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Agricultor olhando desastres naturais na agricultura analisando as diferencas entre el nino e la nina

Diferença entre El Niño e La Niña: como eles afetam a agricultura

Você sabe qual a diferença entre El Niño e La Niña e como eles podem atuar no agronegócio?

Os fenômenos climáticos afetam diretamente a atuação do produtor rural, tornando a atividade agrícola ainda mais complexa, dependendo da sua intensidade. 

Tanto o El Niño quanto o La Niña têm impacto em várias partes do globo, o que demanda um olhar atento às mudanças por eles promovidas, como alteração no regime de chuvas, estiagem, bem como aumento ou redução da temperatura. 

Para entender como esses fenômenos agem e o impacto do El Niño e do La Niña no Brasil, continue a leitura do nosso artigo!

Qual é a diferença entre El Nino e La Niña?

O El Niño e o La Niña são fenômenos climáticos resultantes da interação entre o oceano e a atmosfera. Ambos estão ligados a anomalias que ocorrem na superfície do oceano e à circulação atmosférica, o que leva a extremos climáticos em todo o mundo. 

A principal diferença entre o El Niño e o La Niña é que o primeiro está ligado ao aquecimento anormal das águas superficiais do Oceano Pacífico Equatorial, devido ao enfraquecimento dos ventos alísios. 

Por sua vez, o segundo é caracterizado pelo resfriamento anormal das águas superficiais do Oceano Pacífico Equatorial.

Por causa do El Niño, os ventos sopram com menos força ou mesmo conseguem inverter a direção no centro do Oceano Pacífico. 

Isso faz com que seja reduzida a ressurgência de águas profundas e ocorra um acúmulo de água mais quente na costa oeste da América do Sul. 

Consequentemente, há a ocorrência de uma precipitação maior na América do Sul e seca em outros locais, como Austrália. 

No Brasil, em específico, o que ocorre é a diminuição das chuvas na região Norte, secas em parte do Nordeste e chuvas acima da média, bem como o aumento de temperatura no Sul do país.

Já o La Niña ocorre quando os ventos alísios se intensificam e sopram na faixa equatorial do leste para o oeste. Assim, uma quantidade maior de águas frias se acumula no Oceano Pacífico Equatorial Oeste e no Pacífico. 

No Brasil, por exemplo, há um aumento de chuvas nas regiões Norte e Nordeste, mas, ao mesmo tempo, ocorre estiagem no Centro-Oeste e no Sul do país.

O que é efeito La Niña: como é formado?

Vale a pena reforçar como é formado cada um dos fenômenos climáticos, começando pelo La Niña. 

Ele ocorre quando ventos de superfícies atingem o Pacífico Equatorial de maneira mais intensa que o normal, causando o resfriamento dessa região. 

Isso tem efeito direto sobre a temperatura e a precipitação em diferentes partes do planeta Terra. 

E o El Niño?

No El Niño, os ventos de superfície são mais fracos, o que leva o Oceano Pacífico Equatorial a ter um aumento na sua temperatura. 

Consequentemente, isso gera evaporação e forma nuvens de chuva. Assim como a circulação atmosférica tem mudanças, há uma alteração nos padrões de chuva e temperatura em diversas localidades. 

Quais são os efeitos do El Niño e do La Niña no Brasil?

Entenda como é a influência do El Niño e La Niña no Brasil a seguir!

El Niño

Antes de explicar os efeitos específicos desse fenômeno climático, vale a pena ressaltar que o El Niño e o La Niña, no Brasil, têm consequências variadas, justamente devido às suas dimensões continentais. 

Dito isso, vamos aos efeitos do El Niño no Brasil: 

  • Região Norte: diminuição das chuvas no leste e norte da Amazônia, o que leva ao crescimento da probabilidade de incêndios florestais.
  • Região Nordeste: secas de diferentes intensidades nas áreas centrais e norte da região; as áreas sul e oeste não são tão afetadas.
  • Região Centro-Oeste: há uma tendência de chuvas acima da média e temperaturas mais elevadas no sul do Mato Grosso do Sul.
  • Região Sudeste: não há uma mudança intensa nas chuvas, mas um aumento moderado das temperaturas médias.
  • Região Sul: chuvas abundantes acima da média histórica, bem acima das médias históricas para a região, e aumento da temperatura média.

Mas, afinal, vai ter El Niño em 2022? A resposta é não; ainda estamos sobre a incidência do La Niña, e a previsão é que ele só surja no outono de 2023. 

La Niña 

E o que o La Niña causa no Brasil? Confira:

  • Região Norte: aumento e intensidade da estação chuvosa na Amazônia, levando a cheias expressivas de alguns rios da região.
  • Região Nordeste: chuvas acima da média, o que leva a enchentes no litoral nordestino.
  • Região Centro-Oeste: não há efeitos consideráveis nas chuvas e na temperatura nessa região, porém, há uma tendência de estiagem.
  • Região Sudeste: não existe padrão característico que mude as chuvas ou mesmo a temperatura, mas há uma tendência de seca.
  • Região Sul: estiagem em toda a região, especialmente no inverno.

El Niño e La Niña: consequências e impactos na agricultura

Depois de conhecer a diferença entre El Niño e La Niña, é hora de entender como isso impacta a atividade agrícola. 

A gente sabe que as condições climáticas têm grande relevância para a agricultura, e os dois fenômenos podem influenciar (positiva e negativamente) diferentes atividades.

As mudanças na temperatura ou na incidência de chuvas fazem com que as lavouras sejam  prejudicadas ou até, em alguns casos, beneficiadas.

La Niña

Desde 2020, esse fenômeno climático vem influenciando o clima global. Ao mesmo tempo, isso tem preocupado agricultores.

Normalmente, a incidência do evento pode durar de nove meses a dois anos. 

Contudo, com as mudanças no regime mundial de ventos e a interferência do aquecimento global, é bem provável que o fenômeno dure até 2023, segundo a Administração Americana de Oceano e Atmosfera (NOAA), dado publicado no Estadão.

As regiões Norte e parte do Nordeste, por exemplo, têm registrado índices mais altos de precipitação durante o verão.

De maneira geral, essa maior quantidade de chuvas beneficia as plantações como um todo.

Enquanto isso, no Centro-Oeste, nota-se um atraso das chuvas e redução da atuação da chamada Zona de Convergência do Atlântico Sul, responsável pelas chuvas de janeiro e pelos avanços de frentes frias. 

O impacto é direto na safra da soja, tendo em vista que o atraso no período de chuvas coincide com uma das etapas mais importantes da cultura, que é a do enchimento dos grãos, levando ao abortamento.

E o que pode ser feito? Nas regiões onde há ausência de água e o solo fica mais quente e seco, os produtores devem se preocupar com a qualidade das sementes e acompanhar as mudanças climáticas para a semeadura adequada. 

Além disso, a adubação do solo acaba sendo uma necessidade, servindo para garantir mais nutrição às plantações. É necessário também optar por cultivares mais resistentes e com mais tecnologia.

Outra estratégia para fugir das irregularidades é realizar o plantio escalonado, ou seja, datas diferentes de semeadura e cultivares híbridos, e com tipos de ciclo variados.  

El Niño

O El Niño também interfere na produtividade agrícola. Nas áreas em que se registra redução das chuvas, como é o caso do Norte e Nordeste, há uma desaceleração no desenvolvimento das culturas. 

Em contrapartida, em regiões nas quais as precipitações ficam acima do esperado, as culturas estão suscetíveis a inundações, o que leva à perda produtiva, além de redução da qualidade do produto e dificuldade no escoamento da safra. 

E o que fazer nesses casos? Em caso de excesso de chuvas, o recomendado é preparar o solo para semeadura e não realizar o processo em solos encharcados, fazer a rotação de culturas e usar cultivares resistentes, bem como fazer a colheita no momento certo. 

Quando o problema é a falta de chuvas, o indicado é usar o plantio direto, usar cultivares resistentes ao estresse hídrico, bem como fazer um plantio mais profundo. 

Eventos climáticos: problemas para a agricultura 

A diferença entre El Niño e La Niña traz consequências variadas, como mostrado. Nesse tópico, você vai conhecer alguns problemas que podem surgir pelo caminho!

Imprevisibilidade

Para ter sucesso, uma lavoura vai depender bastante do comportamento do clima; devido a esses eventos climáticos, podemos ter atraso no período de chuvas, bem como estiagens prolongadas. 

Tudo isso traz imprevisibilidade para o produtor quanto à safra. A tarefa de planejar o momento ideal de semeadura e colheita ou mesmo a programação de aplicação de defensivos é prejudicada.

Prejuízos financeiros 

A queda na produtividade devido às mudanças climáticas bruscas causadas por La Niña e El Niño traz prejuízos financeiros para o produtor rural. 

As quebras de safra e a queda da qualidade das culturas também podem ter impacto financeiro por anos. 

Aumento de pragas e doenças 

Alterações climáticas causadas pelos fenômenos também influenciam na presença de pragas e doenças na lavoura, exigindo um monitoramento ainda maior nesses períodos. 

As altas temperaturas e o excesso de chuva podem favorecer a proliferação de diferentes tipos de fungos e plantas daninhas, por exemplo. 

Por sua vez, um solo muito úmido pode levar ao desenvolvimento de doenças radiculares, além de facilitar a germinação de sementes de plantas daninhas. 

Fenômenos climáticos: a importância de se preparar

El Niño e La Niña, em resumo, acontecem periodicamente, e é importante que o produtor esteja preparado para as oscilações que vai enfrentar pelo caminho. 

Sobre o El Niño e o La Niña 2022, pela primeira vez no século, o La Niña deve continuar pelo terceiro ano consecutivo, ou seja, até o final de 2022, segundo reportagem do Um Só Planeta (Globo).

Se você tem uma distribuidora, sabe da importância de investir em novas tecnologias para oferecer aos produtores melhores soluções para cuidar da lavoura, ainda mais sabendo da diferença entre El Niño e La Niña.

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