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agricultor pegando muda planta praticando a agricultura regenerativa

Agricultura regenerativa: conceitos e melhores práticas

Agricultura regenerativa? O que é isso? Práticas sustentáveis ajudam a restabelecer os sistemas naturais em áreas agrícolas. 

A agricultura regenerativa defende a possibilidade de produzir enquanto se recupera a terra e se preserva o meio ambiente. 

Para a Embrapa, a agricultura regenerativa tem contribuído para o aumento de produtividade e a redução do uso de herbicidas em culturas como a do café. 

O Brasil, por exemplo, é um país que aplica várias técnicas vindas desse modelo. 

Neste artigo, vamos entender o objetivo da agricultura regenerativa e como essa prática tem atraído o interesse de muitos produtores, empresas e investidores, principais práticas e outros aspectos. Boa leitura!

O que é agricultura regenerativa e qual é seu princípio básico?

Afinal, o que significa agricultura regenerativa? Como o próprio conceito sugere, o modelo agrícola tem como foco a produção e a recuperação da terra e do meio ambiente, tudo isso feito de forma simultânea. 

A ideia é manter o solo produtivo pelo maior tempo possível, evitando as expansões para novas áreas.

Assim, o sistema agrícola regenerativo visa melhorar a saúde do solo, promovendo a biodiversidade na produção de alimentos.

É importante ressaltar que a agricultura regenerativa está baseada na agricultura orgânica, mas prioriza práticas de saúde do solo e gestão da terra, que são base da agricultura moderna.

Nesse modelo, tudo se conecta. A água infiltra no solo e vira nascente em outro lugar, e até mesmo os gases e nutrientes são captados e liberados por plantas, animais e microrganismos. 

A rede é complexa, e, quanto menor for a interferência, mais alinhada ela estará com a metodologia buscada. 

Princípios

Quando se fala em agricultura regenerativa, alguns princípios são responsáveis por definir tal modelo agrícola. 

1. Frear práticas que promovam o revolvimento do solo, eliminando o tratamento mecânico, químico e físico do campo.

2. Investir em culturas de cobertura, palhada, durante o ano todo para reduzir ou eliminar a chance de ocorrência de erosão.

3. Dedicar-se à construção da biodiversidade por meio de técnicas, como a rotação de culturas e o silvopastoreio.

4. Preservar raízes vivas no solo para a retenção de água e nutrientes e a realização da fotossíntese durante todo o ano.

5. Incorporar o gado na produção de culturas.

6. Diminuir ou restringir o uso de pesticidas na lavoura.

Como surgiu a agricultura regenerativa?

A agricultura regenerativa surgiu na década de 1980 com o objetivo de resgatar e aprimorar os princípios do início da agricultura orgânica da década de 1940. 

O americano Robert Rodale, fundador do Rodale Institute, foi responsável por trazer à tona o conceito.

Rodale tinha como objetivo a recuperação do conhecimento indígena sobre práticas baseadas na natureza. 

Para isso, ele conectou o conhecimento científico para realizar produções agrícolas em escala sem causar danos ao meio ambiente em longo prazo.

A ideia era auxiliar os produtores rurais de milho e soja que estavam passando por uma crise agrícola dada pelo declínio do desempenho do solo.

Para isso, eles pararam de arar a terra e focaram em deixar uma cobertura no solo a fim de promover a sua recuperação e, consequentemente, voltar à produtividade anterior.

Quais são as principais práticas da agricultura regenerativa?

Algumas práticas são base para o trabalho da agricultura regenerativa, e você vai conhecer as principais a seguir!

Plantio direto

O plantio direto é uma das principais práticas em se tratando de agricultura regenerativa. Ele permite menor revolvimento do solo, reduzindo a erosão e as emissões de dióxido de carbono.

Nesse sistema, o produtor faz a rotação de cultura e mantém no solo resíduos da colheita anterior, o que ajuda a proteger a terra e conservar a umidade e a biodiversidade.

Para isso, um pequeno sulco, ou cova, é aberto com profundidade e largura suficientes que vão garantir a adequada cobertura e o contato da semente com o solo.

Cultivo anual orgânico

No cultivo anual orgânico, o foco está no uso de fertilizantes e pesticidas não químicos, a fim de evitar os impactos negativos para a natureza e os seres humanos

A técnica ajuda a manter ou aumentar os níveis de matéria orgânica do solo, para então prosseguir com o plantio. Isso porque os maiores teores de matéria orgânica contribuem para o crescimento de microrganismos benéficos, que mantêm a fertilidade do solo.

No entanto, é um processo mais caro quando se trata de agricultura regenerativa orgânica. 

Afinal, é necessário utilizar mais mão de obra; mesmo assim, há benefícios consideráveis em longo prazo, como lavouras mais saudáveis. 

Cultivo perene

As culturas perenes são aquelas que não precisam ser plantadas depois do término de um ciclo produtivo. 

Quando na agricultura regenerativa, elas ajudam a proteger a terra da erosão hídrica e do vento; afinal, elas ajudam a manter o local com as suas raízes, além de acumular umidade e poupar os custos agrícolas com culturas que não têm tais características.

Sistema agroflorestal

Uma das práticas da agricultura regenerativa é a integração entre culturas agrícolas com importância econômica junto de árvores e arbustos que compõem a floresta, visando evitar a degradação do solo. 

Isso acontece devido a sistemas radiculares vigorosos, que protegem as espécies comerciais dos eventos e também das fortes chuvas por meio de copas abundantes. 

Além de promover a sustentabilidade, ainda é possível ter uma recuperação vegetal e do solo. 

Compostagem

A compostagem é um processo de reciclagem do lixo orgânico, que visa transformar a matéria orgânica encontrada no lixo em adubo natural. 

Na agricultura regenerativa, esse adubo é usado em jardins e plantas, substituindo os produtos químicos. Vale lembrar que o processo também contribui para reduzir o aquecimento global. 

Quais as vantagens trazidas pela agricultura regenerativa no mundo?

Um dos maiores desafios da agricultura regenerativa é produzir com qualidade sem que para isso seja necessário aumentar as áreas de cultivo. 

Mas, quando bem executada, as vantagens são enormes; conheça-as melhor a seguir!

Ajudar a reduzir as emissões de gases de efeito estufa

A agricultura regenerativa ajuda a eliminar as emissões de gases de efeito estufa, que são um dos principais responsáveis pelo aquecimento global. 

Vale destacar que a produção industrial de alimentos é responsável por cerca 26% das emissões.

Inclusive, as empresas têm adotado essa postura de contribuir por meio da agricultura regenerativa. A Nestlé, por exemplo, utiliza a metodologia como parte fundamental do roteiro Net Zero da empresa. 

Para isso, a marca tem trabalhado com agricultores, fornecedores e parceiros para ajudar a proteger terras agrícolas, aumentar a biodiversidade e ajudar a combater o desmatamento.

Combater as mudanças climáticas

A redução dos gases do efeito estufa não é suficiente para combater as mudanças climáticas; porém, quando associada ao sequestro de carbono, o efeito é bem maior. 

O solo armazena carbono naturalmente. Quando ele é arado, o gás por meio de material orgânico sobe à superfície, ajudando a fornecer temporariamente nutrientes para as culturas. 

Contudo, à medida que o carbono é exposto ao oxigênio da atmosfera, ele se transforma em dióxido de carbono, contribuindo para a emissão de gases de efeito estufa. 

Com a agricultura regenerativa, práticas como o plantio direto ajudam a minimizar a perturbação do solo e a manter o gás ali. 

Segundo a instituição Regeneration International, as boas práticas de regeneração ajudam a aumentar o carbono orgânico em até 9% após dois anos e 21% após seis anos, auxiliando, assim, no sequestro de carbono.

Aumentar o rendimento

A agricultura orgânica é um exemplo de agricultura regenerativa. Ao longo dos anos, os produtores descobriram que a exploração orgânica tem uma tendência a sofrer menos com as condições climáticas adversas e extremas. 

Consequentemente, a produção das culturas continua funcionando mesmo em condições climáticas desfavoráveis. 

O fato de contribuir também para a biodiversidade faz com que seja assegurada uma nutrição mais equilibrada para os seres vivos. 

Agricultura regenerativa e o espaço no agronegócio

É fato que os agricultores têm visto a importância de combinar a produção agrícola com a preservação do meio ambiente. 

Não por acaso, cada vez mais tecnologias têm sido desenvolvidas visando atender às necessidades de uma agricultura moderna sustentável, ou seja, regenerativa. 

As práticas dessa metodologia, como já mencionado, ajudam a manter a biodiversidade do solo, mantendo organismos vivos importantes na área. 

São eles que contribuem para o ciclo de nutrientes acontecer, sem perturbar o solo, mantendo, dessa forma, o carbono no subsolo para ser usado quando for preciso. 

A ideia é que cada vez mais essas boas práticas estejam unidas às novas tecnologias, contribuindo, assim, para redução da emissão dos gases de efeito estufa, economia de água, diminuição na aplicação de agroquímicos e garantindo uma produção mais sustentável.

Práticas sustentáveis no Brasil

No Brasil, muitas técnicas da agricultura regenerativa já são bastante utilizadas no agronegócio, como é o caso do plantio direto e também integração agroflorestal.

Como vimos, empresas presentes no país, como a Nestlé, vêm implementando tais técnicas para contribuir com o meio ambiente. 

A tendência é que cada vez mais empresas e produtores adotem essas medidas, visando à garantia de um futuro promissor para a agricultura. 

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