Todo produtor rural, seja ele pequeno ou grande, lida diariamente com um problema: pragas agrícolas.
São insetos, fungos e outros organismos capazes de trazer grandes prejuízos na lavoura. Diante disso, como fazer um controle de pragas agrícolas?
A maioria dos agricultores recorre aos defensivos agrícolas. Também conhecidos como agrotóxicos, são produtos químicos usados no controle desses seres vivos.
Eles garantem a saúde das plantas, permitindo a sustentabilidade agrícola.
Apesar de serem eficientes, existem diversos “contras” que também fazem parte da sua aplicação, principalmente em relação ao meio ambiente e à sustentabilidade.
Nesse sentido, atualmente, existem formas alternativas de controle de pragas na lavoura.
Como você faz o controle de pragas agrícolas na sua lavoura? Quais são os tipos de controle que existem atualmente?
Essas e outras perguntas serão respondidas neste artigo.
Sabemos da importância desse assunto para o produtor rural. Mostraremos a você métodos que podem te ajudar com esse problema e ainda trazer vantagens para sua produção.
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ToggleControle de pragas: um desafio ao produtor rural
Todos sabemos: as lavouras são um prato cheio e um grande atrativo para as pragas.
Basicamente, é um local com grande disponibilidade de alimento para insetos e outros organismos. Eles se espalham rapidamente, causando danos muitas vezes irreversíveis para a cultura cultivada.
Diante disso, é indispensável um controle efetivo para o problema.
Porém, nem sempre essa ação resulta em algo positivo.
As pragas agrícolas, ao longo do tempo, desenvolvem resistência à maioria das práticas de controle, resultando em um aumento nos custos de produção, o que é um grande desafio ao produtor rural.
Dados das Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) mostram que cerca de 20% a 40% de toda a produção agrícola mundial é perdida anualmente, devido a pragas que atingem plantações no mundo todo.
No Brasil, a perda é estimada em cerca de 25 milhões de toneladas, com perdas econômicas equivalentes a 17,7 bilhões de dólares.
O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), em estudos recentes, revelaram as principais pragas que atingem a produção agrícola no Brasil.
Vamos conhecê-las melhor?
Principais pragas agrícolas brasileiras
Cochonilhas (Dactylopius coccus)
São caracterizadas, principalmente, por pontos brancos nas plantas, que à primeira vista parecem imóveis. Atacam qualquer tipo de cultura, trazendo sérios prejuízos.
Alimentam-se de folhas, brotos, caules e ramos. Existem diversas espécies, de diferentes tamanhos, formatos e coloração. A carapaça desse inseto, muitas vezes, impede o contato do pesticida, dificultando seu controle.
Lagarta (Helicoverpa armigera)
Identificada recentemente, surpreende por sua capacidade e seu poder de destruição.
Ataca, principalmente, as culturas de milho, soja e algodão. O ataque, na maioria das vezes, começa nas partes aéreas da planta, em frutos, vagem e folhas.
Trata-se de uma espécie exótica de mariposa, que, durante a fase larval, destrói plantações inteiras. Seu ciclo dura aproximadamente de 4 a 5 semanas, variando em função das condições climáticas e disponibilidade de alimento.
Mosca-da-fruta (Tephritidae)
A mosca-da-fruta tem a capacidade de provocar uma perda de 30% a 50% na produção de pomares onde há infestação. Existem, atualmente, três espécies no Brasil, responsáveis pelos prejuízos, das quais duas são nativas do país.
São elas:
- mosca-do-Mediterrâneo (Ceratitis capitata) – nativa;
- Mosca sul-americana (Anastrepha fraterculus) – nativa;
- Mosca-da-mandioca (Neosilba spp.), da família Lonchaeidae.
Os frutos atacados apresentam sintomas como apodrecimento da casca e coloração escura, favorecendo o aparecimento de fungos.
Ácaros (Polyphagotarsonemus latus)
Da família dos aracnídeos, são pequenos insetos responsáveis por doenças em variadas culturas. Desenvolvem-se principalmente na parte inferior das folhas.
Os principais sintomas apresentados pela planta são o amarelecimento das folhas e rugas no tecido, além de morte dos brotos. Possuem diferentes colorações e costumam atacar muito a cultura da soja.
Mosca-branca (Bemisia tabaci)
Devido ao seu alto nível de destruição, a mosca-branca é considerada um grande risco econômico para o agronegócio. Além de atacar a seiva das plantas, ela transmite também um vírus, extremamente prejudicial.
Culturas como feijão, soja, algodão, tomate, batata e também plantas ornamentais estão entre as mais atingidas. Para você ter uma ideia, ela pode causar danos de até 50% na cultura do tomate.
Quando falamos, por exemplo, da cultura do algodão, a sucção da seiva prejudica a comercialização da fibra, pois, nesse ato, o inseto secreta uma substância que altera a composição geral desse elemento.
Existem ainda outras tantas espécies que não foram listadas aqui.
Como dito anteriormente, a principal forma de controle utilizada atualmente é o uso de agrotóxicos, que impede a reprodução e infestação desses insetos e organismos.
Mas será que existe apenas esse tipo de controle?
Formas alternativas de controle de pragas agrícolas vêm ganhando força nos últimos anos. Elas vêm sendo desenvolvidas e aplicadas, reduzindo o custo de produção e trazendo resultados positivos aos agricultores.
Afinal, quais são as formas alternativas de controle de pragas?
Sistema de telemetria na pulverização para controle de pragas agrícolas
Esse sistema ainda utiliza agrotóxico. Porém, neste caso, a tecnologia permite calcular a dose e o volume de produtos aplicados, tornando sua aplicação bem mais eficaz.
Em outras palavras, trata-se de uma agricultura de precisão, resultando em aumento da saúde da cultura, além de redução de custos. Os resultados obtidos servem também para elaborar estratégias e ações de modo a aumentar a produtividade por hectare.
Controle biológico das pragas agrícolas
Como o próprio nome já diz, o controle biológico é feito com métodos naturais, a exemplo do uso de inimigos naturais para o controle de pragas agrícolas.
Esse método inclui insetos predadores e microrganismos, como bactérias e fungos. Apresenta diversas vantagens e não causa dano algum à saúde e ao meio ambiente.
Quando faz uso desse tipo de controle, o agricultor consegue adiar ou mesmo evitar o uso de defensivos agrícolas. Existem resultados satisfatórios já registrados.
Um exemplo clássico é o uso da joaninha (Cryptolaemus montrouzieri), usada na predação de várias espécies de pulgões e cochonilhas.
Rotação de culturas no controle de pragas agrícolas
A monocultura é a prática em que apenas uma cultura é produzida repetidamente em um local.
O solo acaba ficando fraco de nutrientes, e é comum que doenças que pragas agrícolas aumentem.
A rotação de culturas evita esse problema.
Trata-se, na verdade, de uma técnica agrícola.
Assim, existe um planejamento dos tipos de plantas que serão cultivadas no terreno. Isso não apenas controla pragas, mas também ajuda a manter boas condições físicas e bioquímicas do solo (fertilidade).
Embora não seja uma prática que atinja diretamente as pragas, os resultados ajudam a tornar a lavoura mais resistente ao ataque delas.
Manejo integrado de pragas (MIP)
Produtor, você já ouviu falar sobre o manejo integrado de pragas?
Em suma, é uma abordagem que traz um conjunto de técnicas alternativas para redução das pragas a níveis inofensivos para a lavoura. Entre as suas regras principais, destacam-se:
- variação do defensivo agrícola usado;
- menor aplicação de defensivos ao longo do tempo.
Isso tem impactos positivos diretos não só no cultivo, mas também na proteção de recursos naturais, como o próprio solo, rios e nascentes. Ou seja, diminuem-se, no geral, as chances de contaminação desses recursos.
Feromônios no controle de pragas agrícolas
Os feromônios são substâncias químicas sexuais, usadas pelos animais de mesma espécie para comunicar-se entre si. São secretadas por mamíferos e também insetos, com o objetivo de impulsionar a atração sexual.
Mas não é apenas para a reprodução em si que ele é liberado. O feromônio de agregação, atrai tanto machos quanto fêmeas, desempenhando também um papel na alimentação desses animais.
Assim, o objetivo das pesquisas é justamente sintetizar e mimetizar essas substâncias químicas, utilizando-as posteriormente a favor do homem na agricultura.
Estudos recentes levaram a algumas táticas de monitoramento e controle de insetos na agricultura, por meio do uso de feromônios.
A primeira tática consiste no monitoramento da população da praga de acordo com seu nível de controle. São feitas armadilhas para esses animais, contendo justamente feromônio sintético.
Uma vez liberado, atrai os insetos, que são posteriormente coletados.
A segunda tática inclui a coleta do máximo de insetos possível no campo, reduzindo, assim, sua próxima geração. Os feromônios são aplicados juntamente com os defensivos agrícolas, aumentando o potencial de controle.
Por fim, há a tática de confusão sexual, que consiste na redução da reprodução desses animais.
São dispersados diversos pontos de liberação do feromônio sintético no campo, confundindo os insetos e resultando diretamente na redução da cópula desses animais.
Existe algum feromônio sintético comercial já disponível no Brasil?
Sim; no país, existem 15 pragas agrícolas já contempladas com esse tipo de controle. As que se destacam são as seguintes:
- lagarta-do-cartucho, na cultura do milho;
- bicho-do-olho-do-coqueiro, na cultura da cana-de-açúcar;
- bicho-furão, na cultura de citros.
- bicho-mineiro, na cultura do café.
Conclusão
A TerraMagna sabe da importância do controle de pragas para o dia a dia do produtor brasileiro. Trazemos, em nosso blog, conteúdos que ajudam o homem do campo a entender melhor a complexidade do agronegócio.
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