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Braquiaria fresca com gotas de agua no inicio da manha

Braquiária: entenda como fazer um manejo inteligente

A braquiária é um gênero de forrageira de origem africana, bastante resistente ao fogo, à seca e ao frio.  

Também é muito utilizada na alimentação de animais e na criação de pastagens, tendo em vista que é uma das soluções encontradas para melhorar a qualidade da alimentação do gado brasileiro.

Do gênero Brachiaria, a espécie abarca cerca de 90 tipos de capim, distribuídos principalmente em regiões de clima tropical.

De acordo com alguns historiadores, a braquiária é originária do continente africano, tendo sido trazida pelos escravizados, que a usavam como uma espécie de colchão quando secas.

Entretanto, foi só por volta da década de 1950 que os pecuaristas descobriram o potencial da planta para a alimentação animal.

Atualmente, a braquiária é a forrageira mais plantada e cultivada no Brasil, presente desde as fases de cria, recria e até a engorda dos animais.  

Além disso, as diferentes espécies da planta se adaptaram bem às variações de climas e tipos de solo do país. Também houve aumento do nível de produção de forragem em solos de baixa e média fertilidade.

Consequentemente, o Brasil se tornou líder como maior produtor de rebanho bovino comercial no mundo.

Nesse meio tempo, estima-se que áreas de pastagens cultivadas com braquiária, somadas, representam 120 milhões de hectares, aproximadamente.

Isso equivale cerca de 85% dos pastos disponíveis no país, distribuídos de forma irregular entre as regiões:

  • Em média, 40 milhões de ha ou 85% da área de pastagens na região do cerrado são cobertos por braquiária.
  • Na região Norte, as braquiárias representam cerca de 65% das pastagens.
  • 50% das áreas de pastagens cultivadas na região Centro-Oeste do país estão ocupadas com essa gramínea.

Em determinadas regiões e épocas do ano, a braquiária é o único alimento disponível para alimentação animal. 

Devido à sua capacidade dinâmica, ela pode ser fornecida como feno, forragem no campo, forragem verde e cortada ou silagens.

O que é a braquiária?

A braquiária é um gênero de forrageira de origem africana, bastante resistente ao fogo, à seca e ao frio. Atualmente, está presente cerca de 90% das pastagens brasileiras.

Foi trazida para o Brasil durante a década de 1960, mais especificamente para a região Amazônica.

Porém, logo se expandiu para regiões tropicais e subtropicais do país.

Essa espécie de capim foi amplamente utilizada no cerrado, na engorda de gado e como complemento da alimentação de búfalos, cabras e ovelhas.

No entanto, a braquiária também possui outras funções biológicas pouco difundidas.

Por exemplo, a braquiária atua no desenvolvimento e aumento de produção de outras culturas, como as plantações de milho e café.

Além disso, ela consegue melhorar as condições do solo.

Porém, foram essas características únicas as responsáveis pelo aumento na capacidade de corte dos produtores rurais, bem como pela adesão na variedade da espécie, auxiliando na expansão da produção de leite nacional.

É possível encontrar pessoas que se referem à planta como
capim-braquiária ou usando o seu nome científico.

De maneira idêntica, nos últimos anos, a comunidade científica se envolveu em uma controvérsia sobre a taxonomia da planta.  

Nesse sentido, a espécie de capim pertencente à família de braquiárias passava a ser membro do gênero Urochloa.  

Como resultado, alguns países como Austrália e Estados Unidos adotaram a nova classificação.

Em contrapartida, a comunidade científica do Brasil decidiu que a denominação seria usada como sinônimo, até que houvesse uma decisão definitiva com base nos marcadores genéticos.

Dessa forma, é possível dizer que o capim é tanto do gênero Brachiaria quanto do gênero Urochloa, sem cometer erros.

Quais são os tipos de braquiária?

Embora existam cerca de 80 espécies em solo brasileiro, nem todas elas são plantadas e cultivadas.

Três se destacam por se adaptarem perfeitamente ao clima do país.

São elas a B. decumbens, B. brizantha, B. humidicola e B. ruziziensis, cujas características e formas de manejo são diferentes.

Ademais, sua capacidade de produção de forrageiras é grande.  

Ainda existem algumas espécies de braquiárias que são consideradas híbridas.

A seguir, selecionamos os tipos mais presentes nas propriedades pelo país afora:

Marandu ou brachiarão (Brachiaria brizantha)

Presente na metade das áreas de pastagens do país, seu cultivo é indicado para regiões de média e alta fertilidade.

Em síntese, com um sistema de raízes profundas e resistente à cigarrinha – principal praga encontrada em pastagens –, é comum os agricultores a usarem no sistema de plantio direto.

Devido à sua boa resistência, ela pode ser cultivada em ambientes de baixas temperaturas, assim como em solos com déficit hídrico.

Com isso, a depender do clima e dos níveis de adubação, uma base de nitrogênio é capaz de produzir anualmente de 8 a 20 t/ha–1.

Braquiarinha ou capim-braquiária (Brachiaria decumbens)

Essa foi a primeira espécie a ser introduzida no país, tendo grande aceitação por parte dos produtores rurais devido às suas características bem favoráveis a regiões destinadas a atividades de pecuária.

É encontrada com frequência no Cerrado, em solos ácidos e de baixa fertilidade.

Essa braquiária pode chegar a 1 metro de altura, sendo capaz de produzir entre 9 a 11 t/h–1.

Entretanto, essa cultura é bastante sensível a solos encharcados e temperaturas abaixo de 15 °C.

De antemão, essa é uma espécie versátil, tem alta resistência ao pisoteio animal e se apresenta como uma excelente opção para a cobertura do solo.

Trata-se de uma forrageira de boa qualidade, que é produzida perfeitamente em solos argilosos e arenosos.

Capim quicuio ou quicuio-da-amazônia (Brachiaria humidicola)

Cultivada principalmente em regiões da Amazônia e no Pantanal, essa espécie de braquiária é considerada híbrida e suporta bem solos encharcados, reproduzindo-se bem nestes.

Além disso, é capaz de passar grande parte do ano sob grandes níveis de água.

Apesar disso, essa braquiária é considerada uma planta rústica e de porte baixo.

Costuma se adaptar bem em solos de baixa fertilidade natural, podendo alcançar até 1 metro de altura.

Em suma, a humidicola tem menor valor nutritivo do que os outros tipos de braquiária.

 

Grama-do-congo (Brachiaria ruziziensis)

Outro exemplo de braquiária híbrida, a grama-do-congo, para se desenvolver, precisa que o solo tenha altos níveis de fertilidade.

Contudo, essa espécie costuma ser indicada para engorda e recria animal, sendo uma das preferidas no sistema plantio direto, pois é facilmente controlada por herbicidas e não produz grandes quantidades de sementes.

Ela também torna simples o manejo e controle das lavouras.

Adapta-se ao clima tropical, possuindo boa capacidade defensiva contra plantas daninhas, em razão de sua formação mais densa, típica de suas pastagens.  

Entretanto, a Brachiaria ruziziensis é a menos eficiente no recobrimento do solo e possui baixa tolerância a déficit hídrico, geada e ataques de pragas.

 

Quais são os benefícios da braquiária?

A braquiária, grosso modo, pode ser classificada como uma espécie de capim que é benéfica à capacidade produtiva de atividades agrícolas.

O impacto positivo dessa forrageira é inegável; confira a seguir:

Reduz plantas invasoras

De acordo com estudo realizado pela Embrapa, o cultivo da braquiária pode contribuir para a redução do aparecimento e crescimento de ervas daninhas.

Além disso, prolonga a sua resistência durante o manejo, seja ela uma cobertura viva, seja morta.

Controla o mofo branco

Conforme foi explicado pelo estudo “Controle de Sclerotinia sclerotiorum com o Manejo de Brachiaria, também de autoria da Embrapa, a  braquiária em estágio seco auxilia de forma eficiente e precisa na construção de uma barreira natural contra a formação do mofo branco.

Revitaliza as propriedades do solo

Pode-se dizer que a principal função da braquiária é fertilizar e recuperar os nutrientes do solo, mesmo em camadas mais superficiais, além de atuar na nutrição animal, já citada.

Isso se deve à sua capacidade de reter o nitrogênio, o potássio e o fósforo presentes no solo.

Em longo prazo, ela consegue aumentar os níveis de matéria orgânica na propriedade.

Esse fenômeno natural acontece porque, ao caírem e cobrirem o solo, as braquiárias se decompõem, nutrindo toda a plantação.

Controla a temperatura no solo

A braquiária pode exercer uma função defensiva contra a ação direta do sol.

Em outras palavras, a sua capacidade de cobrir todo o solo ajuda na diminuição e no controle da temperatura, bem como evita a perda de água.

Conclusão

De modo geral, a braquiária é uma planta com inúmeros potenciais e benefícios.

No entanto, cabe aos técnicos, agricultores ou proprietários da lavoura escolher a espécie que melhor corresponde às suas necessidades e objetivos.

Além disso, devem ser analisados as propriedades do solo e o clima ideal para a cultura.

Em suma, a braquiária não se resume apenas a alimento rico em nutrientes, fibras, proteínas e minerais.

Foram a sua capacidade de rebrota após o pastejo e o fácil manejo que conquistaram os pecuaristas do Brasil.

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