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besouro carneirinho descansando em uma folha verde

Besouro-carneirinho: saiba o que é e como prevenir ataques à lavoura

O besouro-carneirinho (Naupactus) pertence à ordem coleóptera. É possível identificar diversas espécies e cores, por isso é tão importante saber como reconhecê-lo. 

Trata-se de uma praga polífaga; por isso, além de causar sérios prejuízos às plantações de café, também podem atacar culturas como citrus sp., cana-de-açúcar, alfafa, entre outras.

Além disso, em razão de suas características de desenvolvimento e diversas espécies espalhadas por várias regiões do país, o produtor que deseja manter seu cultivo livre de besouros deve estar sempre atento.

Caso note o aparecimento de danos, o quanto antes deverá entrar com métodos eficientes de prevenção e, também, apostar no controle de pragas integrado. 

Neste artigo, você entenderá o que é o besouro-carneirinho e quais são as melhores técnicas de combate. Boa leitura! 

O que é besouro-carneirinho? 

O besouro-carneirinho apresenta coloração castanho-acinzentada, marrom-escuro ou marrom-claro. Esse besouro não tem boa capacidade de voar, o que é ótimo, já que faz com que se espalhe de forma mais lenta. 

Normalmente, sua infestação ocorre durante os períodos de primeiras chuvas e com aumento da temperatura. 

Os adultos são pequenos besouros que têm o hábito de roer os bordos de folhas novas. Isso faz com que elas comecem a ganhar um aspecto mais serrilhado, permitindo que o agricultor constate a ação dessa praga principalmente nos cafezais. 

Nas culturas de café, em específico, o ataque é mais grave em lavouras novas e podadas, justamente por causa da grande quantidade de folhas novas. 

Além disso, as larvas do carneirinho podem atacar as raízes de mudas recém-plantadas. 

O mais importante, talvez, é que estamos falando sobre uma praga secundária e, por isso, normalmente costuma não exigir controle químico.

Quais são os hábitos dos carneirinhos e principais danos?

Os adultos do besouro-carneirinho passam o dia todo escondidos entre as folhas ou nas axilas das folhas. À noite, é normal saírem para se alimentar. 

Essa espécie se alimenta de folhas tenras, por isso é tão comum atacarem os cafezais mais novos ou brotações de lavouras receptadas. 

Seus principais danos podem acabar servindo como porta de entrada para novos patógenos, trazendo ainda mais prejuízos ao agricultor. 

Além disso, é importante estar ciente de que as larvas permanecem no solo, podendo consumir as radicelas e raízes finas. 

Qual é o período de maior ocorrência desse besouro? 

O período de maior incidência do besouro-carneirinho é entre novembro e março, em lavouras podadas com grande emissão de folhas novas. O agricultor poderá perceber maior ataque durante a rebrota.

Como acabar com a praga do besouro-carneirinho? 

O controle químico mais indicado para essa espécie está no uso de inseticidas do grupo dos organofosforados. Por serem neurotóxicos, agem no sistema nervoso, inibindo a enzima acetilcolinesterase. 

Agora, se o seu caso for uma horta orgânica, o recomendado é utilizar inseticidas orgânicos, plantas repelentes, rotação de culturas e controle biológico. 

Mas, de todas as técnicas, a mais eficaz é realizar um controle integrado de todas elas. Essa ação acaba colaborando com todo o ecossistema por evitar o uso exacerbado de inúmeros defensivos agrícolas ou toxinas. 

Uma prática bastante comum também é a rotação de culturas que, além de proporcionar proteção natural ao ambiente, garante melhor aproveitamento da adubação da terra. 

Logo, isso evitará que as pragas permaneçam acomodadas na mesma região. Da mesma forma, o uso de diversas culturas reduzirá as chances de a mesma espécie de pragas proliferar, já que limita a quantidade de alimento. 

Agora, para o controle biológico de pragas, o agricultor pode usar fungos como o Beauveria bassiana. Eles agem invadindo o organismo dos besouros e se instauram por meio de esporos nos órgãos internos do besouro hospedeiro. 

Além disso, pode-se usar também vespas e demais predadores naturais para proporcionar maior equilíbrio na cadeia alimentar e exterminar pragas de alguma região. 

Um bom exemplo, sem dúvidas, é a Cephalonomia stephanoderis, vespa que ataca e controla a broca-do-café.

Outra técnica é utilizar a calda sulfocálcica, que atua como inseticida e pesticida orgânicos. Basicamente, ela cria uma camada que protege as plantas contra o ataque de besouros, fungos e ácaros. 

O óleo de Neem é outra alternativa para proteger o cultivo de forma mais orgânica. Ele é produzido por meio de sementes e de frutos de Neem. Sua ação é como um inseticida natural, sem agredir o meio ambiente. 

Por último, plantar algumas espécies (alho, arruda, alecrim, tomilho e coentro) em volta da plantação principal funciona como repelente natural. 

As mais indicadas são aquelas que exalam odores mais fortes, capazes de agir como repelentes orgânicos. 

Grandes ataques de carneirinhos ocorrem em brotações novas em cafeeiros geados 

Apesar de a incidência dos besouros-carneirinhos não ser tão comum nos cafezais, ainda assim é possível ler uma ou outra notícia a respeito.

O Brasil é considerado um dos maiores produtores de café, por isso todo cuidado é pouco. A título de curiosidade, de acordo com dados da Embrapa, o café arábica corresponde a 67% e café conilon, a 33% da produção dos cafés do Brasil em 2022. 

Além disso, tomando por base a estimativa de safras para a produção de café do Brasil em 2022/23, foram 61,1 milhões de sacas de 60 quilos. Mas sabe o que poderia colocar tudo isso a perder, além de condições climáticas? 

Um grande ataque do besouro-carneirinho. Aliás, isso realmente chegou a acontecer em 2021. Eles atacaram novas brotações de cafeeiros que se encontravam em fase de recuperação, depois de fortes geadas. 

Os agricultores eram responsáveis pelas áreas cafeeiras da Alta Mogiana, em São Paulo, e no Sul de Minas Gerais. Nas duas regiões, o ataque ocorreu nas brotações baixas de cafeeiros, que estavam com o tronco danificado por causa da geada. 

Na época, foram observados insetos de dois tipos, um mais escuro e outro mais claro com manchas, o que indica que pertencem a gêneros ou espécies distintas.

Como o ataque de pragas compromete o agronegócio brasileiro? 

Não é só o ataque do besouro-carneirinho que preocupa os agricultores. Os inúmeros danos causados por insetos-praga estão entre os fatores mais importantes na redução de produtividade das culturas

O mais comum é identificar perdas agrícolas no campo (pré-colheita) e durante o armazenamento (pós-colheita). 

Além disso, é importante mencionar que os danos causados por insetos podem depender de vários fatores relacionados às condições ambientais, às espécies de plantas sob cultivo, condições socioeconômicas dos agricultores e ao nível de tecnologia utilizado.

Nas últimas décadas, até mesmo a entrada e a disseminação de pragas exóticas têm se mostrado sério problema à agricultura brasileira

Estudos mais recentes revelam uma perda média anual de até 7,7% da produção agrícola brasileira, ou o equivalente a 25 milhões de toneladas

Normalmente, essas perdas são causadas pelo ataque de moscas, lagartas e outras doenças que atacam as plantas. Logo, isso acaba impactando negativamente o agronegócio de modo geral. 

De acordo com texto publicado no livro “Defesa Vegetal – Fundamentos, Ferramentas, Políticas e Perspectivas”, as perdas do agronegócio brasileiro podem chegar a R$ 55 bilhões ao ano.

Além disso, engana-se quem pensa que esse problema é apenas do Brasil. 

Em virtude do aumento expressivo do comércio mundial de alimentos, os países se tornam mais propensos à introdução de espécies exóticas, que comprometem as plantações locais por falta de predadores naturais. 

No mundo, estima-se que as perdas devido ao ataque de pragas alcança a marca de US$ 1,4 trilhão, ou quase 5% do PIB mundial, segundo notícia publicada no Portal do Agronegócio. 

Então, como você pode ter visto, apesar de os ataques do besouro-carneirinho não serem tão comprometedores, o risco está na abertura de espaço para outros patógenos. 

Mas, claro, hoje em dia já existem diversas técnicas de controle e combate eficientes que, não necessariamente, comprometem a integridade do meio ambiente

O ataque de pragas, infelizmente, causa danos irreversíveis às lavouras, prejudicando o agricultor e, também, a agricultura brasileira. 

Por isso, sempre frisamos a importância de o produtor estar sempre atento aos primeiros sinais do ataque de pragas e, o quanto antes, entrar com medidas mais eficientes. 

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