elementos de tecnologia em cima de um campo representando a Agtech

AgTech: conheça o que são, como atuam e as principais

A AgTech é uma empresa do tipo startup, cujo objetivo é levar melhorias ao agronegócio.

Trata-se de uma das grandes tendências para o mercado global de tecnologia nos próximos anos.

O Brasil é um dos principais exportadores de alimentos no mundo, chegando ao feito de movimentar valores acima de 1 trilhão de reais.

O agronegócio já representa mais de 25% do PIB, tornando-se um dos setores mais promissores da economia nacional. 

Nesse sentido, ainda embora tímido, o movimento de digitalização das propriedades agrícolas do país começa a se desenvolver.

De acordo com levantamento realizado pelo Distrito AgTech Mining Report, os investimentos nesse tipo de negócio já ultrapassaram a casa dos US$ 160 milhões.

Isso somando apenas os aportes feitos desde 2009. Ainda segundo o estudo, existem aproximadamente 298 startups em atividade só no Brasil, das quais 38% se voltam à agricultura de precisão.

Entre as soluções descritas no mapeamento, destacam-se a oferta de softwares, uso de internet das coisas, big data, técnicas de biotecnologia, automação e soluções de marketplace.

Com a chegada do 5G ao Brasil, podemos esperar uma onda maior de inovação e transformações para o setor.

De maneira idêntica, segundo a Statista, até 2030, todos os segmentos do agronegócio deverão ter mais de 25 milhões de aparelhos conectados à inteligência artificial servindo, sobretudo, de suporte tecnológico para produtores rurais.

O cliente está cada vez mais consciente e sedento por soluções empresariais que entreguem ações mais sustentáveis, de modo que a AgTech oferece serviços que gerenciam todos os processos de produção, desde o plantio até a colheita de grãos, atuando na pecuária, na colheita, logística, automatização de processos e em soluções financeiras.

Afinal, é fundamental tornar nossas commodities mais competitivas no mercado externo.

No entanto, o que torna uma AgTech diferente de outros tipos de empresas é a sua contribuição para um desenvolvimento inteligente e sustentável, independentemente do seu tipo de cultivo ou tamanho da propriedade.

Como resultado, os custos operacionais são reduzidos e se evitam desperdícios de recursos e insumos.

Em resumo, uma AgTech pode implementar soluções de:

  • energias renováveis;
  • uso consciente da água da propriedade;
  • segurança e controle de informações internas;
  • lavoura de precisão;
  • eficiência no uso de combustíveis;
  • melhoramento das condições de vida do gado;
  • previsão do clima.

Atualmente, é mais que notável como o avanço da tecnologia influencia em todos os segmentos da economia, inclusive no agronegócio, em que o crescente investimento está atrelado à figura da AgTech.

Vamos explorar mais esse mundo das novas tecnologias para o agro?

Continue a leitura!

O que é AgTech?

Como já foi dito anteriormente, a AgTech é um modelo de negócio por meio do qual as empresas buscam meios e soluções inovadoras para ampliar a capacidade de produção do agronegócio.

Visa, ainda, expandir a atuação do produtor rural a partir de novas tecnologias aplicadas em suas plantações.

Assim, faz-se investimento contínuo em novas ferramentas, como o uso de inteligência artificial e big data.

Nesse sentido, um dos principais benefícios para o produtor rural atribuído à AgTech é a capacidade de controlar e prever as condições para a próxima colheita.

Além disso, há auxílio na aplicação de estratégias mais precisas, a fim de aumentar a produtividade da propriedade.

É um componente essencial para garantir a competitividade em um mercado bastante competitivo e que só tende a crescer.

No Brasil, boa parte das AgTechs nacionais estão presentes nos estados de São Paulo e Minas Gerais, embora também exista uma quantidade considerável desse tipo de empresa no Paraná.

Desse modo, é inegável o impacto que a transformação digital vem trazendo para o campo, sobretudo em um país com grande histórico na produção e exportação de grãos e proteína animal.

A presença de AgTech no campo já mostra um relevante avanço para o setor do agronegócio, haja vista a possibilidade de automatização de tarefas diárias e burocráticas de manejo e controle.

Além disso, há otimização do uso de recursos e insumos, de forma inteligente, o que aumenta a produtividade.

Quais as vantagens e desvantagens da inovação da AgTech?

Montagem de elementos representando inovações tecnologicas de Agtech.

Inicialmente, a AgTech oferece produtos e serviços para gestão do campo e manejo pecuário.

O uso de biotecnologia aliada a softwares, drones, sensores e outros sistemas ajuda no rastreio de pragas e da falta de nutrientes do solo.

Ademais, é possibilitada a criação de um sistema autônomo de gestão ao longo da fazenda ou plantio.

Como resultado, o produtor rural pode ter acesso a imagens de satélite da sua propriedade, a fim de verificar os níveis de vegetação.

Isso auxilia, ainda, na tarefa de financiadores e seguradoras que analisam os riscos ao abrir crédito e permite entender os riscos a que os produtos a serem comercializados estão sujeitos.

Em síntese, uma das principais vantagens desse modelo de atuação das startups é proporcionar um aumento significativo do capital competitivo no agronegócio.

Desde a cadeia produtiva, lavouras, até a criação de animais, entre os recursos disponíveis podemos citar:

  • ampliação da capacidade de produção;
  •  redução dos desperdícios;
  • aprimoramento da gestão de custos;
  • aumento da qualidade dos produtos e serviços;
  • renovação de todo o maquinário;
  • emprego de biotecnologia em fertilizantes e transgênicos;
  • processo de logística e transporte mais eficaz e seguro.

Assim, a geração contínua de investimentos em inovação deixa de ter um caráter de diferencial entre concorrentes, passando a ser considerada uma estratégia operacional do negócio.

Isso pode aumentar o uso e a aplicação de ferramentas de automação, devido à praticidade e à agilidade na realização de tarefas do dia a dia do produtor rural.

Em outras palavras, falar na digitalização de propriedades do campo é promover a difusão das ações tecnológicas ligada à presença de uma AgTech.

A princípio, caminhar contra esse movimento pode trazer grandes prejuízos ao longo do ciclo de produção, independentemente do segmento.

Nesse sentido, as consequências de não modernizar as atividades agrícolas podem ser perceptíveis de várias formas; as mais comuns são:

  •  perda parcial ou total de plantações;
  •  morte de animais por doenças;
  •  aumento no desperdício de pesticidas e fertilizantes;
  • redução da margem de lucros;
  • diminuição do valor competitivo no mercado;
  • dificuldade para conseguir crédito ou investidores.

Quais são as principais AgTechs do Brasil?

O agronegócio brasileiro possui uma larga trajetória na vanguarda da busca por desenvolvimento tecnológico e inovação.

Com a criação da Embrapa, o modelo de agricultura e pecuária brasileiro foi capaz de ultrapassar os limites de produção de alimentos e geração de energia tradicionais, contribuindo para a realização de pesquisas e projetos, com intuito de aumentar a competitividade e sustentabilidade nacional.

O que vemos hoje é a movimentação do setor, por se adequar aos novos modelos de gestão nas propriedades rurais, bem como ao uso de softwares e aplicativos móveis de monitoramento.

A seguir, citamos alguns dos principais nomes do setor no país. Confira:

  • TentosCap: promove e disponibiliza soluções financeiras com foco no agronegócio.
  • Aegro: atua como uma plataforma de gestão agrícola, por meio da qual é possível monitorar ações realizadas em fazendas.
  • Agronow: especializada na previsão e no monitoramento de safras de milho, soja, cana-de-açúcar, eucalipto e pastagens.
  • Solinftec: atua na coleta e análise de dados, além de realizar monitoramento climático.
  • Strider: focada na gestão agrícola, da otimização dos recursos ao controle de pragas.
  • SarDrones: atua no segmento de IoT, oferecendo o monitoramento da fazenda por meio de drones.
  • AgriCordo: principal marketplace brasileiro destinado a comercializar insumos.
  • PerfectFlight: usa BI e a computação em nuvem (cloud computing) para auxiliar na pulverização das lavouras. O diferencial dessa tecnologia está na garantia de evitar a  contaminação do solo e evitar o desperdício.

Ainda de acordo com especialistas do setor, existe uma perspectiva nacional de que as startups do nicho de AgTech alcancem o posto de unicórnios, ou seja, tenham seu valor de mercado acima de 1 bilhão de reais. 

Quais as principais tendências para o setor de AgTech?

 

Definitivamente, o futuro do agronegócio caminha lado a lado com a solidificação do modelo de negócio aplicado por uma AgTech, com a aplicação de sistemas automatizados e inteligentes sensores de monitoramento de plantações.

Isso tudo aliado ao uso de robôs e drones no dia a dia das chamadas “fazendas conectadas”.

As principais tendências para o setor nos próximos anos são:

Softwares de monitoramento de gado

Devido ao avanço tecnológico na pecuária, já é possível monitorar a saúde dos rebanhos pelo uso de internet das coisas (IoT).

Atualmente, uma das formas de fazer esse acompanhamento é o uso de um brinco de radiofrequência.

Com isso, os brincos coletam e enviam dados para um software central, classificando-os por:

  • sinais de doença;
  • consumo de água; 
  • ganho de peso diário do animal.

Internet das coisas

A agricultura de precisão construiu, ao longo dos últimos anos, uma relação amigável com o uso de internet das coisas.

Entretanto, antes do crescimento exponencial do digital, foi criada a ideia de que a distribuição dos recursos agrícolas seria feita de maneira uniforme.

Como resultado, muitos produtores passaram a racionalizar o uso de seus insumos, incluindo os fertilizantes.

Com isso, notou-se que, de uma área para outra da fazenda, os níveis de produtividade divergiam.

Por fim, o uso de telemetria, em conjunto com a AI, proporcionou a ampliação de ações da AgTech por toda a propriedade.

Dessa maneira, é possível mapear, monitorar, coletar e armazenar dados de desempenho em tempo real, bem como compartilhar as informações de forma remota.

Inteligência artificial

Assim como as demais tecnologias citadas anteriormente, a inteligência artificial assumiu um papel crucial para a tomada de decisões, auxiliando os gestores na automação de processos e na sustentabilidade da plantação ou manejo.

Sob o mesmo ponto de vista, outro destaque é capacidade de produzir estudos sobre o clima e fornecer informações detalhadas da composição do solo.

Portanto, a utilização de AI por uma AgTech concede ao produtor rural a possibilidade de prever e maximizar os lucros de produção, resultando na melhoria de performance da lavoura.

Uso de drones

Também conhecidos como veículos aéreos não tripulados (VANTs), os drones podem receber bastante destaque nas atividades diárias de uma AgTech. 

Entre elas:

  • pulverização de agroquímicos para eliminar plantas daninhas e pragas;
  • otimização da distribuição de insumos em áreas com deficiência nutricional;
  • auxílio no monitoramento de pragas e doenças em animais do pasto.

Conclusão

Nesse meio tempo, aprendemos que, para fazer uma gestão inteligente da lavoura com auxílio tecnológico, é necessário ter um controle analítico de todo o negócio.

Eventualmente, é possível prever e se preparar para enfrentar grandes períodos de estiagens, altas temperaturas e volume de chuvas esperado.

Em suma, é importante que cada vez mais os investimentos em novas tecnologias avancem, a fim de facilitar a vida do agricultor ou produtor rural na rotina de gerenciar a produtividade das propriedades.

Sem dúvida, investir em uma AgTech é o caminho para estimular a competitividade e o crescimento do mercado agrícola.

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