O BiomaPhos é um inoculante que possui bactérias capazes de solubilizar ou mineralizar o fósforo presente no solo, gerando maior absorção pelas plantas e rendimento da produção.
O Brasil importa em média 70% de seus fertilizantes para suprir necessidades de nutrientes como nitrogênio, potássio e fosfato.
Os dados da Global Fert mostram que 58% das necessidades mundiais de fertilizantes se concentram no Brasil, na China, na Índia e nos Estados Unidos, grandes produtores agrícolas mundiais.
Isso torna a concorrência imensa e impacta os preços. Além disso, o agronegócio brasileiro fica menos competitivo quando dependente das oscilações do mercado externo.
Portanto, encontrar soluções nacionais que tornem a agricultura brasileira menos vulnerável à dinâmica do mercado internacional é uma necessidade para fortalecer o agronegócio brasileiro.
É pensando nisso que vamos falar hoje sobre o BiomaPhos, o primeiro produto inteiramente brasileiro que melhora a produtividade das lavouras de milho e soja.
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ToggleO que é o BiomaPhos?
O BiomaPhos é um inoculante biológico líquido, à base de bactérias benéficas, podendo ser utilizado no tratamento de sementes ou aplicado diretamente no sulco via jato, aliando-se à sustentabilidade e à produtividade.
Um inoculante biológico é uma tecnologia limpa e sustentável, que promove ganhos em produtividade a um baixo custo.
A Embrapa já estuda e seleciona microrganismos solubilizadores de fosfato há quase 20 anos. O resultado das pesquisas levou ao desenvolvimento do BiomaPhos.
Ele adota uma perspectiva que visa maximizar o aproveitamento de fósforo nas culturas de milho e soja por meio de mecanismos biológicos variados.
Entre as pesquisas da Embrapa de viabilidade econômica do uso do BiomaPhos, apenas em áreas de produção de milho o uso do BiomaPhos resultou em ganho médio de produtividade de milho de 8,9%.
Isso correspondeu a uma média de aproximadamente 12 sacas por hectare em plantações de milho.
Já nas lavouras de soja tratadas com o insumo, a produtividade média saltou de 67,2 para 71,6 sacas por hectare, com benefício líquido ao produtor de R$ 704,40 por hectare.
Esse produto, lançado em agosto de 2019, foi desenvolvido com tecnologia Embrapa e Bioma, empresa que pertence ao Grupo Simbiose Agro.
Ele contém as cepas Bacillus subtilis (CNPMS B2084 (BRM034840)) e Bacillus megaterium (CNPMS B119 (BRM033112)).
Qual é a importância do BiomaPhos para a produção de milho e soja?
O Brasil produz uma abundância de culturas de milho e soja. E o uso de inoculantes biológicos é uma tecnologia importante no manejo dessas culturas.
O rápido crescimento da produtividade se deve à adoção e à disseminação de inovações tecnológicas relacionadas à qualidade de sementes, fertilizantes, defensivos e maquinários.
Pesquisas sobre inoculantes geram interesses ao setor agrícola porque elas podem melhorar a produtividade, reduzir custos e impactar positivamente o meio ambiente.
O BiomaPhos foi criado pensando em melhorar a eficiência do uso dos nutrientes com os microrganismos solubilizadores de fosfato.
Os inoculadores são muito úteis para a agricultura, já que apresentam benefícios como:
- terem baixo custo;
- serem ecologicamente corretos;
- complementarem fertilizantes químicos sintéticos;
- promoverem o crescimento a partir da solubilização de fósforo e potássio;
- gerarem a produção de fito-hormônios, enzimas e sideróforos;
- produzirem a bioproteção contra patógenos que podem secundariamente aumentar a absorção de outros nutrientes e água.
Diversos estudos demonstram que o uso de inoculantes contendo bactérias solubilizadoras de fosfato aumentam significativamente o fósforo disponível e a absorção desse nutriente pelas plantas.
Portanto, investir em tecnologias que usam a inoculação de bactérias para promover o crescimento vegetal é uma excelente alternativa barata e sustentável, ideal para o agricultor brasileiro.
Como funciona a ação do BiomaPhos no solo?
A aplicação de fertilizantes fosfatados é essencial para a rotina de desenvolvimento vegetal, pois culturas como milho e soja precisam desse nutriente para poder crescer.
Porém, aponta a Embrapa, cerca de 70% de todo o fosfato aplicado por meio de fertilizantes minerais ou orgânicos acaba ficando acumulado no solo, não sendo absorvido pelas plantas.
Quando ocorre essa competição entre solo e vegetal pelo fósforo, acontece algo chamado de “custo solo”. Isso implica um elevado gasto financeiro devido à necessidade de maior aplicação de nutrientes.
Isso acontece principalmente porque os solos tropicais tendem a apresentar altas concentrações de argilas e óxidos que fixam o fosfato, impedindo a absorção pela planta.
Essa característica acaba fazendo com que o nutriente fique menos disponível para as culturas se desenvolverem. Por isso, ele precisa ser diluído, para poder ser absorvido pelas raízes.
A deficiência de absorção de fósforo pode causar:
- atraso no crescimento;
- interferir nos processos de fotossíntese;
- atrapalhar a respiração;
- impedir o armazenamento e a transferência de energia;
- prejudicar a divisão celular;
- interromper o crescimento das células vegetais.
No caso da soja, o fósforo é um nutriente essencial para o metabolismo energético, além de contribuir para a nodulação e fixação do nitrogênio.
Portanto, devido a essas condições, são necessárias aplicações inoculantes, buscando uma adequada nutrição da lavoura e, consequentemente, obtenção de maiores produtividades.
A agricultura moderna e sustentável preconiza o uso de microrganismos inoculantes como fungos ou bactérias que podem suprir as demandas necessárias dos vegetais e solo.
Eles agem da seguinte forma:
- Liberando fósforo e compostos óxidos de minerais como ferro, alumínio e cálcio, com diferentes graus de reatividade, capazes de reagir com ácidos orgânicos e inorgânicos.
- Mineralizando o fósforo orgânico por meio de enzimas que envolvem a matéria orgânica do solo.
Na prática, os microrganismos solubilizadores de fosfato presentes no BiomaPhos são uma tecnologia capaz de dissolver o fosfato inorgânico presente no solo e torná-lo bioacessível.
Quais são os benefícios do BiomaPhos?
Os bacilos presentes no BiomaPhos podem atuar sobre o fosfato fixado ou adicionado via fertilizantes. Isso traz muitos ganhos em produtividade para a lavoura de milho e soja.
As bactérias presentes no BiomaPhos pertencem ao gênero Bacillus e têm muitas vantagens de uso, pois são estáveis.
Por conseguirem formar endósporos, podem ser utilizadas mesmo em condições extremas, como em locais com temperaturas elevadas e exposição a agroquímicos.
Os benefícios em usar BiomaPhos são:
- estimula o desenvolvimento das plantas;
- aumenta a área de absorção de nutrientes das raízes;
- maximiza o aproveitamento e a absorção do fosfato aplicado por fertilizantes;
- reduz a quantidade de fertilizantes;
- promove aumento das raízes finas;
- aumenta a produção de biofilme;
- libera substâncias mineralizadoras e solubilizadoras de fosfato;
- aumenta a “biodisponibilidade” de fósforo para a planta;
- aumento da produtividade.
Outro aspecto positivo do BiomaPhos é que ele pode ser usado em conjunto com outros inoculantes. Inclusive, podem ser preparados na mesma calda e tanque de mistura.
A recomendação é que a aplicação seja realizada a cada plantio e acompanhada de boas práticas de uso do solo.
Como aplicar o BiomaPhos?
Conforme a bula do BiomaPhos, para o inoculante ser eficaz, é preciso aplicar corretamente a quantidade de células por semente, que, no caso, é de 4 × 109.
Seguindo as recomendações do produto, a dose de BiomaPhos deve ser:
- inoculação simples de semente: 100 mL/ha;
- inoculação simples de sulco: 150 mL/ha;
- inoculação mista de semente: 200 mL/ha;
- inoculação mista de sulco: 200 mL/ha.
Para preparar as sementes, pode-se, antes, umedecê-las em uma solução açucarada com 10 g de açúcar para 100 mL de água e 100 mL de inoculante, misturando bem.
A mistura deve ser fervida por aproximadamente 30 minutos, depois esfriar totalmente. Só então deve-se adicionar as sementes, o inoculante e homogeneizar em um saco ou tambor, deixando descansar por 30 minutos.
Após esse período, pode-se semear. Essa mistura com calda açucarada facilita a fixação do BiomaPhos pelas sementes.
O BiomaPhos deve ser inoculado logo antes da semeadura; caso contrário, as sementes devem ser armazenadas por no máximo 24 horas após a inoculação.
Também não é recomendado tratar quimicamente as sementes após a aplicação do insumo. Se for necessário algum tipo de tratamento, deve-se realizá-lo antes.
Além disso, não é recomendado que os tanques usados para manipular o BiomaPhos sejam destinados a outros preparos químicos ou biológicos, pois podem diminuir a viabilidade celular bacteriana e comprometer o efeito do inoculante.
Cuidados no armazenamento
Manuseio e armazenamento cuidadosos devem ser considerados no manejo de inoculantes biológicos. Para isso, seguem as recomendações:
- armazenar os inoculantes em local fresco;
- guardar o produto protegido da luz e radiação solar;
- não refrigerar;
- se possível, manter longe de resíduos químicos;
- usar a garrafa inteira após a abertura para evitar contaminação;
- solicitar ao fornecedor informações sobre as condições de envio e armazenamento do produto.
Conclusão
A importância mundial da agricultura brasileira impacta na economia nacional e reforça a necessidade de vincular a alta produtividade agrícola ao uso sustentável dos recursos naturais.
Assim, gerenciar estrategicamente os fertilizantes em relação aos inoculantes é uma forma de maximizar a produção e os rendimentos.
Esses inoculantes conseguem liberar e absorver fósforo do solo por meio do uso de microrganismos. Isso permite o crescimento das raízes e o desenvolvimento das plantas.
Logo, o BiomaPhos abre novas perspectivas de melhoria da produtividade e fertilidade do solo, com potencial para substituir fertilizantes sintéticos e importados, fortalecendo ainda mais o agronegócio nacional.
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