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Trator pulverizando glicina em campo de soja na primavera

Glicina: entenda o papel no campo dos aminoácidos na agricultura

Nutrientes, boas condições climáticas e aminoácidos como a glicina; diferentes fatores – como esses que destacamos – interferem na lavoura. 

No entanto, os estresses bióticos e abióticos podem comprometer a produtividade, um verdadeiro pesadelo para o produtor rural. 

Para evitar que isso se agrave e voltar a produzir com qualidade, o uso de aminoácidos tem se tornado cada vez mais importante, seja ele presente em bioestimuladores, em fertilizantes ou em herbicidas

Nesse caso, alguns deles se destacam, como é o caso da glicina, que é uma das responsáveis por atuar na defesa das plantas. 

Neste artigo, vamos explicar mais sobre a glicina e aminoácidos no geral, bem como os benefícios que eles são capazes de entregar à agricultura!

Conhecendo a glicina

A glicina é um tipo de aminoácido que possui propriedades fisiológicas fundamentais para o organismo dos vegetais.

Ela participa da formação da glutationa, fitoquelatinas e glicina betaína (um composto que se acumula nas plantas quando há estresse hídrico, auxiliando, assim, na manutenção da eficácia fotossintética).

Além disso, ela é precursora da síntese de clorofila, atuando nos mecanismos de defesa das culturas. 

Sua presença está em produtos variados, de fertilizantes a herbicidas; aliás, sobre este último, vamos explicar melhor a seguir!

Glifosato e glicina 

A glicina é um dos aminoácidos presentes no glifosato, um dos mais importantes e utilizados herbicidas para a agricultura. 

Além de seu amplo espectro de atuação, ele é um importante dessecante de culturas, tendo em sua composição organofosforado, especificamente um fosfonato. 

Seu uso é focado na eliminação de ervas daninhas, especialmente aquelas que são folhosas perenes, e também as gramíneas que competem com as culturas.

Glicina betaína: conheça o composto

Apesar do nome, a glicina betaína não é um aminoácido; na realidade, é um composto chamado Quaternário de Amônio, proveniente da Colina. 

Uma de suas principais funções é oferecer proteção às células vegetais, ajudando na manutenção do equilíbrio osmótico. 

Além de promover a estabilização da estrutura de proteínas, a glicina betaína é responsável por proteger o aparelho fotossintético e seu desempenho na eliminação das espécies reativas de oxigênio.

A glicina betaína é conhecida também por ajudar a amenizar estresses causados pela seca, salinidade alta e também altas temperaturas; afinal, independentemente de qual é, há uma ativação de enzimas, que ajudam a reduzir o estresse. 

Outro ponto importante sobre esse composto é o fato de ele também atuar como proteção osmótica, protegendo as plantas de subprodutos tóxicos que são formados quando há escassez de água e também fornecendo às células fonte de carbono e nitrogênio.

Ele tem a função de sinalizar para as plantas que elas devem se defender, ajudando na retenção da água e também eliminação dos radicais livres, que são danosos aos tecidos vegetais. 

Modo de ação

Quando aplicada, a síntese de glicina betaína aumenta após a sinalização de diminuição do teor de água na planta.

O aumento desses compostos causa efeitos variados nas plantas em diferentes níveis e locais. 

Basicamente, esses efeitos estão ligados à manutenção da turgescência; isso significa evitar a murcha celular, mas também apresentar funções específicas.

Entre as funções, destacam-se:

  • redução dos radicais livres sintetizados; 
  • proteção dos sistemas de recepção de luz das plantas;
  • manutenção da integridade das membranas; 
  • proteção dos órgãos reprodutivos;
  • osmoproteção e osmorregulação.

Aplicação de glicina-betaína

A glicina-betaína pode ser aplicada por meio de bioestimulador, o que causa um efeito de alerta na planta, que é prévio ao estresse.

Tal ação pode ajudar na obtenção de uma resposta mais rápida e eficiente dos mecanismos de proteção.

Já foi identificada uma série de efeitos positivos na aplicação da glicina-betaína na agricultura, seja ela via solo, foliar ou por fertirrigação.

Aminoácidos na agricultura: a glicina e outros elementos importantes

Os aminoácidos são ácidos orgânicos que contam em sua molécula com um carbono central, comumente assimétrico, e que está ligado a um grupamento carboxila, um amina e um átomo de hidrogênio 

Além dessas três estruturas, os aminoácidos têm um radical genericamente conhecido como “R”, que traz o diferencial. 

A principal função deles é constituir proteínas, além de serem precursores de várias substâncias reguladoras do metabolismo vegetal, funcionando como ativador fisiológico do metabolismo. 

Além do mais, os aminoácidos têm ligação com a nutrição de plantas, aumentando a eficácia na absorção, no transporte e na assimilação de nutrientes. 

O fato de a quelação de cátion com aminoácidos gerar moléculas sem cargas reduz os efeitos das chamadas força de atração e força de repulsão da cutícula foliar, o que ajuda no aumento da velocidade de absorção do nutriente. 

Ademais, a união entre o cátion e os aminoácidos aumenta a capacidade de circulação de nutrientes pelas membranas, um importante componente para a nutrição das plantas e movimentação dos elementos que são pouco móveis pelos vasos do floema. 

De maneira geral, o desenvolvimento das lavouras depende de fatores ecofisiológicos, genéticos e tratos culturais, o que resulta em respostas fisiológicas e/ou hormonais das plantas. 

O uso de aminoácidos tem sido cada vez mais frequente justamente por ajudar a intensificar o sistema de produção de grãos, gerando ótimos os resultados nas lavouras e aumentando a qualidade do produto final.

Em média, existem cerca de 20 aminoácidos essenciais para as plantas, com concentrações e funções distintas. 

Algumas de suas atuações incluem as situações de estresse biótico e abiótico, como acontece no ataque de pragas e doenças, desordens nutricionais, climáticas, deficiências hídricas e outros aspectos, que explicaremos melhor a seguir. 

Estresse biótico e abiótico

O estresse biótico é aquele causado pelas doenças e pragas que atacam a lavoura, o que tem relação direta com as condições ambientais. 

Tais condições podem ser previstas por meio do monitoramento da área de plantio, sendo um recurso que disponibiliza dados sobre condições climáticas, por exemplo, facilitando a tomada de decisão sobre os próximos passos.

Já o estresse abiótico pode ocorrer por falta de água, nutricional (relação e a necessidade das plantas de acordo com as propriedades químico-físicas dos solos) ou de temperatura (caracterizada pela variação térmica as quais as culturas conseguem se desenvolver).

Principais aminoácidos da agricultura

Além da glicina, quais são os outros aminoácidos usados na agricultura? Conheça agora!

Cisteína

A cisteína é um aminoácido que é fonte de enxofre, atuando na síntese da glutationa, que auxilia na defesa das plantas. 

Fenilalanina

A fenilalanina é uma das precursoras de compostos fenólicos, que estão envolvidos na defesa de plantas e na síntese de lignina, o que aumenta a resistência ao acamamento das plantas.

Glutamato

O glutamato atua na formação dos aminoácidos (arginina, glutamina e prolina) e é um precursor da molécula de clorofila. 

Triptofano

O triptofano é responsável pela síntese da auxina, que atua na divisão e diferenciação celular, responsável pelo crescimento radicular e também da parte aérea das plantas.

Metionina

A metionina é precursora ou ativadora de fito-hormônios e substâncias responsáveis pelo crescimento.

Benefícios de aminoácidos como a glicina na agricultura

Como vimos, os aminoácidos desempenham um papel crucial na agricultura, com vários benefícios atrelados a eles. Conheça melhor essas vantagens!

Equilíbrio do metabolismo vegetal

Os aminoácidos estão atrelados diretamente ao metabolismo das plantas e são rapidamente assimilados por elas, estimulando a síntese de proteínas. 

Eles atuam no equilíbrio de todos os estágios fenológicos: germinação, emergência, fase vegetativa, floração e maturação dos frutos. 

Por exemplo, nos legumes em que há aminoácidos em quantidade favorável, eles ajudam na formação de nódulos radiculares de maneira mais eficiente. 

Diminuição da fitotoxicidade de defensivos 

A fitotoxicidade é a capacidade que alguns agentes abióticos têm de levarem danos na parte aérea da planta, induzindo respostas fisiológicas e bioquímicas.

Os aminoácidos ajudam a estimular a síntese de proteínas, facilitando e acelerando as reações químicas nas células.

Eles funcionam como catalisadores biológicos, aumentando a capacidade da planta de degradar moléculas de certos herbicidas, o que diminui os efeitos na aplicação de tais produtos na planta.

Aumento do florescimento

Durante a fase de reprodução, as plantas têm uma alta demanda por aminoácidos graças à remobilização do N foliar para o desenvolvimento de inflorescências, o que aumenta a exportação de aminoácidos das folhas. 

Com isso, há uma promoção do florescimento, aumentando a produtividade da cultura em questão. 

Desenvolvimento do sistema radicular 

Determinados aminoácidos têm efeitos positivos no desenvolvimento do sistema radicular das plantas, aumentando, assim, o crescimento e vigor das raízes das plantas.

A partir do momento que as raízes passam a ter mais massa, a planta absorve mais nutrientes e alcança aqueles que têm baixa mobilidade no solo, além, é claro, de aumentar a absorção de água.

Conclusão

Neste artigo, foi possível ver como os aminoácidos atuam nas plantas e as modificações positivas que eles promovem na lavoura.

A glicina é um desses elementos que se destacam, justamente por promover a produtividade, aumentando também as raízes e a eficácia da fotossíntese. 

Mas, para garantir que seja absorvida corretamente, é preciso que ela esteja presente nos produtos certos e na quantidade ideal. 

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