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Ramo jovem com folhas cheias de pulgao preto

Pulgão-preto: como matar essa praga que afeta sua lavoura

Os pulgões, pertencentes à família Aphidoidea, também conhecidos como afídeos, são insetos que se multiplicam com facilidade e causam grandes danos às plantas infestadas. Existem diversos tipos, incluindo o pulgão-preto, o pulgão-verde, o pulgão-branco, etc.

Ele basicamente suga a seiva das plantas, afetando assim o seu desenvolvimento. Alguns tipos ainda são vetores de vírus para algumas culturas, o que torna essa praga bastante perigosa.

As condições para seu desenvolvimento incluem altas temperaturas e baixa precipitação. Portanto, é durante a primavera e o verão que eles costumam trazer dor de cabeça aos produtores rurais. 

São pequenos; indivíduos adultos possuem no máximo 5 mm de comprimento.

O ataque desses insetos começa de forma definida, com apenas algumas plantas atingidas. Depois, espalham-se para o restante da lavoura. Geralmente, as folhas atacadas começam a atrofiar, além de apresentar crescimento e desenvolvimento reduzido.

Das quase 4000 espécies conhecidas até hoje, pelo menos 250 delas causam perdas agrícolas. 

Possuem inclusive aliados, como as formigas

Em uma relação harmônica, ambos os insetos vivem interagindo. Os pulgões excretam uma substância adocicada, que é alimento para as formigas. Em troca, elas oferecem uma eficiente proteção contra seus predadores, como as joaninhas.

Relacionado: Joaninha: aliada ou inimiga da lavoura?

O pulgão-preto vive em colônias; os adultos podem assumir formas aladas (podem voar) ou ápteras (sem asas). Apesar do ciclo de vida simples, esses insetos possuem taxa de reprodução elevada, causando infestações severas em pouco tempo.

Mas afinal, como combater ou eliminar o pulgão-preto? Existe algum inseticida natural para o pulgão-preto?

Essas e outras perguntas nós te respondemos neste artigo! Fique conosco!

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Pulgão-preto: conheça mais sobre essa praga

Como dissemos no início do nosso artigo, o pulgão-preto possui alta taxa de reprodução, espalhando-se rapidamente pela lavoura. Ele apresenta coloração marrom quando jovem; assumindo a cor preta quando adulto.

Ele costuma atacar a cultura do citros. Entre as mais comuns estão a laranja, o limão, a lima e também o coqueiro.

É o principal transmissor do vírus da tristeza nessas plantas (doença endêmica). Essa doença leva à paralisação no desenvolvimento da planta, amarelecimento intenso das folhas, além de frutos pequenos e endurecidos.

Seu ataque ocorre principalmente em plantas jovens no campo ou em mudas no viveiro. Ele suga a seiva dos brotos terminais, das folhas em desenvolvimento e também dos botões. Inclusive, em brotações novas, é possível encontrar grandes colônias do inseto

Seu ciclo de vida é considerado curto.

Eles podem completar uma geração a cada semana e gerar até 10 ninfas fêmeas por dia. O clima frio atrapalha seu ciclo de vida e diminui drasticamente sua capacidade de multiplicação.

As fêmeas são vivíparas, ou seja, não colocam ovos. Antes de mesmo de atingirem a fase adulta, elas já possuem embriões dentro delas. Dessa forma, não precisam ser fecundadas para dar origem a outras fêmeas.

Este fato é conhecido como “geração telescópica”.

Contudo, a reprodução sexuada pode ocorrer em determinados períodos, dando origem a machos e fêmeas.

Saiba mais: Ciclo de vida do pulgão e a cultura do trigo

Quais são os reais danos causados pelo pulgão-preto?

O pulgão-preto possui um grande aparelho bucal perfurante, em forma de seringa, o que lhe permite perfurar eficientemente a planta e sugar grande quantidade de seiva.

Esse aparelho perfurante é conhecido como estilete e atinge os vasos das plantas, com danos diretos.

Vale salientar que na ausência de predadores naturais, os pulgões-pretos podem se reproduzir em uma taxa de 10x a cada semana!

Como são realizados o manejo e o controle dos pulgões-pretos?

O manejo de pragas, como todos nós sabemos, é um dos grandes desafios do agronegócio brasileiro. 

Ano após ano, são realizadas diversas pesquisas a respeito do assunto, no intuito de produzir inovações tecnológicas eficientes, que agridam menos o meio ambiente e que tragam, ao mesmo tempo, resultados para o produtor agrícola.

Os pulgões são, na verdade, controlados pela própria natureza, através das chuvas e também dos seus inimigos naturais. Porém, como foi dito, existem situações em que o ataque é muito intenso, necessitando, assim, de outras práticas para um controle eficiente.

Existem receitas caseiras e também inseticidas (controle químico) que são utilizados para esse fim. Há ainda o controle biológico, que é feito através de inimigos naturais desses insetos. 

Vamos entender melhor cada um deles.

Controle biológico do pulgão-preto

Atualmente, existem diversas espécies de insetos que podem atacar os pulgões em todos os seus estágios de desenvolvimento.

Entre as mais comuns, há destaque para a mosca-da-flor, as joaninhas e também os crisopídeos (também conhecidos como bichos-lixeiros, são altamente eficazes no controle de pragas e importantes agentes biológicos).

Saiba mais: Conheça mais sobre os crisopídeos

Existem ainda algumas vespas parasitas específicas que também podem ajudar no controle em determinados citros e em determinadas áreas.

O fungo Neozygites fresensii é um fungo extremamente eficiente no controle do pulgão-preto, principalmente durante condições úmidas.

O controle biológico também pode ser feito com receitas caseiras

Uma delas, para locais com poucas plantas atacadas, é passar chumaço de algodão embebido em uma mistura de água e álcool ou vinagre.

Ela deve ser passada na parte das folhas onde ocorre a infestação, de forma semanal.

Para locais onde a infestação é maior, recomendam-se soluções que contenham sabão, detergente ou pimenta. A mistura é feita com água e pulverizada nas folhas, como se fosse um inseticida comum.

Uma receita, bastante conhecida, é feita através da mistura de sabão de potássio. A receita é a seguinte:

  • Misturar 20 mililitros de sabão para cada litro de água;
  • Diluir tudo em um balde, até que a mistura fique em bom aspecto;
  • Pulverizar em todas as partes da planta.

É importante realizar, no mínimo, uma aplicação a cada semana, durante 3 semanas.

Controle químico do pulgão-preto

Antes de qualquer coisa, vale salientar: o controle químico é recomendado apenas em casos extremos. É importante que o produtor rural priorize ações biológicas para o controle do pulgão-preto.

No mercado, existem diversos inseticidas para o controle dos pulgões pretos. Contudo, sua aplicação deve ser feita de forma eficiente, antes que as folhas da cultura se enrolem, por exemplo, ou antes que as populações fiquem muito numerosas.

Outro fator que também deve ser levado em conta é que os inseticidas não causam apenas a morte do pulgão-preto, mas também dos seus predadores naturais, o que não é interessante do ponto de vista sustentável.

Saiba mais: Como utilizar corretamente um inseticida

Entre os principais inseticidas utilizados no controle da praga, estão:

  • Bula Agritoato 400;
  • Azamax;
  • Closer;
  • Bula DalNeem EC;
  • Dimexion.

Produtos à base de óleo de petróleo podem ser pulverizados na superfície inferior das folhas, entrando assim em contato direto com os pulgões.

Importância das medidas preventivas no controle do
pulgão-preto

Fonte: Agrolink

As medidas preventivas ainda figuram como principal forma de combate a pragas, incluindo o pulgão-preto. Existem diversas medidas que ajudam. As principais são as seguintes:

  • Não transportar árvores de citros de uma fazenda para outra;
  • Utilizar redes para proteger os frutos e as árvores da ação de pulgões ou formigas;
  • Escolher sempre sementes certificadas e saudáveis para realizar o plantio;
  • Controlar sempre o uso de inseticidas, pois, como afirmamos anteriormente, eles podem causar também a morte dos predadores naturais.

O Manejo Integrado de Pragas (MIP) é o melhor tratamento para o pulgão?

Para pesquisadores da Universidade de Purdue, nos Estados Unidos, sim.

Segundo eles, investir em um MIP eficiente é a melhor forma de controlar pulgões, inclusive o pulgão-preto. O estudo durou dois anos e mostrou que durante períodos de infestação intenso, o MIP foi mais eficiente que o inseticida!

O MIP, basicamente, evita que a praga ressurja durante um curto espaço tempo, dependendo do nível de infestação. Ele é colocado em ação quando a população da praga atinge o chamado nível de controle.

Quer saber tudo sobre o MIP e como realizá-lo da melhor forma? Confira este artigo que também preparamos especialmente para você!

Estudo particular: pulgão-preto-do-coqueiro

O pulgão-preto-do-coqueiro provoca retardamento na produção da cultura (indivíduos jovens) e abortamento de flores femininas (em indivíduos adultos). Ele é mais comum no
coqueiro-anão do que no coqueiro-gigante.

Para controle dessa praga, pode-se utilizar produtos à base de óleos vegetais, com pulverizações a cada quinze semanas, sempre dirigidas para folhas ou inflorescências
recém-abertas ou cachos.

A TerraMagna sabe da importância do controle de pragas, inclusive do pulgão-preto para o dia a dia do produtor de citros. 

Trazemos, em nosso blog, conteúdos que ajudam o homem do campo a entender melhor a complexidade do agronegócio.

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Através de uma plataforma própria, nossos especialistas avaliam a lavoura do produtor, desde o plantio até a colheita, permitindo, assim, conhecer todas as suas necessidades.

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