Em 2021, o brasileiro consumiu em média 4,84 kg de café torrado, conforme os dados publicados pela Agência Brasil.
Ainda de acordo com o portal, entre 1997 e 2021, o consumo quase dobrou. Para você ter uma ideia, foi de 11,5 milhões para 21,5 milhões de sacas.
Para este ano, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) tem expectativas de que a produção alcance 55,7 milhões de sacas.
Segundo o Mapa, hoje existem 300 mil estabelecimentos produtores no país, espalhados por 17 estados. As unidades da Federação que lideram esse processo são Minas Gerais, Espírito Santo, Bahia, São Paulo e Rondônia.
É claro que um dos itens indispensáveis na mesa do brasileiro seria a pauta deste artigo. Boa leitura!
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TogglePanorama do café no Brasil e no mundo
No Brasil, a cultura do café consiste basicamente em 2,3 milhões variedades de arábica e conilon plantados. Os pequenos produtores merecem destaque.
De acordo com a Conab, em 2020, havia 250.000 cafeicultores em 15 estados, com 1.900 municípios envolvidos. Por esse motivo, somos o 1º produtor e o
2º consumidor mundial, perdendo apenas para os Estados Unidos.
Além disso, em maio deste ano, as exportações aumentaram 5%, segundo o Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé). Só no acumulado de 2022, a receita cambial cresceu 63% em comparação ao mesmo período do ano passado.
Os cafés que apresentam melhor qualidade ou são produzidos com práticas mais sustentáveis corresponderam a 15% das exportações totais. Com relação aos embarques, houve recuo de 7%.
Cafeicultura brasileira e questões ambientais
Hoje em dia, muito se fala sobre sustentabilidade e a importância de adotar práticas menos prejudiciais e mais conscientes.
O que poucos sabem é que a cafeicultura brasileira é uma das que mais respeita as questões sociais e ambientais do mundo. Existe grande preocupação em garantir a produção de um café mais amigo do meio ambiente, digamos assim.
Toda atividade cafeeira é desenvolvida a partir das premissas estipuladas pelas legislações trabalhistas e ambientais.
Essas leis levam em consideração a biodiversidade e os trabalhadores empregados nos campos. Há forte restrição com relação a todo trabalho análogo à escravidão ou infantil.
E por falar em trabalho, toda cadeia produtiva de café gera mais de 8 milhões de empregos no país. Sem dúvidas, isso possibilitará renda, garantindo acesso à saúde e à educação para os trabalhadores e suas famílias.
Como os produtores devem atuar?
Os produtores de café devem atuar sempre pensando em como preservar florestas e fauna nativa. Além disso, deve-se adotar medidas para o controle de erosões e proteger as fontes de água.
Esse cuidado, mantendo o equilíbrio ambiental entre a flora, a fauna e o café, garantirá a preservação de uma das maiores biodiversidades do mundo.
Espécies de café produzidas no Brasil
As condições climáticas do país favorecem o cultivo do café em 15 regiões produtoras, que vão do Norte ao Sul.
São diversos climas, altitudes e tipos de solo que permitem que os brasileiros contem com diversos padrões de qualidade e aromas.
Existem duas espécies de maior cultivo. Primeiro, o café arábica (Coffea arabica L.),
que proporciona ao consumidor uma degustação mais requintada e de melhor qualidade; um produto mais premium.
Esse café é cultivado em altitudes acima de 800 metros. Está presente nas lavouras de Minas Gerais, São Paulo, Paraná, Bahia, Rio de Janeiro e em parte do Espírito Santo.
O café robusta, ou conilon (Coffea canephora), por sua vez, é comumente usado na fabricação de cafés solúveis e em algumas misturas com o arábica.
Apresenta sabor inigualável, com menos acidez e maior teor de cafeína. É cultivado nas lavouras do Espírito Santo, em Rondônia e em parte da Bahia e de Minas Gerais.
Como o agricultor pode melhorar a produtividade do café?
Agora você já sabe como a cultura cafeeira é importante não só para o agronegócio, mas também para as famílias que trabalham nas plantações.
Na verdade, é bacana entender como melhorar a produtividade do café também. Então, aproveitamos para reunir algumas sugestões.
Conheça a área de plantação
A primeira coisa que todo agricultor deve fazer é estudar bem a área onde deseja
implantar ou está implantada a cultura.
Isso envolve amplo conhecimento do solo, com análise física e química, contemplando os micro e macronutrientes.
Isso ajudará a evitar problemas futuros e, claro, a garantir o máximo de saúde para a sua plantação.
Planeje o plantio
Por mais que essa dica pareça boba, acredite, ainda existem plantios não planejados.
Por isso, o ideal é adotar um espaçamento que permita uma boa movimentação de máquinas, aeração da cultura e seu manejo.
Na fase de implantação, o estabelecimento inicial da lavoura é indispensável. Existem produtos que garantem um enraizamento mais adequado, ajudando a melhorar a retenção de água no solo e melhorando o arranque.
Use mudas saudáveis
Outro fator que merece atenção do agricultor é a qualidade da muda que será plantada.
Escolha aquelas fornecidas por produtores de confiança para não correr o risco de trazer pragas e doenças à lavoura.
Escolha entre o arábica e o conilon
Como já mencionamos, o café arábica é de melhor qualidade e maior valor de venda. Mas, infelizmente, é o mais suscetível ao ataque de pragas e doenças, se comparado ao conilon.
Monitore a lavoura
Assim que a cultura do café for implementada, é importante manter uma rotina de monitoramento da lavoura.
Isso ajuda a identificar a incidência de pragas ou doenças que podem colocar em risco sua produção.
O mais recomendado é adotar medidas de controle quando doenças ou pragas estiverem acima do nível de danos econômicos.
Caso opte pelo controle químico, não se esqueça de alternar os grupos químicos e modos de ação. Isso vai ajudar a evitar pragas resistentes à ação.
Consulte os comitês de fungicidas, inseticidas e herbicidas para ajudá-lo nesse cuidado.
Atente-se à florada
O café tem característica de sazonalidade, e, por isso, o manejo da florada é essencial para a boa produtividade da lavoura.
Durante essa fase, deve-se redobrar os cuidados com pragas e doenças e, também, com a nutrição. Lavouras bem nutridas são sinônimo de pegamento de flores maior.
Mas atenção ao uso de inseticidas; dê preferência aos específicos para o alvo e seletivos para os inimigos naturais. Isso porque o café precisa da polinização das abelhas.
Manejo da frutificação do Café
Ao término da fase da florada, o agricultor precisa tomar cuidado com os frutos. É preciso ter certeza de que os frutos serão formados e retidos, da mesma forma que nas flores.
Aqui reforçamos que lavouras bem nutridas darão mais e frutos de melhor qualidade. O controle de pragas e doenças também é bastante importante.
Planejamento da poda
A pode também pode colaborar com a produtividade do cafezal. Afinal, ajuda a renovar a lavoura e, claro, estimular a produção de novos ramos. Mas cuidado; jamais deverá ser feita ao acaso!
É necessário um bom planejamento antes. Além disso, a adubação correta durante esse período deve considerar alguns macronutrientes como nitrogênio, fósforo e potássio e micronutrientes como zinco e boro.
São eles que vão garantir o bom desenvolvimento das gemas que darão origem aos ramos, cuja qualidade impactará a produtividade da lavoura.
Como pôde ser notado, o café é um dos produtos mais importantes para o agronegócio brasileiro, consumidores e trabalhadores no geral.
Mas, claro, exige atenção e tratamento especial como qualquer outro tipo de cultura. Por esse motivo, o agricultor precisa estar sempre preparado para agir imediatamente caso algo não saia como planejado.
Além disso, todas as etapas da produção precisa de um cuidado especial, insumos e maquinários que melhor atendam às necessidades de cada uma delas.
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