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Revolução Verde: como novas tecnologias mudaram o agronegócio

A Revolução Verde é um conceito criado para se referir ao desenvolvimento de técnicas na produção dos negócios agrícolas.

Basicamente, as transformações foram percebidas no uso de maquinários no campo e na utilização de adubos químicos, inseticidas, herbicidas e sementes transgênicas.

Em outras palavras, a Revolução Verde impactou positivamente o aumento da produção de alimentos, bem como as áreas de cultivo de cereais e tubérculos.

A princípio, o termo foi criado por William Gown, nos Estados Unidos, em 1966.

No entanto, o movimento originário e suas características começaram, de fato, ainda na década de 1930, sendo desenvolvido pelo agrônomo Norman Borlaug, sobretudo com a coordenação de pesquisas sobre a variedade de sementes de trigo resistentes a pragas e doenças.

De antemão, sua filosofia e técnicas ficaram restritas às grandes propriedades, em razão de os custos de modernização das propriedades serem altíssimos para a época.

Além disso, era necessário corresponder às condições climáticas favoráveis à sua aplicação. 

Porém, em lugares em que não houve reforma agrária, como na África e em parte do Sudeste Asiático, a mecanização da produção diminuiu a mão de obra local.

Eventualmente, muitos trabalhadores sem propriedade tiveram de migrar para os grandes centros urbanos, a fim de fugir da fome e, consequentemente, reduzir os índices de pobreza.

Como resultado, o sistema mais utilizado pelos países durante a Revolução Verde foi a monocultura.

Contudo, o cultivo de uma única espécie de vegetação em grandes extensões de terra favorece ao aparecimento de pragas invasoras, a exemplo daquelas que se reproduzem com rapidez, de dois a três dias, dizimando plantações inteiras de soja ou algodão

Após a adesão de práticas características da Revolução Verde, a agricultura brasileira mudou completamente.

Tais práticas, introduzidas durante o regime militar, estavam vinculadas ao que ficou conhecido por “milagre econômico”, considerado um dos grandes pilares do governo da época, cujo intuito era alavancar o crescimento econômico do país.

A partir do aumento em larga escala da produção, o país passou a desempenhar a função de exportador de commodities.

Entre os principais produtos agrícolas estavam a soja e o milho.

Por outro lado, a nível internacional, a matriz focava a manutenção do bom desempenho das vendas externas.

Em contrapartida, no território nacional, o foco era a criação de agências de fomento e pesquisa, como a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), fundada em 1973.

Países como o Brasil e a Índia foram alguns dos principais beneficiados nesse processo.

O que foi a Revolução Verde no Brasil e no mundo?

Primordialmente, a expressão Revolução Verde é usada para destacar o processo de transformação ao nível global na agricultura, juntamente com o desenvolvimento e a adesão de novas técnicas e aparatos tecnológicos em todos os estágios da produção agrícola.

Entre as décadas de 1960 e 1970, na segunda metade do século XX, surgiram as primeiras sementes geneticamente modificadas; esse período ficou conhecido como Paradigma da Revolução.

Em paralelo, ocorreu o desenvolvimento de insumos químicos e fertilizantes.

Ocasionalmente, no Brasil, o emprego das novas técnicas foi realizado graças aos incentivos governamentais.

Ao mesmo tempo, se idealizava expandir a capacidade dos produtores rurais para que produzissem cada vez mais, inclusive em regiões de solo ácido, como em regiões de Cerrado.

Inicialmente, o propósito da Revolução Verde era o de garantir maior segurança alimentar aos países do globo, por meio da aplicação de métodos de cultivo e tecnologia para aumentar a produção de alimentos.

De maneira semelhante, tais inovações foram adotadas inicialmente no México e nos Estados Unidos.

Logo depois, se espalharam por diversos outros países até finalmente chegarem à parte da Ásia e da América Latina.

Ao longo dos anos, as técnicas desenvolvidas em 1940 passaram a servir de modelo para as futuras gerações de pesquisadores e estudiosos do setor.

Com isso, os números de pesquisas científicas especializadas também aumentaram.

De maneira idêntica, o intuito de melhorar as técnicas de cultivo, preparo, seleção e aprimoramento das sementes serviram de guias, e tais inovações só foram possíveis devido ao financiamento de indivíduos, entidades privadas e por meio do Estado, via ações de pesquisa e fomento realizadas por agências estatais.

A Revolução Verde foi ampliada e deu a origem a inúmeras mudanças, sendo elas:

  • melhoramento genético (trigo e arroz, por exemplo);
  • desenvolvimento de espécies híbridas de vegetais;
  • aumento da capacidade de adaptação das plantas a condições climáticas e de solo;
  • crescimento da produtividade em lavouras;
  • investimentos no uso de maquinários, como tratores, semeadeiras e colheitadeiras;
  • controle preciso nos índices de acidez do solo;
  • uso de adubos, fertilizantes e defensivos agrícolas no controle de pragas;
  • modernização dos sistemas de irrigação.

Como a Revolução Verde contribuiu para o desenvolvimento agrícola

Em suma, com o surgimento de novas técnicas produtivas, o setor do agronegócio ajudou a traçar aspectos positivos econômicos e sociais.

Houve ganho em eficiência e produção nas propriedades agrícolas, com destaque para as plantações de cereais e grãos, como a soja e o milho.

Nesse sentido, é inegável a importância que o melhoramento genético teve no movimento.

Além disso, desenvolveram-se fertilizantes e técnicas de preparo da lavoura, deixando, consequentemente, as sementes e os solos mais fortes e adaptáveis às mais variadas condições de clima.

Isso só foi possível devido ao avanço em pesquisas envolvendo biotecnologia.

Devido ao grande conhecimento técnico avançado, essas inovações foram ganhando cada vez mais espaço e adeptos entre a comunidade científica e os produtores rurais.

Entre as grandes inovações para o setor, podemos citar o desenvolvimento de:

  • fungicidas;
  • herbicidas; 
  • fertilizantes químicos;
  • sementes mais adaptadas a climas extremos.

Esse período também ficou marcado historicamente pela criação dos primeiros organismos geneticamente modificados, os OGMs.

Quais foram os benefícios da Revolução Verde? 

Em síntese, em aspectos práticos e em relação do aumento de produção versus área plantada, a Revolução Verde foi um verdadeiro sucesso para a época, pois conseguiu alcançar um dos seus objetivos iniciais: possibilitar a produção agrícola em regiões semiáridas ou de climas frios.  

Consequentemente, as sementes se tornaram mais resistentes e cresceu o número de nutrientes e vitaminas através dos OGMs.

Em seguida, áreas menores começaram a ser mais produtivas e sementes modificadas se reproduzem em menor tempo, ocasionando um avanço significativo na produção de alimentos.

Por outro lado, na pecuária, as inovações desse período permitiram melhores condições para que os animais crescessem mais rápido.

Também se reduziu o percentual de gordura em seus derivados – leites, carnes e ovos.

Ademais, houve aumento em sua capacidade de resistência a pragas e outras doenças.

Outro ponto positivo foi o aumento na variedade de plantas comerciais como milho, soja e arroz.

Como resultado, o Produto Interno Bruto (PIB) elevou seu nível ao de países culturalmente mais maduros e já consolidados no comércio de exportação de commodities.

Entretanto, apesar de a Revolução Verde ter trazido inúmeros benefícios e novas tecnologias às propriedades, também houve um aumento na dependência dos países subdesenvolvidos e em desenvolvimento em relação a países desenvolvidos.

Isso porque muitas das empresas detentoras das tecnologias e melhorias estavam fora desses países, superfaturando o investimento e a adesão das novas técnicas. 

Por analogia, grande parte dessas empresas são transnacionais presentes em países desenvolvidos, favorecendo a lógica histórica de dependência norte versus sul.

Sob o mesmo ponto de vista, o Brasil se tornou umas grandes lideranças mundiais na produção e exportação de alimentos, com destaque para a exportação de soja e milho, que, em sua maioria, são destinados ao mercado interno de países do Hemisfério Norte.

Atualmente, ainda ocupamos o status de liderança em alguns produtos agrícolas a exemplo da cana-de-açúcar, da laranja e do milho.

Além disso, somos o segundo maior exportador de soja, atrás apenas dos Estados Unidos.

Devemos a construção dessa liderança às inovações trazidas e aplicadas durante a Revolução Verde, que transformou o modelo de agricultura brasileira.

Com o fenômeno, passou-se a ter um olhar mais competitivo para o cenário mundial, bastante perceptível pelos constantes investimentos em maquinários e novas tecnologias. 

Conclusão

Aprendemos que, para ter bons resultados, é preciso investir em bons maquinários e adquirir insumos de boa qualidade.

Mas para isso ficar ainda melhor, as condições de pagamentos e valores devem estar dentro do seu orçamento, não é mesmo?!

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