O agronegócio brasileiro é um dos setores mais dinâmicos, rentáveis e com maior potencial de crescimento do mundo. Isso faz com que novas oportunidades de investimento ganhem visibilidade, por exemplo, o CDCA.
Agora, o que talvez ainda seja novidade é que o agro gera 27% do PIB e, claro, é bastante seguro e promissor para quem quer investir.
Em menos de 50 anos, o Brasil deixou de ser um importador para se tornar um dos maiores exportadores de commodities agrícolas do mundo.
De acordo com o Relatório da Organização Mundial do Comércio (OMC), em abril de 2022, alcançamos a 25ª posição, gerando um acumulado de US$ 281 bilhões no último ano.
Além disso, ainda foi responsável por empregar mais de 19 milhões de pessoas. A informação é do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), da Esalq/USP.
Tudo isso só foi possível graças aos constantes avanços tecnológicos aplicados no caso (grãos transgênicos e uso da inteligência de dados para monitoramento da produtividade).
Até aqui, já é possível entender por que o agronegócio é realmente confiável para investir sem precisar pensar duas vezes.
Afinal, ao longo dos últimos anos, o governo federal não mediu esforços para atrair recursos privados para financiar a agroindústria nacional.
Sem contar que as linhas de crédito mais tradicionais (oferecidas por bancos de fomento estatal) oferecem isenção de impostos de renda e operações financeiras (IOF).
Foi assim que surgiu o Certificado de Direitos Creditórios do Agronegócio (CDCA), que explicaremos melhor ao longo deste artigo. Boa leitura!
Afinal, o que é CDCA?
Em 2004, o governo federal criou o Certificado de Crédito do Agronegócio (CDCA), título de crédito relacionado ao agronegócio.
Hoje, pode ser emitido por cooperativas rurais, produtores ou por empresas que desenvolvam atividades ligadas à agricultura ou à pecuária.
Na maioria das vezes, exercem atividades de comercialização, beneficiamento ou industrialização de produtos, insumos agrícolas, maquinários e outros implementos.
A ideia é captar recursos de curto e médio prazo no mercado financeiro, principalmente durante os períodos de entressafra. Os principais objetivos são:
- Garantir o financiamento da cadeia do setor agro com recursos privados. Para que isso seja possível, é preciso atrair investidores por meio de boas garantias e retornos.
- Permitir a rolagem de dívidas.
- Atender necessidades de fluxo de caixa, melhorando condições de financiamentos já existentes.
É importante mencionar que a intermediação entre as empresas agropecuárias e investidores será sempre feita por uma instituição financeira autorizada.
Ela será a responsável pelo título e por ofertá-lo no mercado de capitais, desde que devidamente registrados na B3.
O que são B3 e direitos creditórios?
É importante, neste artigo, explicar o que é B3 e, também, direitos creditórios para contextualizar você sobre os dois termos, inerentes ao CDCA.
O B3 nada mais é do que uma das principais empresas de infraestrutura de mercado financeiro do mundo, atuando em ambientes de bolsa e balcão.
Sociedade de capital aberto, suas ações (B3SA3) são negociadas no Novo Mercado. Essa companhia é composta de índices como Ibovespa, IBrX-50, IBrX e Itag.
Ainda é grande responsável por aliar tradição a inovação em produtos e tecnologia, sendo considerada uma das maiores em valor de mercado, com posição global de destaque no setor de bolsas.
Direitos creditórios, por sua vez, são direitos que correspondem aos créditos que uma empresa tem a receber. Pode-se considerar cheques, parcelas de cartão de crédito ou duplicatas.
Basicamente, funcionam como dívidas convertidas em títulos que, futuramente, poderão ser vendidas para outros investidores no mercado. Esse processo é conhecido como securitização.
A ideia não é explorar esses temas ao máximo, apenas trazer uma breve explicação sobre o que é cada um para contextualizar melhor a pauta.
Quais as principais vantagens do CDCA?
O CDCA faz com que empresas ligadas ao agronegócio tenham a oportunidade de captar recursos de médio e curto prazo.
O objetivo é que consigam impulsionar suas atividades, como dissemos, na entressafra, período que se estende entre o fim de uma safra e o início de uma nova lavoura.
Mas o que parece mais vantajoso para quem pretende investir é que a emissão de títulos (adquiridos por investidores privados) faz com que os produtores tenham acesso a taxas de juros mais acessíveis se comparado aos empréstimos bancários.
Para o investidor, o Certificado de Crédito do Agronegócio representa um investimento de renda fixa atrelada a direitos creditórios do agronegócio.
O CDCA também tem ótima rentabilidade, justamente por causa da percepção de risco oferecida pelo emissor.
Além disso, ainda oferecem a facilidade de poderem ser comprados e vendidos no mercado balcão, por estarem registrados na B3.
Quais são as desvantagens?
Entretanto, claro, o CDCA, como qualquer outro título, também oferece riscos para os investidores.
O mercado secundário é bastante restrito, mesmo tendo registro na Bolsa de Valores brasileira. Isso traz dificuldades para o investidor sair antes que o título vença.
Além disso, não conta com a cobertura do Fundo Garantidor de Crédito (FGC). Os investidores são protegidos contra falência no setor financeiro com valor-limite de R$ 250.000 por CPF.
Por isso, sempre reforçamos a importância de buscar informações com especialistas da área, pesquisar sobre o mercado de investimento e outros assuntos pertinentes antes de dar o primeiro passo.
Qual é a tributação do CDCA?
Para atrair a atenção dos investidores, é preciso adotar medidas atrativas.
Por isso, o CDA oferece vantagens tributárias como a isenção de Imposto de Renda e de IOF. Além disso, o emissor ainda pode deduzir o título da base de cálculo do IR.
Qual a remuneração do CDCA?
O Certificado de Crédito do Agronegócio tem remuneração está associado ao CDI (título de curtíssimo prazo – um dia – emitido pelas instituições bancárias).
Mas nada impede de usar outros indexadores; tudo vai depender das escolhas da empresa emissora ou aceitação do mercado. O rendimento pode ainda estar relacionado ao dólar ou à inflação.
Como investir do jeito certo?
É comum que títulos de renda fixa, como o CDCA, tenham sua remuneração ligada a uma taxa pré-fixada. Podem, ainda, ter a sua quitação vinculada ou outro indicador inflacionário (pós-fixada).
O CDI e o IPCA, por exemplo, são os indicadores mais recomendados para casos como esse. Igualmente, pode estar acompanhado a variação cambial já prevista na emissão do certificado.
Por esse título contar com liquidez limitada, o investidor deve ter atenção às chances de o seu capital ficar retido durante todo o prazo de vencimento. É isso que faz com que o custo de oportunidade da operação seja maior/mais atrativo.
Por isso, o mais recomendado pelos especialistas é: aplique apenas em CDCAs que oferecem taxas remuneratórias de fato atraentes, isto é, aquelas que estejam acima das praticadas por outras modalidades de renda fixa.
O intuito é convencer e deixar o investidor seguro sobre mobilizar seu capital por um período de tempo considerável.
Por que os investidores ainda não apostam todas as fixas?
O CDCA oferece riscos baixos, poupa cobrança de IOF e declaração de Imposto de Renda. Ainda assim, os investidores ainda não se sentem seguros, o que torna o título procurado.
Para início de conversa, é obrigatório que a cooperativa ou pequena empresa esteja ligada ao agronegócio e, mais do que isso, tenha suporte de uma financeira (além de ser a emissora, ainda será detentora da custódia e distribuição do título).
A verdade é que o processo é pouquíssimo divulgado pelos agentes financeiros, e muitas cooperativas não conhecem o CDCA. Por isso, as empresas do setor não o emitem, mesmo quando precisam captar recursos.
Quando os títulos são emitidos, infelizmente, são poucos os investidores que se sentem atraídos.
É importante dizer também que, mesmo que negociados na B3, é emitida baixa quantidade de Certificados de Crédito do Agronegócio e a liquidez é baixa.
Essa soma de fatores, portanto, torna o CDCA pouco relevante no mercado de capitais.
Como você pode ter notado, ainda é necessário mais divulgação para que o CDCA passe a ter maior valor competitivo para quem deseja investir. Nem sempre vai tratar apenas de vantagens ou lucros.
Por falar em crédito, você já conhece a TerraMagna?
Há diversas maneiras de crescer no agronegócio, a começar pelo seu próprio negócio. Quem trabalha no campo sabe que tudo muda constantemente; para acompanhar e trazer novidades, é preciso investir.
Pode ser em novas tecnologias, insumos agrícolas ou mão de obra.
Por isso, fale com nossos especialistas e saiba como podemos ajudar você também.
Oferecemos crédito rural fácil, rápido e sem a menor burocracia! Tudo para tornar esse processo mais simples e descomplicado. Será um prazer!
Além disso, caso tenha gostado desse conteúdo, continue acompanhando nosso blog e, claro, compartilhe com quem mais possa se interessar pelo assunto. Até a próxima!
