Atualmente, a soja é o principal grão produzido no Brasil, sendo o país um dos maiores produtores mundiais.
Isso se deve graças ao desenvolvimento agrícola, suportado principalmente pelas tecnologias e pesquisas frequentes feitas por instituições como a Embrapa.
Neste artigo, você vai conhecer mais detalhes sobre a soja Embrapa, bem como sobre cultivares, produção e muito mais. Confira!
O que é a soja Embrapa?
A soja, também chamada de feijão-soja ou feijão-chinês, é um grão que pertence à família Fabaceae, que compreende também plantas como feijão, lentilha e ervilha.
Foi descoberta na China há mais de 5 mil anos e serve como alimento para seres humanos (sob a forma de óleo de soja, tofu, molho de soja, leite de soja, proteína de soja, grão e outros) e animais (rações).
Rica em proteínas e minerais como potássio, cálcio, magnésio e fósforo, a soja ganhou um espaço essencial na agricultura, tanto é que centenas de milhares de toneladas do grão são produzidas anualmente no mundo.
Dada essa grande importância, a Embrapa desenvolve materiais especiais sobre o assunto; por isso, a seguir, vamos conhecer melhor a soja Embrapa.
Origem da soja Embrapa
Como apresentamos, o grão apareceu há mais de 5 mil anos na China; mas e a origem da soja Embrapa?
Foi no final da década de 1960 que o Brasil começou a enxergar a soja como um produto comercial.
Entretanto, foi em 1970 que o valor do grão aumentou e despertou interesse ainda maior do produtor, que passou a investir em tecnologias cada vez mais modernas na produção da soja.
Logo, a origem da soja Embrapa se deu nesse entremeio, tendo em vista o investimento em pesquisas e melhoramentos feitos pela organização.
Morfologia da soja Embrapa
A morfologia da soja Embrapa segue um modelo comum. De maneira geral, os cultivares brasileiros têm um ciclo que dura entre 100 e 160 dias.
Sobre as características, começando pelas folhas, elas têm quatro tipos que são cotiledonares, folhas primárias, folhas trifolioladas e prófilos simples, com tonalidade que varia entre verde-pálida e verde-escura.
O caule é ramoso, híspido, com altura que varia entre 80 cm e 140 cm, dependendo da variedade e exposição à luz.
As flores de soja podem ter a cor branca, púrpura diluída ou roxa, medindo de 3 mm até
8 mm de diâmetro.
Já o sistema radicular da soja é composto de um eixo principal e grande número de raízes secundárias, sendo classificado como um sistema difuso.
O comprimento das raízes pode atingir até 1,80 m. A maior parte delas está a até 15 cm de profundidade.
O legume da soja tem certo arqueamento, além de ser peludo, formado por duas valvas de um carpelo simples, medindo de 2 cm até 7 cm, em que ficam de 1 a 5 sementes.
Por fim, temos o grão, que é liso, oval, globoso ou elíptico, podendo ser encontrado nas cores amarela, preta ou verde. Já o hilo é geralmente marrom, preto ou cinza.
O contexto econômico da produção de soja
O crescimento econômico acelerado de uma boa parte dos países emergentes a partir da década de 2000 fez com que o poder de compra da população aumentasse.
Diante desse cenário, aumentou a demanda por alimentos, o que causou um forte impacto na atividade agrícola; com isso, a oferta e demanda de soja cresceram exponencialmente.
De acordo com os materiais divulgados na soja Embrapa, o Brasil é um dos maiores produtores mundiais do grão, e as duas principais regiões produtoras do país têm um importante contraste.
Na região Sul, há prevalência de microrregiões formadas por vários municípios com pequena área territorial, entre as quais há proximidade.
Enquanto isso, na região Centro-Oeste, há microrregiões formadas por municípios com áreas maiores e sedes mais distantes umas das outras.
Tal aspecto, quando ligado a outros, como a capacidade de armazenagem e eficácia dos modais de transportes, se reflete na cadeia produtiva.
Há um impacto em todo o desenvolvimento regional, como estrutura fundiária, tipos de indústrias, modelo agroindustrial, logística agropecuária e custos de serviços essenciais.
Isso faz com que ambas as regiões concentrem mais de 78% da produção de soja no país.
Cultivares de soja Embrapa
Os cultivares da soja Embrapa são variados, o que traz mais flexibilidade para a produção em diferentes partes do país.
Sistema Intacta 2
A soja Intacta 2 Xtend® é considerada a 3ª geração de biotecnologia em soja.
Tal tecnologia foi criada com base na junção de três proteínas (Cry1A.105, Cry2Ab2 e Cry1Ac) que atuam de maneira simultânea a fim de garantir maior proteção quanto às lagartas, especialmente Helicoverpa armigera e Spodoptera cosmioides.
Tais cultivares têm tolerância aos herbicidas dicamba e glifosato, permitindo maior flexibilidade no manejo de plantas daninhas.
Sistema Intacta
O sistema Intacta conta com uma base genética de um dos maiores programas de melhoramento da agricultura tropical para plantar a tecnologia Intacta RR2 PRO™.
A combinação de tecnologias permite a resistência ao glifosato com a facilidade de manejo de um complexo de lagartas, reduzindo, assim, o uso de agroquímicos.
A genética Embrapa impulsiona a tecnologia Intacta com cultivares altamente produtivos, gerados a partir de uma das mais sólidas bases genéticas da agricultura tropical.
Soja RR
O programa de melhoramento genético da Embrapa soja se destaca pelo desenvolvimento de cultivares de soja RR (resistente ao glifosato).
Elas agora são livres da taxa tecnológica dos OGMs, o que permite uma produtividade mais competitiva.
Por meio da modernização do banco de germoplasma da Embrapa, a nova geração de cultivares RR passou a ter ciclos mais precoces, alta carga produtiva e porte de planta que favorece o manejo da cultura para o agricultor.
Sistema de produção convencional
No sistema de produção convencional, os exemplares da soja são livres da taxa tecnológica dos OGMs, tendo uma produtividade competitiva.
O sistema de produção convencional tem recuperado o seu espaço e se tornado uma opção atraente para o produtor.
Cultivares como a BRS 284 têm ganhado sucessivos concursos nacionais de produtividade, nos quais concorrem em condições de igualdade com as tecnologias hoje disponíveis.
Colheita da soja Embrapa
Sobre a colheita da soja Embrapa, o processo para colher o grão é uma etapa importante da produção, especialmente pelos riscos aos quais a lavoura está sujeita na produção.
À medida que a soja se aproxima do processo de maturação normal, as folhas vão ficando amareladas e caem, as vagens secam e as sementes ficam disponíveis.
Portanto, a colheita precisa ser iniciada quando 95% das vagens apresentarem coloração marrom ou cinza.
Quando a colheita da soja é feita com teor de umidade dos grãos entre 13% e 15%, os problemas de danos mecânicos e perdas na colheita ficam reduzidos.
Se os grãos são colhidos com uma umidade superior a 15%, eles estarão sujeitos a uma maior incidência de danos mecânicos latentes, e quando são colhidos com teor abaixo de 13%, as sementes ficam mais propensas à quebra.
As técnicas de colheita de soja variam conforme o nível de mecanização da propriedade rural, tendo interferência do tamanho.
Durante muitos anos, a colheita aconteceu de forma manual; com o tempo, foram sendo desenvolvida técnicas de semimecanização, que é feita por máquinas especialmente construídas para cortar e reunir plantas em fileiras.
A colheita mecanizada da soja é feita por meio de equipamentos autopropelidos que atualmente já conseguem realizar, ao mesmo tempo, as operações de corte, recolhimento, trilha, separação, limpeza e armazenamento do produto.
Alguns fatores interferem na colheita da soja, e é preciso estar atento a eles:
- Época da semeadura: cultivares da soja têm sensibilidade variada em relação à época de semeadura, o que pode levar à inserção das primeiras vagens mais próximas do solo, reduzindo a altura das plantas.
- Desníveis de terreno: quando o terreno tem irregularidades, há prejuízos na colheita, devido às variações que provocam na plataforma da colheitadeira, o que faz com que a altura de corte das plantas da soja varie; isso leva a vagens cortadas ao meio e não colhidas.
- Plantas daninhas: quando há daninhas no momento de realizar a colheita, a umidade continua alta por muito tempo, o que prejudica o trabalho do maquinário e causa danos mecânicos às sementes.
Custo de produção da soja Embrapa
Analisando o custo de produção da soja Embrapa, no centro-sul de Mato Grosso do Sul, por exemplo, as sojas RR, IPRO e convencional têm valores de R$ 4.678,39, R$ 4.685,65 e R$ 4.901,81 por hectare, respectivamente.
Já na região norte de Mato Grosso do Sul, os valores ficam em R$ 5.102,99 e R$ 5.045,11 para as sojas RR e IPRO, respectivamente.
Todos esses dados são fruto de estudos da Embrapa para a safra 2021/2022.
Soja Embrapa e o futuro da agricultura no país
O Brasil ainda tem um grande potencial de desenvolvimento agrícola, graças às pesquisas frequentes da Soja Embrapa.
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