processo.
Ultimamente, muitas ervas daninhas passaram a desenvolver princípios ativos resistentes contra os principais herbicidas do mercado.
Saiba mais: Quais são as principais ervas daninhas que afetam a cultura do milho?
Manejo de pragas
É nesse momento que se faz presente o famoso MIP (Manejo Integrado de Pragas).
Trata-se de uma tecnologia barata e que dá muito retorno ao produtor agrícola.
Vale salientar: as pragas mudam para cada região do país. Portanto, é fundamental que o produtor conheça as principais ameaças à sua localidade, para um manejo eficiente.
Analisar o histórico de pragas é uma excelente opção.
Lavoura do milho – colheita: quando o grão está pronto?
O milho costuma estar pronto para a colheita de 4 a 6 meses após o seu plantio. As espigas amadurecem cerca de 50 dias depois de seu florescimento. Todos esses valores podem variar, devido às condições climáticas!
Uma dica para saber se o momento certo é observar se o os cabelos apresentam uma coloração castanha-escura e estão secas.
Cabe ao produtor rural analisar as espigas de forma frequente.
Consigo estimar a produção em minha lavoura de milho?
Depois de escolher o tipo de milho, analisar as condições ambientais e as formas de manejo da sua produção e ter realizado o plantio e acompanhamento, você pode estimar sua produção de milho por hectare.
O método mais conhecido e mais simples é o seguinte:
Você coleta algumas espigas da lavoura, em diferentes partes dela. Depois, calcule o peso médio dos grãos de cada uma delas. Anote todos os resultados e faça uma média do peso.
Após ter este valor, basta multiplicar pelo número total de plantas encontradas no talhão.
Lembre-se: estimativa sempre será estimativa. Em outras palavras, a estimativa gera uma expectativa, e sempre será uma ideia, nunca uma certeza. Contudo, é uma importante ferramenta para avaliação da produtividade.
Além disso, ela auxilia o produtor em todas as tomadas de decisões, além de entender melhor as limitações da cultura e auxiliar ainda mais nos métodos utilizados para a produção.
Relacionado: Produtor, você está por dentro de como funciona o Crédito agrícola?
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