Mao com luva e uma pequena planta sendo usada para pesquisa de biotecnologia na agricultura

Biotecnologia na agricultura e o futuro do agronegócio

Você já parou para pensar qual é o futuro do agronegócio? Em uma rápida pesquisa, é possível encontrar várias respostas, mas uma em especial tem se destacado: a biotecnologia na agricultura. 

A união entre a biologia e tecnologia proporciona não só maior produtividade no campo, mas também um aumento no valor agregado do produto e, claro, adequação às demandas do mercado consumidor. 

Só para se ter uma ideia, a biotecnologia pode somar US$ 53 bilhões à economia brasileira nos próximos 20 anos, além de abrir milhares de postos de trabalho. 

Para conhecer mais sobre os impactos que ela traz ao agronegócio, continue a leitura deste artigo que preparamos sobre o assunto! 

O que é biotecnologia na agricultura?

O termo “biotecnologia” se refere à junção de dois conceitos: biologia e tecnologia

Por essa razão, a biotecnologia na agricultura está ligada a um conjunto de técnicas que utilizam organismos para o desenvolvimento de produtos e processos importantes na atividade agrícola. 

Nos últimos anos, a técnica ganhou cada vez mais espaço justamente por promover o aprimoramento da agricultura

Estudiosos descobriram que era possível modificar o DNA de plantas e acelerar a produção, diminuir o tempo para a obtenção de variedades de determinadas culturas e uma série de outras opções.

História da biotecnologia na agricultura

Embora esteja presente nas nossas vidas há muito tempo, o estudo sobre a biotecnologia começou a ser ampliado em meados do século passado. 

Em 1929, por exemplo, Alexander Fleming usou microrganismos para fabricar antibióticos como a penicilina, visando contribuir com a saúde humana e animal. 

Já em 1953, os cientistas James Watson e Francis Crick descreveram a estrutura do DNA, o que permitiu manipular e estudar de forma profunda o DNA de qualquer espécie viva. 

No entanto, foi em 1983 que os passos da biotecnologia na agricultura foram dados, com o desenvolvimento da primeira planta transgênica da história. 

Com isso, pesquisadores revolucionaram o melhoramento genético de plantas; a ideia era transferir e incorporar novos genes, aumentando as possibilidades de criar novas variedades; no caso, isso foi feito com o tabaco. 

Em 1985, pela primeira vez, as plantas foram modificadas geneticamente com características específicas para o agronegócio, a exemplo de resistência a insetos, a vírus e a bactérias. Isso permitiu que elas passassem a ser testadas em campo. 

Esse experimento abriu as portas para que fossem desenvolvidos diversos outros estudos na área, possibilitando, assim, a criação de plantas com novas características. 

Só para se ter uma ideia, a biotecnologia na agricultura Embrapa é estudada há mais de 30 anos pela instituição, que tem buscado soluções sustentáveis para os problemas da agricultura e os desafios alimentares das gerações atuais e futuras.

Qual é o papel da biotecnologia na agricultura?

Mas e hoje, qual é o papel da biotecnologia na agricultura? A biotecnologia tem ganhado cada vez mais espaço no agronegócio por tornar a produção mais eficaz e, com isso, aumentar a lucratividade das propriedades rurais. 

Pense no crescimento da população mundial, mas no mesmo espaço de terras agricultáveis; é preciso eficiência produtiva para alimentar um número cada vez maior de pessoas, e a biotecnologia é uma importante aliada nesse processo. 

Por exemplo, ela estuda características agronômicas desejáveis, como a tolerância a climas adversos, resistência a doenças, o que permite o desenvolvimento de determinadas culturas em locais específicos, onde antes não era possível ter alguns tipos de plantas.

Outro ponto importante é que ela também analisa aspectos que auxiliam na maior produtividade de um cultivar, mesmo que não haja um espaço maior para tal. 

Os organismos geneticamente modificados, ou transgênicos, foram criados como solução de problemas existentes no campo. Além de maior produtividade, eles promovem maior qualidade e, com isso, rentabilidade da lavoura. 

Assim, há uma menor necessidade de aplicar herbicidas, inseticidas e fungicidas, contribuindo para o meio ambiente. 

O algodão é um exemplo de sucesso da biotecnologia. Isso porque a cultura normalmente necessita de uma maior aplicação de produtos químicos. Com o uso da tecnologia Bt nas sementes, há uma redução significativa dessa necessidade. 

Outro fruto da biotecnologia é a tecnologia Roundup-Ready; ela foi introduzida pela primeira vez na soja geneticamente modificada, tornando-a resistente ao glifosato, um produto não seletivo e que, portanto, sem a tecnologia, mataria qualquer tipo de planta herbácea.

Logo, quando aplicado, o produto ele não prejudica a cultura, somente as pragas e doenças que a atacam. 

Mais um ponto importante é que a biotecnologia é regulamentada especificamente pela lei 11.105/05, o que garante a biossegurança de suas aplicações. 

Cabe destacar que a biossegurança é pautada em um conjunto de ações de prevenção e proteção do trabalhador, minimizando riscos inerentes às atividades de pesquisa, produção, desenvolvimento tecnológico e operacional, ampliando a proteção ambiental e a qualidade.

No caso, antes de serem colocados no mercado consumidor, os transgênicos são testados desde a sua descoberta até a liberação como produto comercial.

Quais as vantagens e desvantagens do seu uso?

É bem comum que surjam questionamentos sobre a biotecnologia na agricultura, bem como sobre vantagens e desvantagens dela. Saiba quais são eles a seguir!

Vantagens

Começando pelos benefícios, um dos principais é a sustentabilidade promovida pelo uso da biotecnologia na agricultura. 

Isso porque ela é capaz de entregar compostos fertilizantes para o solo que têm riqueza de bactérias, mas também de macronutrientes e micronutrientes que proporcionam vantagens às culturas em que são aplicados. 

Outro ponto é que as sementes que passam pela transgenia têm maior enraizamento e produtividade, o que faz com que a cultura tenha um melhor desenvolvimento vegetal do seu sistema radicular, bem como da parte aérea da planta. 

Plantas Bt também contam com proteínas que são tóxicas a determinados insetos e pragas, sem serem tóxicas aos animais e seres humanos, o que evita a infestação em lavouras.

Sem contar que o uso de técnicas modernas na agricultura tem proporcionado uma maior variedade de produtos agrícolas, reduzindo os custos na produção.

Falando em modificações, as plantas geneticamente modificadas podem ser preparadas para enfrentar estresses abióticos, ou seja, seca, temperaturas elevadas, salinidade, entre outros.

Com isso, há um aumento na produção de alimentos, pois as plantas têm a capacidade de adaptação a climas hostis e terras não cultiváveis.

Desvantagens

Biotecnologia na agricultura tem desvantagens; nem tudo é positivo quando se trata do uso do conjunto de técnicas de biologia e tecnologia. 

Os avanços da biotecnologia também têm efeitos contrários; um deles é a alta dependência de tecnologias de países desenvolvidos, o que dificulta a aquisição por produtores menores; consequentemente, isso faz com que haja uma concentração de renda.

Uma questão que ainda precisa ser estudada são os efeitos do uso constante de sementes e plantas geneticamente modificadas, já que ainda não se tem certeza sobre o longo prazo.

Outra desvantagem é o aumento de incidência de doenças causadas por produtos transgênicos em animais e no ser humano.

Quais os principais produtos da biotecnologia para a agricultura?

Falamos muito sobre sementes e plantas transgênicas, mas existem outros exemplos da aplicação da tecnologia. 

A biotecnologia vem mudando a maneira como são tratadas doenças nas lavouras. 

Uma série de alimentos são projetados para fazer o transporte de proteínas antigênicas que são extraídas dos patógenos. 

Quando injetados por meio de vacinas próprias para plantas, os antígenos provam uma resposta imunológica que aumenta a resistência a doenças, como é o caso da vacina
antilinfoma usada no tabaco. 

Outro ganho foi para os biocombustíveis; a indústria tem aperfeiçoado a produção, focando a qualidade e conversões mais eficientes e energia maior nos combustíveis vindos da biotecnologia. 

A biotecnologia também atua nos animais, especialmente no que diz respeito à inseminação artificial. 

Não só a inseminação, mas também a transferência de embriões e outras tecnologias associadas são utilizadas no gerenciamento da reprodução de um animal melhorando características da prole resultante. 

Quais os avanços da biotecnologia na agricultura?

O que podemos esperar do futuro da biotecnologia na agricultura? Bem, é fato que estudos continuam sendo feitos e novas descobertas também. 

Um ponto que merece atenção é com relação aos novos métodos de transformação genética. Algumas espécies de plantas ainda apresentam dificuldade durante a captação e inserção de material genético que vai ajudar a formar uma variante aperfeiçoada. 

A ideia é que os cientistas avancem cada vez mais nas pesquisas para aumentar o número de espécies que podem ser modificadas, trazendo ainda eficácia e variedade para a agricultura. 

Não só isso, os avanços também abrangem também uma resistência cada vez maior das plantas a pragas e doenças, aumentando, assim, o espectro de cuidados, evitando os prejuízos causados por elas. 

Biotecnologia na agricultura é o futuro

A biotecnologia na agricultura é peça fundamental para o agronegócio moderno, sendo uma grande aliada das altas produtividades e maior lucratividade.

Como destacamos no artigo, são vários os benefícios de contar com a biotecnologia, mas também é preciso estar atento às desvantagens.

Agora que você já conhece a importância da biotecnologia na agricultura, que tal desenvolver um trabalho que auxilie os produtores, com a conscientização sobre aplicar as tecnologias corretas no campo? 

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