Como produtor agrícola, é essencial que você entenda a importância do geoprocessamento no planejamento rural. Isso porque ele ajuda a conhecer melhor a sua realidade, assim como as suas possibilidades.
Ao investir nesse tipo de ferramenta, você pode aumentar a sua produtividade e melhorar a competitividade do seu negócio no mercado. Além disso, pode potencializar a sua lucratividade e traçar planos mais adequados e eficientes.
Portanto, se você deseja saber mais sobre o que é geoprocessamento e qual é sua importância no planejamento rural, não deixe de conferir o conteúdo a seguir!
O que é geoprocessamento?
No mundo em que vivemos, os dados e as tecnologias estão cada vez mais presentes — não apenas em nossa vida pessoal, mas também na profissional. E, quando elas são bem utilizadas, podem proporcionar ótimos retornos.
Ao unir esses dois elementos, é possível tomar decisões mais estratégicas e embasadas, de modo a obter melhores resultados.
Nesse contexto, está o geoprocessamento, que consiste no uso de diferentes técnicas, metodologias e tecnologias para coletar, armazenar, analisar e tratar diversos dados e informações georreferenciadas.
Trata-se de um tipo de ferramenta baseado no SIG (Sistema de Informação Geográfica). Além disso, ela ainda faz o uso do SR (Sensoriamento Remoto) e do conhecido Sistema de Posicionamento Global, o GPS.
Dessa forma, graças às funcionalidades dessa ferramenta, é possível obter uma série de informações espaciais e topográficas, contribuindo, assim, para a agricultura de precisão e reduzindo a subjetividade das informações.
Qual a origem dessa ferramenta?
O geoprocessamento surgiu na década de 1950, nos Estados Unidos e na Inglaterra. A sua origem se deu devido a diversas tentativas de automatizar processos envolvendo dados e informações espaciais.
O intuito com isso era diminuir os custos de manutenção e produção de mapas, que, na época, não eram muito baratos.
Contudo, em razão da tecnologia disponível, esse tipo de ferramenta ainda não podia ser considerada um Sistema de Informação Geográfica. Foi apenas em 1960, dez anos depois, que os SIGs de fato começaram a ser criados.
Eles começaram a ganhar corpo no Canadá. Porém, ainda havia certas limitações, principalmente em termos de preço e eficiência. Assim, mais dez anos se passaram e, em 1970, esse tipo de ferramenta de fato começou a se estabelecer.
No Brasil, especificamente, o geoprocessamento começou a aparecer no início da década de 1980. Desde então, passou por diversas mudanças, melhorias e otimizações, sendo hoje utilizado em diversas áreas, como na agricultura.
Como funciona o geoprocessamento na agricultura?
Conforme você acompanhou no tópico anterior, o geoprocessamento está relacionado a um tipo de ferramenta que une dados, informações, metodologias e tecnologias. Mas afinal, como ela funciona exatamente na agricultura?
Ao utilizar o geoprocessamento na agricultura, produtores rurais conseguem ter acesso a diversos dados e informações relevantes sobre suas propriedades, por meio de imagens e mapas precisos. Desse modo, eles podem:
- obter mais detalhes sobre cada área e terreno;
- identificar possíveis pragas e doenças com mais facilidade;
- analisar a fazenda por metro quadrado;
- fazer uma gestão mais adequada e inteligente de cada parte da propriedade.
O geoprocessamento na agricultura envolve dados de imagens de satélite, além do uso de fotografias aéreas, drones, vídeos, sensores e muito mais.
Assim, permite fazer a quantificação de áreas e a elaboração de diferentes tipos de mapas temáticos, por exemplo, de pastagem, plantio, produtividade, vegetação, florestas, fruticulturas, barragens, estradas etc.
Além disso, esse tipo de ferramenta ainda ajuda a identificar que atividade agrícola é mais indicada para cada área da propriedade e qual região deve ser preservada. Afinal, ela facilita a análise de diversas questões, como as características do solo, o clima, os tipos de relevo, a vegetação, a declividade, a precipitação, os recursos hídricos, entre outros pontos importantes.
Quais as etapas de um geoprocessamento?
Para entender o funcionamento de um geoprocessamento, é válido saber que ele é estruturado em cinco etapas principais:
- identificação do problema;
- seleção dos dados e informações;
- transformação desses conteúdos e materiais que foram coletados;
- avaliação dos dados e informações;
- visualização dos resultados.
Ou seja, primeiramente analisa-se a situação, depois obtêm-se os dados de modo a manuseá-los e, por fim, são feitas avaliações com o intuito de tomar as melhores decisões.
O geoprocessamento funciona somente para a agricultura?
No tópico acima, você conferiu como funciona o geoprocessamento na agricultura e as suas etapas. Agora, será que essa ferramenta pode ser utilizada em outros setores?
Sim, pode! O geoprocessamento é um tipo de recurso que pode ser aproveitado também na construção civil, na engenharia ambiental, em estudos topográficos etc.
Então, como você pode perceber, trata-se de uma ferramenta de grande utilidade para diversas áreas da economia.
Quais são as aplicações do geoprocessamento?
Agora que você já sabe o que é geoprocessamento, como ele funciona na agricultura e em quais áreas pode ser utilizado, vale a pena conhecer as principais aplicações desse tipo de ferramenta.
Existem diversos exemplos relacionados a aplicação do geoprocessamento. A seguir, você confere os principais!
Aplicações na agricultura
Na agricultura, que é o foco deste artigo, o geoprocessamento pode ser aplicado, por exemplo, para supervisionar a saúde de uma plantação e planejar quais serão as linhas de plantio.
Além disso, a ferramenta possibilita identificar possíveis daninhas — que podem ser bastante prejudiciais a uma plantação.
Aplicações na construção civil
Conforme mencionado, o geoprocessamento também pode ser utilizado na construção civil.
Nesse caso, ele pode ser útil, por exemplo, para a realização de extração de medidas, para planejar como será o canteiro de obras e para identificar eventuais pontos de drenagem.
Ademais, o geoprocessamento ainda pode ser aplicado para fazer um controle do andamento de uma obra, para expandir unidades habitacionais e para fazer uma gestão remota (a distância).
Aplicações na engenharia ambiental
Além das aplicações na agricultura e na construção civil, o geoprocessamento pode ser utilizado na engenharia ambiental. De que forma?
Por exemplo, para prevenir queimadas, monitorar áreas de risco, averiguar desmatamentos, traçar planos de reflorestamento ou, ainda, realizar projetos ligados à sustentabilidade.
Aplicações no planejamento urbano (administração municipal)
Por fim, outra utilização do geoprocessamento diz respeito ao planejamento urbano (administração municipal). Isso porque esse tipo de ferramenta pode ser adotado, por exemplo, para:
- identificar o melhor local para construir um posto de saúde;
- avaliar quais áreas da cidade ainda não são atendidas de maneira apropriada pelo transporte público;
- verificar possíveis ocupações irregulares;
- monitorar desastres ambientais como enchentes e deslizamentos de terra;
- realizar estudos demográficos;
- fiscalizar obras;
- elaborar um mapa ambiental da cidade;
- avaliar eventuais impactos de instalação de rodovias ou ferrovias;
- melhorar e fazer previsões com relação ao planejamento urbano e regional.
Então, como você pode perceber, o geoprocessamento pode ser utilizado para diversas finalidades em um município, sendo uma ferramenta de grande importância para as prefeituras.
Que softwares auxiliam no geoprocessamento?
Por ser uma ferramenta que envolve a análise e a coleta de diversos dados georreferenciados, é importante contar com o auxílio de um bom software de geoprocessamento.
Afinal, não dá para monitorar, analisar e registrar todo esse volume de informações de forma manual. É inviável. Agora, qual software utilizar?
No mercado atual, existem diversas opções para você trabalhar, tanto gratuitas quanto pagas.
Para te ajudar, nós separamos a seguir as principais opções. Assim, você pode conhecê-las e testá-las de modo a avaliar aquela que melhor lhe atende. São elas.
- AFsoft;
- Geofielder;
- Sacam;
- Safira;
- SisCob.
Vale ressaltar que todos esses softwares têm como unidade responsável a Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária). Inclusive, no portal da organização você encontra diversas informações sobre como usar esses programas.
Qual é a relação do geoprocessamento com a sustentabilidade?
O agronegócio pode contribuir consideravelmente para a sustentabilidade, a começar pelo aumento na produção de alimentos e pela segurança alimentar da população.
Nesse sentido, o geoprocessamento é uma ferramenta de grande relevância, pois possibilita ações mais responsáveis e práticas mais sustentáveis, que contribuem para o meio ambiente.
Dessa forma, permite atender às demandas e suprir as necessidades das gerações atuais e futuras, sem ocasionar grandes devastações, desequilíbrios ecológicos e problemas ambientais.
Qual a importância do geoprocessamento no planejamento rural?
Com base nas informações que você acompanhou até aqui, já deu para perceber por que o geoprocessamento é uma ferramenta tão relevante para produtores rurais, não é verdade?
A importância do geoprocessamento reside no tratamento de imagens para a produção de mapas. Assim, é possível obter diversos dados, informações e detalhes relevantes sobre uma propriedade rural.
E, quanto maior for essa riqueza de detalhes, mais fácil será acompanhar, diagnosticar e planejar atividades.
Conhecer bem a propriedade em que você opera é essencial para um melhor aproveitamento da terra.
Por fim, vale ressaltar que, ao contar com esse tipo de ferramenta, é possível fazer uma gestão muito mais adequada e eficiente. Assim, potencializam-se os ganhos e reduzem-se as chances de perdas, prejuízos e desperdícios.
Entendeu a importância do geoprocessamento no planejamento rural? Esperamos que as informações apresentadas tenham esclarecido as suas dúvidas sobre o assunto.
Para terminar, convidamos você a conhecer as soluções da TerraMagna! Somos uma empresa apaixonada pelo agronegócio e oferecemos crédito rural para distribuidores de insumos, além de outros serviços.
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