A lavoura de feijão é considerada uma das mais importantes para garantir uma boa base alimentar para a população e, também, para a agricultura de modo geral.
A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), por exemplo, tem se dedicado a desenvolver programas de pesquisa e melhoramento genético de cultivares adaptados às diversas condições climáticas e de solos do Brasil.
Então, é sobre este tema que iremos conversar neste artigo: lavoura de feijão. Continue lendo até o fim para entender melhor sobre o assunto. Boa leitura!
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ToggleLavoura de feijão no Brasil: expectativas para 2022
O Brasil é considerado o maior produtor de feijão comum (Phaseolus vulgaris) do mundo, de acordo com dados fornecidos pela Embrapa.
Paraná, Minas Gerais e Bahia são os maiores produtores, atingindo a marca de 50% da produção nacional.
Para este ano, devido às condições climáticas mais favoráveis, é esperado um melhor desenvolvimento das culturas para a 2ª safra.
A produção de grãos no Brasil poderá atingir 272, 5 milhões de toneladas durante o ciclo de 2022, segundo o 10º Levantamento da Safra publicado Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).
Os dados revelam um crescimento de 6,7% em relação à temporada passada, ou seja, cerca de 17 milhões de toneladas.
Só o Paraná deve participar com 26%, produzindo cerca de 798,7 mil toneladas. O volume abrange três safras e corresponde à soma de três tipos de feijão de cores: carioca, preto e caupi.
Além disso, podemos esperar um aumento considerável também para a área plantada. Ao todo, deverá corresponder a 4 milhões de hectares, sendo estimada em 73,8 milhões de hectares.
Qual a importância da lavoura de feijão para a economia?
O feijão é um alimento que tem sua importância reduzida apenas para a alimentação da população. É igualmente essencial como base para a economia dos mais de 100 países que o cultivam.
Hoje, o Brasil ocupa hoje o 4º lugar de produtor do mundo mas, ainda, não está entre os maiores exportadores, de acordo com o Sindicato da Indústria do Trigo no Estado de São Paulo (Sindustrigo).
Isso acontece porque a maior parte da produção é destinada ao consumo interno e, além disso, está pautada na agricultura familiar.
China, Índia e Myanmar foram os maiores produtores de feijão no mundo, responsáveis por mais de 60% de toda a produção em 2020.
Mas, de qualquer forma, os estados de Minas Gerais, Paraná e Mato Grosso compõem o ranking dos principais produtores, representando quase metade da produção no país.
Como todo agricultor já sabe, o sucesso da lavoura de feijão dependerá de uma série de fatores climáticos.
Quando não estão favoráveis, certamente existirá a necessidade de exportar. Logo, isso faz com que o preço dos grãos suba.
Essa variação, claro, pode estar relacionada também à alta sazonalidade e à perecibilidade do feijão.
De acordo o 12º levantamento do boletim de safra de grãos, feito pela Conab, a conclusão da safra do grão em território brasileiro em 2020/2021 encerrou em 2,85 milhões de toneladas. Para essa soma, estão inclusos os grãos preto e caupi.
Diante dos dados apresentados, podemos concluir que o feijão é, sim, de suma importância para a economia do país, não só pelo grão.
Mas o que talvez poucos saibam é que gera milhões de postos de trabalho e, desse modo, passa a contar como fonte de renda para os pequenos produtores e seus familiares diretos.
O fato de ter um ciclo curto permite que durante o ano todo haja produção do grão, atendendo, assim, à demanda recorrente.
Quando acontece o plantio na lavoura de feijão?
A lavoura de feijão é marcada por ciclos curtos – cerca de 90 dias; afinal, o grão só pode ser plantado em três momentos do ano.
1ª safra das águas: plantio entre agosto e dezembro;
2ª safra da seca: plantio entre janeiro e abril;
3ª safra de inverno: plantio entre maio e julho.
O importante aqui é que o agricultor esteja atento ao período em que a produtividade dará resultados melhores. Na prática, aquele que melhor atende às necessidades da cultura.
O que considerar antes de começar a lavoura de feijão?
Todo agricultor deseja que a sua lavoura de feijão seja farta e, principalmente, saudável.
Por isso, deve estar sempre atento, além dos períodos de safra, às condições climáticas e à qualidade do solo. Veja a seguir.
Temperatura ideal da lavoura de feijão
A cultura do feijão exige temperatura entre 18º e 24°, sendo a ideal 21°C. Temperaturas muito altas ou baixas podem colocar tudo a perder – flores, vagens e grãos.
Além disso, durante a fase de germinação, as temperaturas baixas podem atrasar a emergência e prejudicar o desenvolvimento das plantas.
Radiação solar
O ideal é que a cultura do feijão receba menos radiação solar possível, principalmente antes do florescimento. Esse cuidado é importante para que consigam acumular quantidade adequada de biomassa.
Pouca água
Quando há falta de água, a cultura do feijão apresenta redução significativa na área foliar.
Já no período de floração, pode diminuir a estatura da planta, o número e o tamanho das vagens e, também, o número de grãos por vagem.
Tais fatores podem comprometer a lavoura de feijão, já que o rendimento será baixo.
Mas o agricultor pode fazer uso da irrigação para amenizar os impactos causados pelo estresse hídrico.
Agora, por outro lado, o excesso de chuvas também é extremamente prejudicial, principalmente, quando está próximo à colheita.
Como não pode ser colhido, há grandes chances de brotação e surgimento de manchas nos grãos.
Solo
Por último, a lavoura de feijão também está relacionada ao solo. O ideal é que o feijão seja cultivado em várzeas e terras altas, desde que em locais com solos soltos, friáveis e não sujeitos a encharcamento.
Para que isso seja possível, as várzeas e baixadas úmidas devem ser utilizadas nos períodos menos chuvosos. Desse modo, serão mais bem aproveitadas a topografia e a capacidade de armazenamento de água.
Quando os solos estão muito molhados, prejudica-se a germinação do grão,
limita-se o desenvolvimento das raízes e aumentam as chances de doenças.
Quais são os 4 tipos de hábitos de crescimento do feijão?
Por falar em lavoura de feijão, é bacana entender também sobre os quatro tipos de hábitos que essa cultura pode apresentar.
Esse é um fator para ser considerado antes mesmo de começar a plantação do feijão, já que cada estágio exige uma forma de manejo diferente. Veja a seguir!
Tipo 1
O porte tipo 1 é mais ereto e com arquitetura arbustiva. A ramificação terminal é uma inflorescência.
De todos os tipos, este apresenta um dos ciclos de crescimento mais rápido! Isso quer dizer que leva em torno de 60 a 80 dias. O que pode interferir na sua produtividade é a escassez de água e luz.
Tipo 2
As plantas de tipo 2 ainda continuam crescendo, mesmo depois da sua floração. Elas têm porte arbustivo, semiereto e pouca ramificação nos caules. O ciclo dura em torno de 82 a 95 dias.
Tipo 3
As plantas do tipo 3 não apresentam crescimento determinado, mas a ramificação é boa. Isso faz com que o acamamento das plantas seja positivo; os tratos culturais já se tornam mais difíceis.
Tipo 4
Por último, podemos encontrar em uma lavoura de feijão as plantas do tipo 4. Elas exigem suporte para que as ramificações sejam conduzidas.
O crescimento também é indeterminado, mas trepador. Caso as plantas não sejam conduzidas, podem formar caules emaranhados, aumentar as chances de aparecimento de doenças e pragas e, claro, atrapalhar a colheita.
Mas independentemente de qual seja o hábito de crescimento do feijão, todos têm a mesma fenologia, ou seja, podem apresentar as fases vegetativa e reprodutiva.
Vegetativa
A fase vegetativa é composta de 5 etapas, sendo classificadas de V0 até V4.
Reprodutiva
Já a fase reprodutiva também é dividida em 5 momentos, de R5 até R9.
Não caberia, neste momento, trazer uma definição mais completa sobre cada uma das duas. Trouxemos essa informação apenas para fins complementares.
Como você pode notar, a lavoura de feijão é composta de uma série de fatores que podem alavancá-la ou prejudicá-la.
Por isso, é missão de todo agricultor estar atento a eles, desde as condições climáticas até os cuidados pré-plantio e pós-plantio. Isso trará ou não bons resultados.
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